Antes da review propriamente dita, estava olhando a audiência de Drop Dead Diva e fazer o hiato no meio da temporada pode ser o maior motivo do cancelamento da série. Até o oitavo episódio, DDD mantinha uma audiência de pelo menos 2,15 milhões de telespectadores. Nessa segunda parte (e com a série meio que perdendo o rumo com algumas ideias pra lá de sem noção, né Stacy e Owen?), a audiência mais alta foi a deste episódio, com 1,76 milhões. Faltando só mais dois episódios para terminar a temporada, com o roteiro forçando a paixão de Jane pelo Grayson e essa audiência pequena, acho que o cancelamento é bem certo. Mas o Lifetime ainda não se pronunciou a respeito.

Quando começou o episódio, eu achei que era algum sonho maluco da Jane – aliás, um musical nos sonhos ia ser divertido de ver de novo –, e infelizmente não era.

Doze horas antes, Jane e Stacy passaram a noite chorando pela amizade uma da outra e estavam reprisando o mesmo diálogo com os amigos para que a gente veja que elas são parecidas e estão sofrendo.

O Paul foi fofinho tentando juntar as duas e claro que elas voltariam a serem amigas. Mas não precisava daquele flashback de momentos de amizade das duas (apesar de eu ter gostado de ver como ambas as atrizes foram ficando mais bonitas com os anos). A gente lembra muito bem tudo o que uma fez para a outra e o quanto foi importante para a Jane ter o apoio da Stacy quando ela voltou no corpo errado e sabemos que sem a Jane ajudando a Stacy, a Pakery nunca sairia do papel.

Os casos não foram lá muito bons, mas têm seus méritos. A Jane tem que descobrir como manter a Becca a salvo do Tamlin, depois que ela descobriu que ele é um traficante. Achei mais interessante saber dos detalhes do programa de proteção à testemunha do que saber como a Becca e o Neal iam se virar, admito. Para mim, era muito óbvio que era só eles casarem e este problema estaria resolvido.

Já o Owen tinha que evitar que a foto topless de uma jovem atriz de uma série adolescente se tornasse pública. Para quem acompanhava o reality show The Glee Project (ou assistiu à participação dela em Glee), a Ashley não é uma carinha desconhecida: é ninguém menos do que a Lindsay Pearce, que era mais conhecida como a “bitch” do programa. Eu a conheci no reality show e foi bem legal ver o quanto ela cresceu como atriz de 2011 para cá.

Voltando ao caso, o tema foi bem interessante e atual, como DDD faz muito bem, abrindo espaço para a discussão sobre privacidade e paparazzis, mas se fosse só isso seria fácil demais. Foi bem bacana a Ashley não ser somente uma atriz bobinha que se deixou fotografar nua, mas fez isso por inspirações maiores. Só acho que teria uma outra forma de ela conseguir estudar e continuar atuando.

E também tivemos a volta da Stacy ajudando a resolver um ponto chave do problema e uma ótima careta do Owen. Ainda não acho que eles devam ficar juntos como namorados (e talvez um indicativo que eles não irão ficar juntos seja a falta de compatibilidade gastronômica), mas essas intervenções da loira ajudam todo mundo.

Com a Kim ainda de licença maternidade, o Grayson está tendo várias chances de trabalhar sozinho. E ele basicamente teve que escrever um contrato pré-nupcial maluco. Gostei da conclusão do caso se unindo ao da Jane, pois eu nem de longe esperava algo do tipo.

Neste episódio que percebi que não ligo mesmo para o romance do Grayson com a Nicole. Como ele foi feito para ficar com a Jane, uma hora o roteiro vai dar um jeito dos dois terminarem, então nem torço para eles ficarem juntos. Mas achei bonitinho o advogado ter chamado-a para assistir ao “novo filme do Matt Damon que parece o Bourne, mas não é”.