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Fringe – 4×10 Forced Perspective

Por: em 1 de fevereiro de 2012

Fringe – 4×10 Forced Perspective

Por: em

Primeiro, alguns esclarecimentos: A partir de hoje, eu, Alexandre, vou assumir os reviews de Fringe aqui no blog e eu espero me encontrar à altura da série, que por mais que não esteja em uma temporada tão explode-cabeças como a passada, continua fazendo valer cada minuto do meu tempo. Vejo esta 4ª temporada com um olhar diferente. No começo, todo o clima me soou estranho, mas com o passar das semanas, fui me acostumando àquele universo diferente, com aqueles personagens diferentes, pessoas que não eram as que eu amava – assim como o Peter.

Defendo a teoria de que estamos, sim, diante de um universo C e um universo D. O que eu acredito que tenha acontecido é que, com a ação dos Observadores em “deletar” o Peter da timeline, os 2 universos a que estamos sendo apresentados foram criados – mundos no qual o Peter morreu criança e, por isso, todo o rumo dos fatos foi alterado. A teoria dos universos paralelos diz que cada pequeno fato, pequena decisão, resulta na criação de um novo universo. Isso não destrói os universos anteriores, eles continuam existindo em algum canto – o que acredito que aconteceu com o universo A e o universo B. Eles ainda estão lá. O que o Peter precisa é encontrar um caminho de volta até eles – a volta pra casa que ele tanto está se esforçando e que é claramente um dos motes da temporada.

Dito isto, vamos a Forced Perspective, que, pra mim, foi um dos melhores episódios da temporada, se não o melhor.

“I guess, if people knew, maybe they could say, “I love you”, to someone, or just do one good thing.”

Teoricamente, foi um episódio filler. Trouxe o “caso-da-semana”, com começo, meio e fim. Eu digo “teoricamente” porque é possível ver, no caso de Emily, a relação com a atual situação pela qual Olivia vem passando.  Ouvir da boca de um careca que tu nunca viu antes que você está destinada a morrer, em qualquer um dos universos, não deve ser bacana, de fato.  Toda essa situação da garota surgir exatamente agora foi como uma mão na luva; a ajudou a refletir melhor sobre tudo.

O discurso que ela fez no final, para o cara que queria detonar a bomba, é a prova de como a história mexeu com ela mais do que o natural. E, acima disso, a deu esperança, a fez acreditar que não, o futuro não está totalmente escrito e existe sim a possibilidade de mudança. Mesmo depois de ouvir da boca do Peter que os Observadores vivenciaram o futuro, ela não pareceu desanimar –o que eu imaginei que aconteceria.

Uma das grandes vantagens de estarmos em outro universo, com uma timeline diferente da que estávamos acostumados, é que agora os roteiristas têm liberdade para moldar novas personalidades, dar destaques e enfoques diferentes, que é o que vem sendo feito com Nina Sharp.

A personagem sempre foi dúbia, nunca ficou exatamente claro qual suas intenções, mas agora tudo isso foi elevado exponencialmente. Se por um lado, ela parece estar envolvida – Junto com o Broyles do lado D e David Jones – até o último fio de cabelo nos grandes acontecimentos envolvendo os lados C e D e talvez continue usando a Olivia como “cobaia” em seus testes, por outro ela parece sincera quando fala de seus sentimentos pela mulher que criou desde a infância. Nina vem se mostrando, sem dúvida, uma das personagens mais interessantes deste “novo universo”.

Quanto a construção da história de Emily, não tenho crítica alguma. Feita no tom, sem pressa e sem afobação, roteiro emocionante, cenas cativantes e sem contar o grande carisma de Alexis Raich, a atriz que interpretou a garota. Uma escalação adequada. Era uma personagem que poderia cair no caricato e no forçado a qualquer momento, mas a garota segurou-a muito bem, dando-lhe uma composição adequada e criando uma empatia com o público. Foi impossível não se emocionar com o drama dela e torcer pra que, no fim das contas, tudo ficasse bem.

Os efeitos especiais também não decepcionam – a hipnose de Walter e o momento em que Emily vê várias pessoas supostamente mortas em meio a uma destruição quase apocalíptica foi irretocável e transmitiu todo o clima de desespero e claustrofobia que era pedido. A cena final da morte da garota à beira do lago foi emocionante e me arrancou algumas lágrimas – coisa que eu nem lembro quando tinha acontecido com Fringe, acho que a última vez foi em White Tullip, na 2ª temporada.

A presença do Observador no final foi intrigante. A impressão que se tem é de que eles estão observando Olivia, talvez para tentar impedir que seu destino se concretize ou então para SE CERTIFICAR de que isto aconteça.  Talvez o fato de esse universo C não ter muito conhecimento a respeito dos Observadores acabe abrindo um caminho para que eles voltem a tona – o que eu acredito ser muito válido.

Só sei que eu espero, de verdade, que, assim como Emily conseguiu, com a ajuda da Fringe Division, alterar o destino das pessoas no tribunal, Olivia (essa, a do lado B, a do lado A e a lado D… enfim) também consiga alterar o seu.

O episódio de sexta se chama Making Angels e, pra quem gosta de promos, ela segue abaixo.

Nos vemos lá?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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