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Glee – 3×02 I Am Unicorn

Por: em 28 de setembro de 2011

Glee – 3×02 I Am Unicorn

Por: em

Voltamos, Tobias e eu, Luana, para mais uma review de Glee! Atendendo aos pedidos feitos na última semana, vamos mudar o formato desta vez: eu vou contar pra vocês o que achei da parte musical de I Am a Unicorn, mas quem vai começar hoje é o Tobias, que vai nos apresentar suas impressões sobre o episódio da semana.

Tobias:

Glee vem seguindo sua linha de amadurecimento e nos apresentou uma significativa melhora com relação ao episódio anterior. Mas ainda falta alguma coisa. E eu nem sei exatamente o que é, mas falta aquele ar mais lúdico, mais superficial, que era uma característica da série. Aí vocês poderão dizer “todos reclamavam da superficialidade e futilidade da série. Eles mudam e continuam reclamando?” Basicamente, sim. As tramas, como eu já disse, vem num crescente, claro que não é algo que se compare a Grey’s Anatomy, ou algo do gênero, longe disso. Está totalmente dentro do aceitável para os padrões da comédia musical. Então o que falta? Talvez um pouco mais de música.

Em I Am a Unicorn, tivemos a volta de Shelby Corcoran (Idina Menzel) tentando amarrar as pontas de seu passado. E finalmente, depois de uma temporada inteira, a filha de Quinn foi novamente mencionada, aliás, até apareceu em cena! E querendo inserir os pais biológicos na vida da criança, Shelby fez com que Quinn enxergasse a verdade (mesmo que eu ainda duvide de que isso seja mesmo duradouro, como ela mesmo disse) e a moça deixou seu visual rebelde de lado, voltando a ser a meiga e delicada loura que conhecíamos. E o Puck bancando o bom pai, hein? Por essa ninguém esperava. Mesmo sendo uma rebeldia sem causa, eu até gostava, principalmente do cabelo rosa, e esse plot foi resolvido até mais rapidamente do que eu esperava, já que Glee costuma (ou costumava) enrolar bastante em suas tramas, para depois simplesmente esquecê-las.

Shelby tentou aproximação com Rachel, e claro que isso resultaria num dueto incrível! As barreiras contra Corcoran vão desaparecendo, e ela vai se inserindo no contexto do jeito certo, com calma. Isso é muito positivo, já que ela participará de vários episódios nesta temporada. Preciso dizer que Sugar vem sendo a personagem mais engraçada da série? Podiam dar uma participação maior pra ela. Quem sabe até para que ela cante uma música inteira. Seria divertidíssimo vê-la lidar com seu estrelismo na frente de todos e, bem, pagar um grande mico (ou um mico-leão dourado, como diria Sue!).

O que me incomoda um pouco é que Kurt vem tendo destaque demais, o personagem é cansativo, e não me convence. Agora, disputando as eleições do colégio, e uma vaga no musical, ele vem buscando se tornar “menos-delicado”. Porém é algo difícil para o garoto, não é mesmo? Até que com os conselhos de seu pai, ele enxerga que precisa ser ele mesmo, e voltamos ao “mimimi” de sempre. Mas se há alguém que merece um abraço nesse episódio, esse alguém é Brittany, com sua inocência e seus provérbios sem-sentido, a garota brilha em cena. E Santana, mesmo tendo aparecido por uns dez segundos, também foi ótima, afinal, os olhares entre ela e Brittany dizem tudo.

Sue está mais poderosa do que nunca, agora, liderando as pesquisas para o Congresso. Claro que apenas em Glee é que uma campanha baseada no desprezo pelas artes nas escolas funcionaria, mas quem se importa? Sue até virou diretora de seu filme institucional que contava a vida de Quinn destruída pelo coral.

No geral, pode-se dizer que foi um bom episódio, mas talvez pela pouca quantidade de músicas ou por essa tendência a utilizar os grandes musicais da Broadway como referência, falta alguma coisa, e eu não consigo ter certeza do que é. Como um todo, Glee está bem mais tragável do que na temporada passada. Eu não consigo ir com a cara do Blaine, mas e agora? Vai aceitar o papel principal do musical e deixar Kurt magoado, ou vai se contentar com um papel coadjuvante?

Luana:

Eu esperava mais de um episódio focado nas seleções pro musical West Side Story. Três musicas? Só isso? Sim, já tivemos outros episódios com poucas músicas no seriado, mas desta vez eram as seleções pra um musical! Além do mais, foram três canções que não me fizeram sentir muita coisa, cada uma por um motivo.

Com Somewhere, Rachel voltou a fazer suas caretas sofredoras enquanto canta. Quem já assistiu Maria em West Side Story sabe bem que ela foi muito melhor interpretada por Shelby nessa canção. Olhem as duas, uma ao lado da outra, Shelby sublime e Rachel fazendo caretas. Mesmo sem olhar, apenas ouçam as duas: Idina Menzel tem a voz firme e consegue passar emoções na sua interpretação, enquanto que Lea Michele suspira ao fim de cada frase. Gosto muito mais dela cantando canções alegrinhas, nas quais ela não precisa forçar esse sofrimento todo.

Depois, pudemos ver Kurt com seu dilema ao tentar um papel principal masculino. I’m The Greatest Start, do musical Funny Girl, foi extremamente mal escolhida por ele para cantar numa audição para o papel de Tony. Fiquei incomodada com isso a música inteira, não conseguindo assim curtir o número artístico de Kurt. Ao menos depois ele percebeu que, assim como atores heterossexuais precisam passar veracidade quando interpretam um homossexual, ele precisa conseguir interpretar um hetero de maneira convincente se quiser se tornar um bom ator que pode ser escalado para qualquer papel.

E, no finzinho do episódio, assistimos um Blaine extremamente comprometido com a canção da sua audição para o papel de Bernardo. Firme e centrado, foi fácil entender o pedido dos jurados pra que ele fizesse uma audição para o papel de Tony. Pra quem não conhece West Side Story, o musical conta a história de Maria e Tony, que se apaixonam mesmo sendo de gangues rivais, a la Romeu & Julieta. Blaine se encaixa muito mais, não? Mesmo assim, achei esquisito ele cantar uma canção como Something’s Coming, totalmente contrária às músicas alegrinhas com backing vocals que ele vinha interpretando até então, vocês não acharam?


Luana Lied Zapata

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: The Vampire Diaries

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