Não é que eu não tenha gostado, que fique bem claro, mas assim como algumas mudanças nos personagens me incomodaram no episódio anterior, a mesma coisa aconteceu nesse. Vou confessar e dizer que nunca gostei de Madonna e suas músicas e nada contra quem gosta, mas meu gosto por música não tem nada a ver com a falta de simpatia com o episódio.
Poxa, Quinn amadureceu um monte na primeira parte da temporada, e a personagem cresceu e se tornou mais humana. Agora, do nada, lá está ela tirando sarro da Rachel, desenhando no caderno e tudo o mais. Passou vários episódios reclamando sobre o bebê e o que fazer para conseguir dinheiro e bancá-lo e agora simplesmente esqueceu do assunto? Essas mudanças são estranhas, além de ser um grande erro, o que já está sendo comentado pelos fãs da série. Outra mudança foi com Mercedes e Kurt. Eles amam o Glee Club, sabem que Sue é a maior vilã, lutaram contra ela, falaram mal e agora, por pena e por razões fúteis, (afinal, depois de Rachel e Finn, Kurt é o que mais canta) eles foram para as cheerios ajudar Sue…tipo, sério??
Pode parecer pouco, mas quando isso acontece em uma série e os personagens que gostamos começam a mudar sem razões aparentes para deixar um episódio mais divertido, estraga toda a minha vontade. Porém, apesar disso tudo, devo admitir que para um fã de Madonna, o episódio foi sensacional. É legal ver Glee mostrando mais um preconceito e como acabar com ele e dessa vez foi com as mulheres e as maneiras como são tratadas pelos homens. Só dessa história ter ajudado a mostrar um pouco mais de Artie e Tina, já valeu a pena.
Apesar de achar que foi brincadeira da Sue, adorei ela falando que seus pais eram perseguidores de nazistas e admitindo a inveja pelo cabelo do Will. Jane Lynch mais uma vez esteve brilhante. E daí que ela geralmente interpreta esse tipo de personagem? O que importa é que ela a estrela de Glee e que melhor atriz ali, não existe. Eu fui no youtube procurar pelo clipe original de Vogue e então vi o feito no episódio e ficou sensacional. Kurt e Mercedes fazendo caras e bocas e Sue como Madonna ficou perfeito. Procurando o vídeo eu encontrei uma montagem feita por um fã, mostrando o original e o de Glee, lado a lado:
4 Minutes com Kurt, Mercedes e as cheerios também ficou legal, mas preciso dizer que não gostei de Express Yourself, apesar do figurino ter ficado excelente e de What It Feels Like for a Girl. Porém, Like a Virgin foi maravilhosa. A apresentação sendo intercalada pelos momentos de Will & Emma, Rachel & Jesse e Finn & Santana, com todos eles cantando foi um dos auges do episódio, e que, de certa forma, foi uma temática bem interessante tratada no episódio e que caiu como uma luva para a música de Madonna. E no final das contas, apenas Finn perdeu a virgindade. Jesse entendeu e para poder ficar com Rachel se transferiu para o McKinley e está no Glee Club, enquanto Emma irá procurar um especialista e esperar pelo divórcio oficial de Will. Tudo bem o Jesse se mudar para lá, afinal, a adição de Jonathan Groff foi excelente, (apesar dele dar uma de Kurt as vezes) mas o Vocal Adrenaline estaria disposto a não treinar com Jesse apenas para ele se infiltrar no New Directions?
E o grupo, já com Jesse adicionado apresentou a melhor performance do episódio: Like a Prayer!!* Quanto as outras músicas, Ray of Light, apesar de apenas coreografada e o mashup de Borderline/Open Your Heart também foram bem interessantes. As referências a Madonna foram bem legais, tanto nos figurinos das cheerios, como de toda a trama sobre o poder da mulher, e pelo pouco que conheço, Madonna representa isso muito bem. Claro que Brittany não podia faltar e ela falando do namoro com um garoto de 7 anos e dizendo que foi a um misógino quando torceu o pé foi de se rachar de rir. E para quem não sabe, misoginia é a aversão a coisas ligadas ao feminino, assunto que Glee lidou com cuidado no episódio.
Espero mesmo que semana que vem, com a volta de Kristin Chenoweth, a coisa melhore e os personagens deixem de dar as escapadas de personalidades, pois Glee é bom e a gente sabe!!
