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Glee – 1×20 Theatricality

Por: em 27 de maio de 2010

Glee – 1×20 Theatricality

Por: em

Ah como eu senti falta de um episódio como esse. Me fez lembrar o 1×09 Wheels em que pudemos nos emocionar, rir e apreciar apresentações fantásticas. Vou confessar, não gosto das músicas da Lady Gaga e não conheço muita coisa sobre a cantora, só sei que ela é sim um grande ícone que representa expressar quem você é sem ter medo ou vergonha do que outros irão falar.

Todos os plots do episódio foram bem feitos, apesar de eu ter achado o fechamento da história Rachel-Shelby rápido demais. A maioria das músicas de Glee, quando cantadas em solo ou dueto falam sobre o momento, tem um assunto a tratar, mas pela letra de Poker Face, da Lady Gaga, não entendi muito bem qual era a intenção para a trama de Rachel e sua mãe, apesar de, preciso concordar, foi brilhantemente cantada por Lea Michele e Idina Menzel e toda a cena numa avaliação geral foi tocante. O copo com estrelas douradas, que também é um dos vícios da Rachel, foi um brinde para a cena e ver Shelby como uma versão adulta de Rachel, cheia de dramaticidade e a luta constante consigo mesma para ser sempre melhor, foi realmente bem desenvolvida. Só achei que poderiam explorar mais do relacionamento, mesmo que ela nunca venha a ser a mãe que Rachel sempre sonhou.

No mais, nessa parte, Idina Menzel deu outro show ao cantar Funny Girl, de Barba Streisand no filme de mesmo nome, mostrando toda a parte dramática que um musical deve ter, e que é bem a praia de Menzel, famosa cantora de musicais da Broadway. Quem faz teatro, dança ou canto sabe que não é simplesmente uma habilidade, pois existe a necessidade de desenvolver as outras para ser um “artista completo” e que nos palcos, seja atuando, dançando ou cantando, estamos todos interpretando e que esse atos dramáticos são exclusivos dessas três formas de entretenimento, pois nos palcos, com o público mais longe do ator/dançarino/cantor precisa existir um certo exagero nos movimentos e expressões, o que fica estranho em outros meios como televisão e cinema.

Já sobre a história de Kurt, tenho algumas observações. Finn errou ao insultar os elementos que compunham o quarto, acabando por inserir Kurt no xingamento? Sim, errou e feio, e foi uma das cenas mais fortes de Glee, com uma atuação ótima até de Cory Monteith. Chris Colfer, claro, se saiu extremamente bem nesse episódio, mostrando um lado mais agressivo de Kurt ao explodir com certos comentários de Finn, mas o show ali foi dado por Mike O’Malley como Burt, o pai de Kurt, que deu uma lição no novo enteado. Porém, por mais errado que Finn estivesse vamos pensar o seguinte: você é obrigado a mudar de casa sem nem ser perguntado sobre isso, dividir um quarto com alguém que fica dando em cima de você (aqui não importa o fator de Kurt ser homossexual, pois se fosse uma mulher, alguém mais novo, ou simplesmente qualquer pessoa que não te deixa sentir livre e tranquilo em seu próprio espaço, também seria um incômodo) e você precisa aceitar e ficar calado? Ninguém viu o lado do Finn e o quanto isso poderia ser estranho para ele. Kurt foi egoísta ao juntar o pai com a mãe de Finn no começo porque queria sua paixão perto dele, e claro, isso levou Finn a cometer um erro bem pior. Ou seja, ambos devem desculpas um ao outro.

Foi bem legal ver o grupo todo defendendo Kurt e Finn, ainda mais com o último vestindo uma roupa a lá Gaga. O entrosamento deles é algo bonito de ver, desde que não existam furos como vimos alguns episódios atrás. Eles naquelas fantasias estavam ótimos. Os garotos, menos o Kurt, vestidos de integrantes do Kiss se saíram muito bem cantando Shout It Out Loud da banda, e aí tivemos as primeiras falas do Matt na série inteira, tirando as participações nas músicas. Outra performance que foi uma das melhores do episódio, foi com Puck e os mesmos garotos cantando Beth, também do Kiss, e é legal ver essa evolução do Puck, mesmo que o adolescente nunca morra dentro dele. Então o bebê de Quinn se chamará Beth e será mesmo que ela dará para adoção ou tentará criar um filho com Puck?

Já as garotas e Kurt se saíram muito bem em Bad Romance da Lady Gaga, e confesso que a coreografia foi bem divertida. Como eram trajes que imitavam os que Gaga já usou, fui procurar por eles e realmente eram bem parecidos, senão iguais, como o da Tina. Algumas das garotas, como Tina e Quinn tiveram solos curtos na performance, assim como Santana, que dessa vez não decepcionou e realmente gostei da voz de Naya Rivera. Já Brittany esteve mais apagada, mas não deixou de soltar suas pérolas, dizendo para Tina mudar de estilo de roupa sendo Happy Meal (o nosso McLanche Feliz) sem cebola ou de galinha. Sério, a atriz Heather Morris fala essas asneiras com tanta normalidade que precisei voltar a cena algumas vezes até poder parar de rir.

E a Tina, bem, me deixa bem feliz vê-la tendo mais espaço na trama e a série abordou novamente o “ser quem você é”. Adorei vê-los fazendo piada sobre Crepúsculo, Kristen Stewart e a febre dos vampiros. O diretor Figgins acreditando nas lendas de vampiros foi fenomenal, ainda mais o susto que Tina lhe deu. E vamos combinar que Tina só é Tina usando suas roupas góticas não é mesmo? Só senti falta de Sue Sylvester e Emma Pillsbury.

E esse episódio teve tudo que é bom em Glee, drama, comédia e ótimas performances, nada em demasia e apesar de ter abordado novamente a trama de Kurt, mostrou um outro lado, com o preconceito de amigos próximos, adicionando o Finn na história. E as regionais estão chegando, só temos mais 2 episódios…e ah…Jesse saiu de férias de novo?


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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