O episódio começa com uma notícia boa e uma ruim: Puck foi para um reformatório, sem data para voltar, fiquei triste, porque eu adoro quando ele canta; e finalmente Sam se junta de verdade ao GleeClub, o fator que fez toda a diferença nesse episódio, tanto por sua aproximação com Quinn quanto por sua não aproximação com Kurt.
Finn e Rachel cantam Don’t go breaking my heart, em uma versão animadinha e muito meiga. Uma boa versão, mas não acho que teria ganho na competição de duetos, minha preferida foi mesmo a vencedora Lucky, de Quinn e Sam. Além dessa performance inicial, que nem foi mostrada aos outros colegas de GleeClub, Rachel e Finn pensam em outra possibilidade de música para o dueto com a intenção de “deixar Sam ganhar”, querendo que ele permaneça no GleeClub, e então eles apresentam With You I’m Born Again, com Finn vestido de padre e Rachel de freira. Escolha péssima e proposital, que atingiu o objetivo.
River Deep, Mountain High, com Santana e Mercedes realizou um dos meus sonhos desde o início da série. As vozes delas realmente combinam perfeitamente. Tanto a musica quanto a coreografia fortemente inspiradas nas performances de Celine Dion para a música, com as mesmas rebolações e correrias. Ficou bonito, mas uma música mais jovem seria tão mais legal.
Mais uma vez Chris Colfer roubou a atenção, em sua performance e fora dela. Le Jazz Hot foi lindamente interpretada por Kurt, e mostrou a versatilidade do personagem e do ator. A sua forma agressiva de se aproximar dos rapazes que lhe interessam acabou sendo alvo das críticas de Finn e de seu pai. Não foram críticas infundadas, mas mesmo assim fiquei com a sensação de que ele estava sendo injustiçado. Esse é um assunto delicado que Glee abordou com o tato que merecia. A forma que Kurt usou para abordar Sam, de fato, foi um tanto rude e ele julgou as atitudes do menino precipitadamente.
A interferência de Finn acabou por nos trazer o melhor desse episódio: quando ele convence Kurt a desistir do dueto com Sam, Kurt faz o dueto com ele mesmo (baseado no filme Victor Victoria) e Sam faz o dueto com Quinn, as duas melhores performances do episódio, na minha opinião.
Com o convite para o dueto com Kurt, Sam conhece de perto a hostilidade que seus colegas de GleeClub enfrentam sempre. Ele dobra em um corredor da escola com sua camiseta de alvo e um copo de raspadinha (ou suco) de groselha é jogado em seu rosto junto da frase: “Welcome to GleeClub Lady Lips!”. Lady Lips, que apelido lindo.
Sam e Quinn quase se beijam, quase desistem de fazer o dueto, depois de tantos quases, eles acabam cantando Lucky. Semana passada, assistindo uma aula da faculdade, antes mesmo de assistir ao episódio, uma colega me entrega o fone de ouvido e toca em seu celular essa versão de Lucky by Glee. Amei. Foi paixão na primeira execução. A voz de Quinn fez a música parecer suave e doce – e eu nunca tinha percebido que Quinn estava sendo subaproveitada – e a voz de Sam combinou com perfeição. Lindo e inesquecível. Mesmo que esse casal não tenha mais nada juntos, já valeu por esse dueto.
Outro tema sério foi colocado em foco no episódio: a virgindade de Artie. Brittany simplesmente ignora que sexo pudesse ser um assunto sério para Artie, e trata a sua virgindade como se não fosse nada importante. O discurso que Artie faz, explicando a ela o quanto ficou mal por ela desconsiderar a importância daquele momento me fez ficar triste por ele. Ele merecia sua primeira vez com a Tina, já que é dela que ele gosta, e aparentemente ela ainda tem sentimentos por ele.
E falando em Tina, Achei o dueto Sing! entre Tina e Mike muito lindo. Mostrou o quanto ele não gosta de cantar, já que até admite com todas as letras: “Everyone knows I’m here to do one thing – dance”. Eu admiro a sinceridade e admito que faria o mesmo que ele: entraria em um GleeClub apenas pra dançar, se existisse esse tipo de coisa nas escolas do Brasil. E nesse momento, por identificação, Mike que era quase um figurante, ganhou meu coração.
No final, somos presenteados com Kurt e Rachel cantando Happy Days Are Here Again/Come on Get Happy, baseada na versão clássica de Judy Garland e Barbra Streisand. Essa preferência pelos clássicos dos dois personagens podia ser sempre abordada com uma versão linda dessas.
Essa semana não teremos Glee, mas o episódio 2×05: The Rocky Horror Glee Show promete! Uma prévia aqui, do que acontecerá dia 26.
PS.: Leitores queridos das minhas reviews de Glee (e de How I Met Your Mother e Supernatural), quero pedir desculpas pelo atraso nas minhas reviews. Em especial nessa semana. Problemas pessoais me impediram de escrever antes. As vezes a vida nos cobra toda a atenção, e nossas paixões pelos seriados acabam de lado até que os problemas sejam resolvidos.
