Um bom início de temporada, animado, com vários personagens novos, com muitas mudanças entre os relacionamentos dos personagens antigos e com pouca música. Eu senti falta de mais músicas e vocês?
Logo no início do episódio já conhecemos a treinadora Shannon Beiste, ela veio para substituir Ken Tanaka, que teve um colapso nervoso. A relação Beiste vs. Sue pelo visto vai dar muito assunto nessa temporada. Essa história do Mr. Schue indo de um lado para o outro, sem saber qual delas apoiar, foi bem chata.
Glee prega tantos conceitos legais sobre inclusão, e logo o Mr. Schue, tutor disso tudo, tratando mal uma recém chegada colega de trabalho que não fez nada contra ele e só queria fazer seu trabalho. Ficou feio. Mas, como os personagens de Glee não são exatamente coerentes no quesito caráter… Vamos as músicas?
Adorei a primeira performance: New York ficou linda ao som do Glee Club, e eu fiquei balançandinho na cadeira, querendo dançar junto com eles. E a reação dos alunos da escola foi totalmente injusta, mas serviu pra reforçar a idéia de que de fato, eles são totalmente excluídos e impopulares, coitados.
Finn passa pelo vestiário masculino pregando cartazes para inscrição no Glee Clube e escuta Sam Evans cantando no banho. Cena clássica. Logo Sam vai conversar com os meninos do Glee Club e se apresenta: disléxico, boca enorme, cabelo Justin Bieber, canta Billionaire junto com a galera. Legal a caracterização e a performance do personagem, mas a escolha da música de apresentação dele foi um tanto infeliz. Mais adiante no episódio Sam não aparece para o teste do Glee Club e se explica para Finn: não quer correr o risco de perder o lugar no time de futebol, sendo aluno novo na escola, ele corria o risco de ser impopular. O que mais se fala nessa série é isso: ser popular ou impopular. Admito que isso me irrita um tanto, mas aposto com vocês que Finn vai acabar convencendo Sam a cantar.
Rachel encontra uma menina no banheiro, e reconhece que era a menina que ficou assistindo a performance de New York com mais atenção que os outros, e então acontece uma das cenas mais engraçadas do episódio: Rachel falando com Sunshine como se ela não soubesse inglês, somada a arrogância de Rachel, que convida a menina para cantar e se balançar atrás dela, junto com o resto do Glee Club. Se o objetivo de Lea Michelle é fazer Rachel ser mais odiada ainda, ela está cumprindo seu papel muito bem!
Sunshine Corazon é meiga demais, ela e Rachel cantando Telephone no banheiro foi bem legal, até de uma vontadezinha de ver as duas competindo por mais tempo, mas logo quando tomamos gosto pela idéia de Rachel perder a majestade, o novo treinador do Vocal Adrenaline aparece e “compra” Sunshine por um green card e um apartamento. Uma pena, mas da mesma forma que eu acho que Sam ainda volta, acredito que ela também volte, mesmo que seja pra competir contra.
Agora, me expliquem qual a moral desse casal asiático: será que o ator desconhecido (que só dança) pressionou a produção pra aparecer mais na série? Eu achava tão meigo o Artie e a Tina juntos, até fiquei triste por ele.
Momentos desnecessários:
Depois de toda a polêmica do tratamento mal criado que Mr. Schue deu a Beiste, ela se vinga dele descontando em Finn, tirando-o do time de futebol. Por isso o garoto vai fazer teste para Cheerio. Cena que só existiu pra tapar buraco e ser engraçadinha, totalmente desnecessário.
A troca de agressão – física e verbal – entre Santana e Quinn, por causa da liderança das Cheerios foi terrível. As coisas que a Santana disse para a Quinn foram muito, muito feias. E toda a conversa dela colocar silicone, foi sem propósito, eu nem achei tão grande assim.
A ceninha de amor entre Rachel e Finn: por mais adolescente que seja toda a trama, duas pessoas (mesmo adolescentes, bobos e vazios) não discutem seu relacionamento baseado em popularidade na escola.
Apesar de eu sentir falta de músicas, achei que What I did for love, a música final interpretada por Rachel, foi totalmente dispensável. Achei chata, até bocejei. Talvez seja por causa da antipatia da Rachel. Acho que desgosto mais da Rachel do que da Sue, porque a Sue é malvada de um jeito cômico.
