Um episódio comovente, que me fez chorar do mesmo jeito que choro assistindo a episódios de Grey’s Anatomy! A discussão religiosa baseada no ateísmo de Kurt mostrou uma profundidade de roteiro que eu não lembro de ter visto na série até agora. Me surpreendi muito com o nível da discussão, e a mensagem de tolerância quanto aos credos de cada um foi muito bem explorada. Adorei esse episódio. Está entre os meus favoritos, sem dúvida.
A primeira performance do episódio, Puck cantando Only the Good die young foi animada, bem arranjada e deixou um gostinho de quero mais. Admito que sempre torço para que os personagens lado b tenham solos e esse de Puck foi lindo. Logo depois vem Mercedes cantando I Look to You em homenagem ao momento difícil que Kurt está passando. Ele ficou com os olhos marejados, e eu também.
Então Rachel canta Papa can you hear me, uma performance impecável e emocionante. A falta de consideração de Kurt com a tentativa de ajuda dos colegas de GleeClub foi precipitada, mas o que esperar de um adolescente gay de 16 anos que passou por todo tipo de perseguição religiosa? Kurt tem ótimos motivos para não ter religião e para se sentir repelido quando o assunto é esse.
A cereja do bolo neste episódio lindo, com certeza foi o solo de Kurt, cantando I want to hold your hand, enquanto eram mostradas cenas dele e do pai dele durante a sua infância. Lindas cenas, me comoveram de verdade, e a interpretação de Kurt para a música foi perfeita. As cenas não condiziam com a forma que o pai de Kurt lidava com a homossexualidade dele no inicio da primeira temporada, se bem me lembro. Mas elas foram tão lindas que eu só fui me lembrar disso agora, escrevendo a review.
Logo é a vez de Finn ter seu solo cantando Losing my religion. Decepcionante, o mocinho da série ter a pior performance do episódio, em uma música tão linda e famosa. Foi a única performance que eu não achei boa desde que sairam os spoilers com as músicas, e mesmo dentro do contexto da história do Grilled Cheesus – mais uma forma de mostrar o motivo da não-crença em imagens que fundamentou a criação do protestantismo (ok, fui longe demais com essa).
Depois vem Mercedes com Bridge over trouble water e o coral de sua igreja. Corais de igrejas de afro-americanos sempre tem (ao menos nos filmes) esses corais maravilhosos, que alegram a missa e todos cantam junto. Acho lindo demais. Já o discurso da Mercedes, que foi muito lindo, sobre acreditar em algo, porque o caminho é muito difícil de se percorrer sozinho foi ao mesmo tempo raso, sendo a única personagem que teve espaço para mostrar sua fé, poderia ter sido um pouco mais trabalhado. Mas mesmo assim, foi meigo e emocionante.
Então o GleeClub pede a Mr.Schue para interpretar One of Us: versão linda. Até Sue, que era radicalmente contra a manifestação religiosa dentro da escola acabou aceitando e assistindo, com uma ajuda muito importante de sua irmã, claro. Terminaram o episódio com chave de ouro.