Renata:
Em mais um episódio, Glee mostrou que as histórias que se passam em Lima perdem cada vez mais a força, na medida que os acontecimentos de Nova Iorque vão se tornando melhores a cada minuto. A tentativa de romance entre Sam e a enfermeira não teve nada a ver, assim como a corrida pela coroa de rainha do baile já se tornou chata, visto que acontece mais ou menos uma vez por temporada. E como a indicada foi a cada vez mais chata Tina, o plot se tornou ainda menos interessante. Já na Big Apple, o romance entre Santana e Dani foi bem retratado, com o medo da ex-líder de torcida de se envolver com uma lésbica de verdade, já que Brittany era bissexual e as meninas com quem ela se envolveu na faculdade estavam apenas em fase de experimentação. E Rachel, como de costume, roubou a cena, nas poucas que teve. Mesmo com todos os problemas, tivemos menos música e mais história, o que foi um ponto positivo para o episódio.
Tina In The Sky With Diamonds, como não poderia deixar de ser, foi focado em Tina, mas o que não dá para entender é a mudança de personalidade da personagem. A cada episódio ela ganha uma nova faceta e, se para conhecer alguém de verdade você precisa dar poder à esta pessoa, bastou ela ser um dos nomes indicados a rainha do baile que passou a tratar todos, ou pelo menos Sam que havia convidado a moça para ser seu par no baile, com desdém, pois assim acreditava que teria mais chances de ganhar a eleição. Mas como tudo nessa vida, principalmente em uma série teen, tem castigo, o banho de raspadinha serviu para restaurar a humildade de Tina e também para ela dar valor à quem realmente importa, os amigos que estiveram com ela desde o primeiro dia de New Directions. Como alguns castigos levam mais tempo a chegar que outros, Bree, quem idealizou o “ataque” à Tina, foi promovida a capitão das Cheerios, um presentinho – de grego – de Sue para o Glee Club.
E se no episódio anterior o romance de Kitty e Artie incomodou, eles não tiveram uma mínima cena de carinho aqui. Muito pelo contrário, Artie chamou a atenção da namorada – já pode dizer que ela é namorada dele? – por não estar apoiando Tina, tudo uma manobra de Bree, que estava com medo de perder a coroa para a coreana. Mas como este é um episódio de Glee e, como tal, não poderia deixar de ter uma pitada de romance, Sam se encantou pela nova enfermeira do colégio e até conseguiu que Sue não demitisse a moça. Ainda que os dois tenham uma química inegável, afinal, são dois estabanados, a história não colou, não consegui rir com os momentos dos dois e serviu apenas de filler, tempo que poderia muito bem ter sido usado com outros personagens, como por exemplo, os de Nova Iorque.
Pode parecer repetitivo dizer isso mais uma vez, mas parece que os personagens de Nova Iorque estão em uma outra série, completamente diferente da monotonia dos roteiros de Lima. A apresentação de Dani, personagem de Demi Lovato, me empolgou bastante e me deixou ansiosa para os próximos episódios e plots que podem ser apresentados com o romance dela e de Santana. E falando nela, estou adorando o destaque que tem sido dado à personagem desde meados da quarta temporada. E não foi nenhuma surpresa que o primeiro trabalho que tenha aparecido para o nosso trio de Nova Iorque tenha sido dela. Diga-se de passagem: que comercial bizarro! E a felicidade genuína e até de certo modo inocente mostrou todo o potencial de Santana como atriz, que logo seguirá os passos de Rachel e conseguirá uma peça para protagonizar.
Não poderia terminar a review sem mencionar o grande momento vivido por Rachel, que recuperou seu mojo, no final do episódio. Ela descobriu que protagonizaria Funny Girl, um de seus grandes sonhos, e foi comemorar com Kurt, Santana e Dani, seus amigos na cidade cantando Let It Be, uma de minhas músicas favoritas dos Beatles e dos dois episódios. Mas senti falta de uma ligação para Finn, claro que não haveria resposta, cairia na caixa de mensagens, mas teria sido um gancho para o que vem no próximo episódio, que é, como todos já sabem, o tributo ao Cory e, claro, ao Finn também. Espero que todos já estejam com os lencinhos na mão porque The Quarterback, o terceiro episódio desta tempoarada, promete. Até lá, então!
Alexandre:
Se musicalmente o episódio passado não me decepcionou, é uma grande pena que eu não possa dizer o mesmo dessa segunda parte do tributo aos Beatles. Se por um lado a quantidade menor de músicas ajudou no melhor andamento do episódio, a maneira com que algumas canções foram executadas deixou a desejar.
Get Back abriu bem o episódio e nem tinha como, unindo as vozes fantásticas de Lea Michelle e Chris Colfer. O mais bacana da apresentação é que foi sem grandes adereços e sem uma performance escandalosa, como os dois estão acostumados a fazer. As vozes estavam mais moderadas, sem grandes agudos e casando perfeitamente ao ritmo imposto.
Diferente de Something, de longe minha maior decepção dos dois episódios. É uma das canções mais bonitas dos Beatles e o Sam simplesmente não conseguiu passar nenhuma emoção enquanto a cantava – e olha que eu sou um dos poucos defensores do personagem. Ficou karaokê demais, estranho demais, morto demais; tudo que uma música dos Beatles não deve ser. Já Here Comes to the Sun, foi melhor do que eu esperava, acredito que muito pela voz belíssima da Demi Lovato. Sem dúvida, uma excelente introdução da personagem na série.
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band também deixou a desejar. Mesmo com as boas vozes dos garotos, faltou a música a energia necessária para contagiar, o que é uma pena, já que essa é das músicas mais legais da história. Felizmente, as duas últimas apresentações, Heu Jude e Let It Be fizeram juz as canções maravilhosas. Se na primeira, toda a história da Tina deu o drama necessário para que a música funcionasse perfeitamente, a alegria da Rachel fez de Let It Be a mais bonita das performances destes dois episódios. E já serviu para apertar um pouco o coração pela despedida do Finn.
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PS. Queremos pedir desculpas pelo atraso um pouco maior neste review e prometemos fazer de tudo para que isso não se repita, especialmente no tão esperado episódio tributo ao Cory que irá ao ar amanhã. Todos já prepararam os lenços?
