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Glee – 5×03 The Quarterback

Por: em 13 de outubro de 2013

Glee – 5×03 The Quarterback

Por: em

Renata: 

Seasons of Love

“Everyone wants to talk about how he died too, but who cares?”

Não foi necessária uma explicação para a morte de Finn e nem flashbacks com cenas épicas do personagem para fazer The Quarterback um grande episódio. Primeiro, todo mundo sabia que ele teria que morrer na história, fosse por um acidente de carro, de avião ou mesmo em um programa de conscientização contra o uso de drogas, então celebrar a vida dele deu uma luz ao episódio. E segundo, os flashbacks se tornaram dispensáveis, visto que na memória de cada um daqueles personagens haviam momentos inesquecíveis do amigo – e certamente na cabeça do espectador.

O episódio se centrou em uma pergunta “Como você lida com o luto?” e, a partir dela, foi possível ver reações de todos os tipos e cada um teve seu momento para celebrar a vida daquele que foi um irmão para muitos deles. O episódio não poderia ter começado em outro lugar que não o auditório da escola, um lugar significativo para qualquer um dos membros do New Directions. Impossível não lembrar de Don’t Stop Believing, Keep Holding On, The Scientist e muitas outras canções interpretadas ali por Finn.

E como cantar é a maneira que eles encontraram para expressarem os sentimentos, Mr. Schue fez do ex-aluno a tarefa da semana e todos que quisessem expressar a perda através da música, que foi o que os uniu em primeiro lugar, teriam vez. Mercedes tomou a liderança e lembrou de um dos mais tocantes momentos da primeira temporada, quando Finn, acreditando ser o pai do bebê de Quinn, cantou I’ll Stand by You para o ultrassom da loirinha. Destaque também para Artie e Sam em Fire and Rain, com todas as lágrimas e o toque intimista da apresentação.

Carol, Kurt e Burt

Foram muitos os momentos tocantes do episódio, mas a conversa entre Kurt, Burt e Carol foi o ponto alto do episódio. Primeiro Burt lembrou de todos os momentos em que poderia ter abraçado o enteado e não o fez, demonstrando culpa e então Carol, com poucas palavras, roubou o episódio, mostrando toda a dor que um pai que perde um filho pode sentir. “E você tem que continuar sendo um pai, mesmo que não tenha mais um filho.” Eu sei que pedir um Emmy por este momento é demais, mas Romy Rosemont merecia uma indicação. Quem não conseguiu sentir a dor dela ao pronunciar estas palavras?

Naya Rivera, mais uma vez, mostrou a grande atriz que é e mereceu todo o destaque dado à ela durante o episódio. Nada mais natural, visto que, como colocado por Kurt, Finn a amava muito e pudemos perceber a reciprocidade do sentimento não só no surto de lágrimas em meio ao solo de If I Dye Youngmas também na cena em que defendeu a memória do amigo das loucuras de Sue. E a interação entre as duas criou um dos diálogos mais significativos do episódio, no qual Sue diz que “não há lições aqui. Não há um final feliz, não há nada. Ele simplesmente se foi, colocando em palavras o vazio que se sente depois da morte de alguém querido.

Mark Salling e seu Puck ficaram meio caricatos, não deu para acreditar no surto dele no meio do vestiário do time e também não comoveu pela vontade de ter a jaqueta de Finn, mas com No Surrender ele encontrou a maneira de canalizar a dor e deixou o sentimento fluir até o fim de sua aparição, quando conversou com a treinadora Beiste sobre “a linha” de Finn. Um diálogo que deixou muita gente pensando em como está aproveitando sua linha. Puck quer fazer a diferença e vai para o exército. Espero que se dê melhor que Finn e, como Beiste, também torço para que não leve um tiro. 

glee-5x03-rachel-will

Will fez de si uma fortaleza para que os alunos pudessem superar este momento, mas isso teve um custo alto, visto que ele não teve tempo para lidar com seus sentimentos em relação à morte do ex-aluno e amigo. Agiu como um verdadeiro pai agiria em uma situação como essa. Foi então em um momento sozinho que deixou de lado o personagem criado no último mês e, abraçado à jaqueta de couro de Finn, pode extravasar a dor. Foi um momento lindo, mas, particularmente, não pareceu legítimo. Will não seria capaz de ver uma Santana sofrer pela jaqueta e Puck ser injustamente acusado apenas para ter um pedaço de Finn como recordação.

E, para finalizar, não há como não falar em Lea Michele que, em poucas cenas, conseguiu emocionar todos com sua perfomance de Make You Feel My Love e alguns minutos de conversa com Mr Schue. Enquanto ela contava os planos que tinha para o ex-professor, eu só consegui pensar na cena do “she loves me, she loves me not“, no fato de que eles eram, sem sombra de dúvidas, endgame e no que virá daqui para frente. Em como será assistir Glee e saber que não teremos mais aquele sorriso tímido ou aqueles passos de dança bem estabanados.

Se cada lágrima ali foi verdadeira, demonstrando o sentimento dos atores que perderam um grande amigo, nossa dor ao assistir o episódio e dar adeus à Finn e à Cory também foi. Mas como disse O Quarterback:

“The show must go on… All over the place… Or something.”

Alexandre:

Seasons of Love abriu o episódio com a emoção que devia. Assim como em quase todo o episódio, dava pra ver a emoção estampada no rosto de todos enquanto cantavam. Um detalhe que fez toda a diferença aqui foi os newbies terem saído um pouco de cena quando os “originais” apareceram. Querendo ou não, esse é um episódio mais deles do que de qualquer outro, porque foram eles que mais sentiram a morte do Finn.

Mesmo os incômodos agudos da Mercedes funcionaram em I’ll Stand By You. Talvez por ser a única música repetida do episódio ou talvez por toda a força que Amber Riley colocou na canção, ela foi uma das emocionantes. Impossível não se arrepiar quando os outros integrantes do Glee Club começam a cantar junto de suas cadeiras.

Fire and Rain foi o primeiro momento do episódio em que meus olhos marejaram. E olha que isso é um grande feito pro Sam. Aqui, dou muitos créditos pra Naya Rivera e pro Chord Overstreet, porque deu pra perceber que o choro silencioso deles, ali, era real. Não que o dos outros não fosse, mas os dois conseguiram deixar a performance mais dolorosa.

O momento em que Santana desaba no meio de If I Die Young é provavelmente um dos mais emocionantes do episódio inteiro. Acabou até mesmo me fazendo esquecer do restante da apresentação, que estava linda. No Surrounder, a volta de Puck aos vocais depois de um bom tempo, também foi linda.

Make You Feel My Love dispensa comentários. A performance mais real, mais sincera, mais matadora e mais emocionante do episódio.


Renata Vivan

Curiosa por natureza. Chata por vocação. Social media por paixão. Designer de Interiores em formação por inquietação Viciada em séries e novela por culpa da prima que a largava na frente da TV para poder namorar.

Palhoça/SC

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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