Um episódio excelente é tudo que nós, apaixonados por séries, pedimos as nossas séries favoritas. O problema é que quando esse episódio chega, é sempre uma tarefa árdua manter o nível nas semanas seguintes. E se nesse quarto episódio Greek não manteve o nível de excelência de The Half-Naked Gun, pelo menos chegou bem perto!
Antes de tudo, uma consideração. Como esse povo é neurótico com competição hein? Melhor fraternidade, melhor aluno, melhor presidente de fraternidade… Com bons norte-americanos que se prezam, o pessoal de Greek está sempre se esforçando, e se estressando, para ser o melhor em tudo. E o espírito competitivo dessa vez pegou Rusty de jeito, que não gostou nem um pouco de ser conhecido como “o âncora”.
E como é esquisita essa forma de avaliação que eles usam. Desde Anos Incríveis eu sou completamente encucada com isso, e nunca entendi direito como funciona essa tal de “curva”… E se alguém da área de exatas passar por aqui, perdõe a falta de conhecimento dessa que vos fala (quem mandou fazer humanas?), e por favor me explique como funciona esse sistema de notas!
A única coisa positiva da paranóia de Rusty é que teremos mais episódios com o professor Hastings. Gosto da dinâmica de Cavaleiro Jedi e Padawan que existe entre os dois.
Mas de certa forma o Cartwright mais novo teve a quem puxar, afinal Casey sempre foi verdadeiramente paranóica em relação a se destacar como a melhor. A ZBZ tem que ser a melhor casa e ela, o maior destaque da fraternidade. Casey é o típico caso de personagem que eu adoro bem longe de mim… Mas se ela realmente existisse e morasse aqui por perto, ia querer distância dessa patricinha maluca, eternamente ligada no 220v!
E parece que ela não é o “pior” caso da universidade. Katherine, que parece mesmo ter vindo pra ficar, é ainda mil vezes mais ansiosa, controladora e pentelha. Se ela disser mais um “moving on” com aquela voz anasalada, sou capaz de tacar um travesseiro na televisão! Numa tentativa bastante inútil de sufocá-la, diga-se de passagem.
Continuo achando um exagero toda atenção que vem sendo dada ao término do namoro de Ashleigh e Fisher. Eles passaram quanto tempo juntos? Quatro episódios? E parecia algo tão light, descompromissado até… Então porquê aquele songa-monga (e traidor!) do Fisher continua no pé dela?
Mas, diante de toda essa lenga-lenga, achei sensato ela ter finalmente aceitado lhe dar uma segunda chance. Embora concorde 100% com a política de Ashleigh de igualar traição a fim de namoro, acho interessante a discussão sobre como as vezes precisamos mudar o que acreditamos ter certeza para podermos ser efetivamente felizes.
Falando em casais, é engraçado como nem sempre o casal que você torce pra que fique junto, é aquele que verdadeiramente lhe diverte, lhe entretem. Aguardo ansiosamente o dia em que os destinos de Casey e Cappie novamente se unam, mas sei que eles jamais serão tão divertidos e intrigantes como Casey e Evan e Cappie e Rebecca.
Dito isso, quero brownies de maconha todos os dias para Casey e Evan na Cyprus Rhode! Os dois protagonizaram, sem a menor sombra de dúvidas, os momentos mais divertidos do episódio… E a careta do Evan quando Casey menciona seu namoro com Frannie? Impagável! Ainda que o episódio inteiro tivesse sido ruim, teria valido a pena por aquele segundo de expressão facial. E os dois seduzidos pelo shampoo de piña colada, o que foi aquilo? Alguns shampoos realmente tem um cheirinho excelente, mas efetivamente prová-los é muita insanidade! Como bem disse Casey, que um dia não aguentou e cedeu à tentação… é nojento. Me lembrou o filme Louco por Você no qual o protagonista, louco de saudades da ex-namorada, bebe todo o conteúdo do frasco de shampoo que cheira a sua amada. Acaba na emergência, lógico!
Todos os momentos daqueles dois chapados foram um caso à parte! Principalmente Evan, sempre tão contido, tão distante… De repente descobrimos que ele tem medo de gatos! Quer coisa mais normal e humana do que isso? Ora bolas, eu tenho medo de gatos! E notaram como ele ficou a cara da Dory (Procurando Nemo) com aqueles óculos de lente grossa?
E uma cena que eu realmente gostaria de ter visto, mas que infelizmente só soubemos pela descrição de Fisher, foi a dos dois fingindo serem um par de sapatos! Alguém consegue imaginar como se imita um sapato? Mas o melhor de toda essa lombra, foi ver o grande motivo de Cappie não ter ido ao encontro de Casey na season premiere ser esclarecido. E da melhor forma possível. Não rolou draminha nem stress, Evan foi completamente sincero, como só drogado ele poderia ser, e Casey acreditou e confiou nele, como só drogada ela poderia fazer. E, como ela bem disse, se Cappie realmente quisesse ficar com ela, ele teria ido… Não importa o que qualquer pessoa dissesse. Concordo plenamente, Casey!
E não há muito o que dizer a respeito de Calvin, Rebecca, Grant e a namorada (agora ex). A namorada do colégio foi uma cartada fácil e óbvia demais, mas que até rendeu cenas divertidas. Como tudo envolvendo Rebecca, diga-se de passagem.
Agora é esperar o momento em que Grant vai resolver se assumir de vez, até mesmo pros seus colegas de fraternidade. Será que vai rolar algum tipo de preconceito e atitudes idiotas dos seus irmãos da Omega Chi? Não sei se há espaço pra uma discussão como essa numa série light como Greek, mas talvez fosse interessante. Afinal, infelizmente, o mundo ainda não é completamente correto e tolerante como a série, muitas vezes, dá a entender.
