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Grey’s Anatomy – 10×04 Puttin’ On The Ritz

Por: em 13 de outubro de 2013

Grey’s Anatomy – 10×04 Puttin’ On The Ritz

Por: em

E o episódio de número 200 foi… normal.

Eu não esperava que o baile de gala acontecesse agora. Achei que deixariam pro midseason finale ou alguma coisa do tipo, por isso fui pego totalmente de surpresa ao começar a assistir Puttin’ On the Ritz. 

Meredith e Derek Greys

Ver Meredith e Derek fora do hospital é diferente. Um diferente legal, por assim dizer. A licença maternidade/paternidade fez bem aos dois, porque eles precisavam respirar novos ares, mas já estava realmente na hora da Mer voltar para as salas de cirurgia. Uma das coisas mais bacanas desse episódio foi ver como a relação dos dois não caiu na rotina; os jogos pessoais foram divertidíssimos. Me surpreendi um pouco foi com o modo como a Meredith lidou com toda a situação do Richard. Quando ela diz a Bailey que o que ela ouviu dele não é nada que ela nunca tivesse ouvido de sua mãe, a gente vê o quanto, nestes 10 anos, a personagem amadureceu.

Richard, por outro lado, parece ter regredido dez passos.  É claro que a doença tem que ser levada em conta, mas nada justifique que um homem da idade dele, com a experiência que ele tem em medicina, se comporte como uma criança mimada que não quer tomar o remédio que lhe é necessário. O pior de tudo isso é o modo como ele acaba machucando quem está ali do lado dele, querendo ajudá-lo de verdade, como Meredith na semana passada e Bailey aqui, que por tentar abrir os olhos do amigo, ganhou até um empurrão. No lugar dela, eu teria descido-lhe a mão na hora.

Vendo todas essas atitudes, imagino como seria se ele ainda fosse o chefe de cirurgia. Lembro de ter implicado muito quando o Owen foi nomeado (mas vale ressaltar que, à época, eu ainda odiava o Hunt), mas depois desse episódio, ainda tem como duvidar da competência dele para gerir um hospital? Dele e do Jackson, diga-se de passagem. Os dois formam a dupla mais inesperada de Grey’s até agora, mas, talvez até por isso mesmo, funcionem perfeitamente. O Owen pensa duas vezes, o Jackson é impulsivo. Por agora, o hospital parece estar salvo. Destaque pra cena da cirurgia, com todos os (futuros) investidores observando.

É uma pena que o Owen não consiga ter a mesma desenvoltura com os assuntos do coração. É claro que seu término com Cristina foi recente, mas ele não tem a menor desenvoltura para tentar sair com outras pessoas e nem parece se esforçar para isso, assim como ela. O passa-fora que Yang deu no médico bonitão ao final do episódio depois de ter flertado um bom tempo com ele e o modo como ela interrompeu a conversa do Owen com a bela doutora na festa mostra que, mesmo que ela seja a primeira pessoa a se levantar e defender que eles saiam com outras pessoas, Owen ainda mexe e muito com ela.

April e Arizona Greys

Uma boa surpresa foi a interação entre Arizona e April. Quase não vemos as duas sozinhas em cena – e quando vemos é sempre para resolver assuntos do trabalho – e por isos mesmo foi diferente o modo como este episódio as colocou, bebendo juntas e desabafando suas mágoas. Ver a Robbins chorando pelos cantos, triste porque a Callie (em um dos momentos mais engraçados da semana, vale ressaltar) estava agindo como se ela estivesse morta (literalmente) para conseguir doações dos investidores, não me comove, porque sempre termina voltando a minha cabeça que foi ela que provocou tudo isso quando resolveu trair a esposa. Fiquei com a impressão de que rolou um certo clima entre ela e a Murphy na cena do táxi. Mais alguém?

Falando na Murphy, os internos tiveram um destaque maior aqui e parece cada vez mais claro que a intenção do roteiro da série é desenvolvê-los o suficiente para que, em um futuro bem próximo, eles assumam a linha de frente da série. A ABC não vai desistir de Grey’s Anatomy tão cedo e todos sabemos que Sandra Oh foi apenas a primeira a anunciar sua saída. Logo menos, Ellen Pompeo, Patrick Dempsey e Justin Chambers devem fazer o mesmo. E alguém pode culpá-los? Estão há 10 anos nos mesmos papéis.

O destaque que Ross e Stephanie tiveram aqui mostra claramente, contudo, que eles ainda não estão prontos (e acho que demorarão muito a estar) para isso. Não adianta a série querer mostrar Ross como um badass elogiado pela Cristina por suas atitudes, porque o personagem continuará sendo um grande pateta, um George O’Malley sem um pingo de carisma. Stephanie e seu romance com Jackson também não empolgam em momento algum, porque não há química, não há emoção, não tem nada ali. A personagem é sem sal e chata e ainda perde muitos pontos pela comparação com April que será estabelecida enquanto estiver dormindo com o chefe.  Jo é  a única que se destaca, mas em nenhum momento pelos próprios passos e sim por estar diretamente ligada ao Alex.

Karev Greys

Entra em perspectiva, agora, uma boa trama para Alex, finalmente. Não sabemos muito do passado do personagem, além de que ele teve que virar o homem da casa bem cedo e sofreu muita pancada da vida, o que o transformou no cara pessimista e desconfigurado que é. Agora, com a internação de seu pai no hospital e a cara de relutância e confusão dele quando a Jo lhe confirmou que era mesmo ele, podemos esperar uma história bacana? Eu só espero que, mais uma vez, ele não se ferre.

Leave Karev alone.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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