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Grey’s Anatomy 7×06 – These Arms of Mine

Por: em 29 de outubro de 2010

Grey’s Anatomy 7×06 – These Arms of Mine

Por: em

These Arms of Mine, certamente, vai ser um dos episódios de Grey’s que mais dividirá a opinião dos fãs. Não por suas tramas, seus casos ou nada do tipo, mas pelo estilo no qual ele escolheu ser contado. Pra mim, foi um ótimo episódio e o formato não me incomodou em nenhum momento. É até compreensível que, depois de acontecimentos astronômicos como o da season finale, um evento como esse acontença no Seattle Grace Hospital. E mesmo com essa mudança no modo de desenrolar a trama, o episódio continuou sendo aquele Grey’s Anatomy que a gente conhece e não perdeu a sintonia. Aquelas são as pessoas que nos amamos e nos importamos, são os nossos heróis. E ser herói tem seu preço, como a Cristina brilhantemente colocou ao final. E todos eles estão pagando esse preço.

O bacana é que deu pra ver que não foi só a Cristina que mudou após a invasão. Ela foi uma das que mais sofreu com tudo que aconteceu, mas aquele evento mudou uma coisa – por menor que seja – em cada um daqueles médicos. O Derek se sente sortudo e agradece todo dia por viver, a Lexie aparentemente tá mais nervosa do que o normal, o Karev enxerga as coisas de um modo diferente após ter renascido, o Avery foi bem mais afetado do que a gente poderia imaginar e até mesmo a decisão da Callie de viajar com a Arizona pode ter alguma influência – mesmo que involuntária – disso. Talvez o medo de perder a pessoa que ama. Apesar de que eu tenho minhas dúvidas se a Callie vai mesmo embarcar nessa viagem.

Não dá pra culpar nenhuma das duas na história. A Arizona tá recebendo uma chance única e eu não a culpo pela decisão que ela tomou. E mesmo que, como ela colocou, a vida dela fosse diferente dois anos atrás quando se interessou pelo prêmio, seria, talvez, uma loucura se ela abrisse mão de tudo agora pela Callie, por maior que seja o sentimento que elas compartilham. A Callie diz que se a situação fosse a inversa, abriria mão para ficar com a Arizona, mas é uma afirmação que é fácil fazer no momento da raiva. Eu adoro a Callie e acho que ela realmente poderia tomar essa decisão, mas não sem antes pensar muito e pesar todos os prós e contras. De qualquer forma, com a Callie viajando ou não, eu espero que elas fiquem bem e que a distância (caso realmente exista) não as atrapalhe.

Uma das coisas que eu mais curti no formato documentário foi que deu pra criar uma intimidade maior com as pessoas envolvidas nos casos. A viúva do homem que teve seus braços doados e a mulher do que recebeu os orgãos deram depoimentos emocionantes e que me deixaram com um nó na garganta. A mãe da Lily, a menina que o Karev cuidou, também não ficou atrás. O modo como todas olhavam pra câmera na hora de expressar os sentimentos e chorar foi muito real. Alguns depoimentos dos médicos também não ficaram atrás. Quem mais abriu um sorriso quando o Mark disse que, ao saber que o Derek havia sido baleado, sentiu pela primeira vez aquilo que os familiares e amigos de um paciente sentem enquanto esperam por notícias?

A Lexie foi o escape cômico do episódio. Gosto muito do modo como a recuperação da personagem está sendo lenta e mesclada com momentos de surto dramático e com cenas engraçadas, como ela gritando para que o Chief a deixasse entrar e furando o bloqueio da segurança. Aliás, segurança bem sinistra aquela. Serviu pra gente ver que o Avery não é tão forte quanto ele aparenta. Eu me desesperei junto com ele quando a porta se lacrou e o paciente começou a passar mal. E vê-lo lutando para não deixar o cara morrer foi dolorido. Eu quase gritava para que alguém abrisse a porta e fosse lá dentro ajudar. Só quando ele já estava bem e o Avery teve aquele surto de raiva foi que meu coração se acalmou. E quando ele, finalmente, falou pra câmera sobre perder amigos no dia do tiroteio, meu coração ficou menor.

Alex Karev vai ser um grande pediatra.

É por episódios como esse que eu tenho orgulho de falar que o Karev é meu personagem favorito na série. Foi impagável vê-lo dizer que não gostava de pediatria pelas crianças, mas logo depois cantar pra Lily. Desde a 3ª temporada, quando ele se interessou pelo ramo, eu gosto muito de todos os casos dele na área. Esse foi um dos meus preferidos. Vê-lo cantando pra menina, preocupado ao ponto de dormir no hospital para que nada desse errado e no final sendo escolhido, pela Lily, como sua melhor experiência… foi demais. Alex Karev is very cool, como a própria Lily bem colocou. Eu estava achando o personagem meio sem rumo desde que a Izzie se foi, mas acho que ele tá se encontrando aos poucos novamente.

A Bailey ainda não consegue falar sobre aquela dia. Ao começar, logo hesita, desconversa. Ela estava se curando lentamente, colando cada pedaço. Mas agora, tudo desmoronou novamente. A Mary (em uma nova participação da Mandy Moore) sobreviveu ao dia do Mr. Clark, mas não conseguiu sobreviver a cirurgia e ficou em coma, com morte cerebral e os orgãos falhando. As cenas em que a Bailey chora sozinha e depois quando conta ao Bill sobre o estado da esposa dele foram de dar um nó na garganta. Tomara que ela se recupere – novamente – logo. E a Chandra Wilson está mais incrível do que nunca em sua atuação.

Foi MUITO legal também assistir Meredith e Cristina juntas durante as filmagens, uma dando o suporte que a outra precisava e dizendo exatamente aquilo que a outra precisava ouvir. É por essas e outras que elas são a melhor dupla da série. O processo de cicatrização da Cristina só não está sendo mais demorado por causa da Meredith. Eu quero muito que ela volte a operar logo e eu acho que esse momento tá cada vez mais próximo. Porque, convenhamos, Cristina Yang fora de uma OR não é aquela Cristina Yang que a gente ama.

A temporada segue muito bem. Eu tinha medo da Shonda pesar a mão no drama, mas até agora todo o renascimento deles está sendo mostrado com cautela, sem exagero, da forma mais humana possível. Certamente, um dos melhores começos de temporada de Grey’s Anatomy.

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PS¹: O caso do transplante de braços foi diferente e emocionante. Gostei muito.

PS²: Queria agradecer por ter sido escolhido como o autor das reviews. Prometo que vou dar o meu melhor e espero que vocês gostem das minhas reviews tanto quanto gostavam das reviews da Bruna. 🙂
Pra quem não viu, o link do resultado tá aqui.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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