Esse episódio não foi dos meus favoritos da série. Na verdade, acho que foi o mais fraco até agora dessa sensacional temporada. Algumas coisinhas nele me irritaram e realmente poucas tramas me empolgaram. Consegui abrir um sorriso com uma cena aqui e outra ali e me emocionar em umas 2 sequências, mas só. O resto ou me deixou com muita raiva ou eu tive dificuldades de me concentrar. Mesmo assim, não foi nada que eu acredite que vá prejudicar o alto nível desse ano. Vez ou outra, séries que estão indo muito bem dão uma pequena derrapada.
Eu odiei esse novo pediatra. Odiei mesmo, com todas as minhas forças. Eu já não o suportava no começo do episódio, gostei menos ainda quando ele começou a mostrar descaso com a cirurgia do bebê e aí quando ele roubou a ideia do Alex pra cirurgia, meu sangue subiu. O Karev, perceptivelmente, estava mil vezes mais preocupado com a criança do que ele, ao ponto de pensar em uma ideia mirabolante de salvar a vida do bebê usando uma bola de ping pong. Ele vai lá, conta pro cara, que aparentemente despreza a ideia e depois a usa, sem nem ao menos chamá-lo pra cirurgia? E aí que entra a April, que eu vou ter que dizer novamente, me conquista cada vez mais. Adorei ela contando no meio do procedimento que a ideia era do Alex e adorei mais ainda ver, depois, o Chief passando a notícia pra Bailey.
A ideia de Alex e April juntos começou a ganhar um pouco mais de espaço na minha mente. Eu realmente não curti isso no episódio passado, mas por alguma razão surreal, não me incomodei com o beijo deles aqui. Até me surpreendi, não esperava que fosse acontecer tão rápido. Os dois são de temperamentos opostos; a April ainda é virgem. Não foi dessa vez que isso se resolveu, mas eu acho que essa relação deles vai sim evoluir pra algo maior. Se for algo bom para o Karev, eu aceito e dou todo o apoio. Ele precisa seguir em frente e se a April ajudá-lo nisso, ótimo. Ele só vai ter que passar por cima do Avery antes.
A trama dele, aliás, foi uma das que me empolgou no episódio. O Avery cresceu muito como personagem da temporada passada até aqui. Ele sempre se destacou entre todos os Mercy , mas agora ele já se livrou desse “título” e caminha a próprios passos. Foi legal ver a dinâmica dele com a Bailey. Pode ser uma relação bem legal, se continuada a ser desenvolvida. A explosão dele na sala de cirurgia depois de perder a paciente foi uma das cenas mais intensas do episódio e dava pra ver nos olhos dele como ele se sentia culpado por aquilo, mesmo que os lábios falassem o contrário. Lá no fundo, ele ainda tá um pouco abalado pelas mortes do Percy e da Reed, mas ele logo vai superar. Foi triste, aliás, ele falando com a Lexie que a April era a única amiga dele ali no hospital. E a Lexie respondeu a mesma coisa que eu teria respondido: Don’t be stupid!
O triste da história toda fica mesmo na Bailey, que leva baque atrás de baque. Primeiro o Percy, depois a Mary e agora essa paciente. É incrível como essa mulher consegue, mesmo após tudo isso, se mostrar forte. Eu espero que ela ganhe um pouco de sossego agora, pra se recuperar melhor. Ela merece. E merece muito. O bom é ver que ela não perde o humor, né? Eu ri muito com “Is it Bono, Chief?”.
Falando nisso, essa foi a trama que menos me empolgou do episódio anterior. Eu sei que claramente foi só um plano de fundo para que a Teddy, a Meredith e o Derek discutissem sobre a situação da Cristina, mas fazia tempo que eu ficava tão indiferente a um caso de Grey’s. Não consegui ficar nem ao menos ansioso para saber se o Emir ia viver ou não e nem me comovi muito com o drama do filho dele. Sou insensível por isso?
A Cristina precisa mesmo de ajuda. É engraçado vê-la analisando as pessoas no shopping, cortando o cabelo da Callie e dando uma festa? É. Mas não é desse jeito que ela vai ficar boa. Eu achei muito bizarro ver a Meredith tão tranquila. Ok, é claro que ela tá preocupada com a amiga. O que eu esperava era que ela se impusesse ao Derek quando ele falou que o melhor era que ninguém falasse com a Cristina. Esperei uma atitude mais ativa dela. Ela é a pessoa da Cristina e eu sei que ela tá muito preocupada, só quero que ela tente ajudá-la de uma maneira mais direta. Porque foi bonitinho ver o Derek e a Yang conversando sobre os cômodos da casa, mas não é assim que ela vai se curar e voltar a ser aquela Yang que a gente tanto gosta. Ela precisa de um choque, como disse a Teddy. E eu espero que a Meredith seja uma parte essencial desse choque.
E o que foi aquela conversa do Mark e da Callie na festa? Eu sei que a Callie acabou de sair de um namoro, estava bêbada e devastada, mas eu não gostei nem um pouco de ver os olhares trocados entre eles e o Mark dizendo que o cabelo dela estava hot. A amizade dos dois é uma das minhas preferidas na série e uma das mais reais. Eu definitivamente não gostaria de vê-los tendo uma recaída. Tenho medo de isso estragar a relação deles numa perspectiva futura. E imagina a reação da Arizona quando voltasse? Não, definitivamente não, Shonda.
A melhor parte do final do episódio foi mesmo a conversa da Meredith e do Alex. É outra amizade que eu gosto muito e sinto falta de mais cenas. E poxa, dolorido vê-lo contando a ela toda a história do irmão e da esquizofrenia. O Alex deve ser facilmente o personagem que mais sofre nessa série. Praticamente tudo dá errado pra ele, no trabalho, no amor e na família. Eu espero que ele encontre logo paz em todas essas áreas, porque ele merece.
Pro pessoal que gosta de promos, aqui tem a do próximo. Eu não vi, porque as promos da ABC geralmente me irritam. Mas como sei que muita gente curte, tá aí.
ps: Eu ri MUITO com a Lexie e o Alex atirando aquelas bolas de ping pong na hora do almoço.
