Dá mesmo pra acreditar que Grey’s já entrou em hiatus? Parece que foi ontem que a temporada começou. E que temporada. Continuo batendo na tecla de que acho que essa tá sendo uma das melhores já feitas na não tão curta assim história de Grey’s Anatomy. De 10, apenas 2 episódios não me agradaram muito e todos os outros se situaram entre o ótimo e o excelente. A maturidade com que Shonda Rhimes está conduzindo seus personagens e suas histórias é algo exemplar e que me deixa muito, mas muito feliz. Depois do explosivo finale da temporada passada, eu tive muito medo de que a série se perdesse, mas aconteceu justamente o contrário: Em vez de perda de qualidade, o que aconteceu foi a retomada de um fôlego e de uma carga dramática intensa. O duro agora vai ser esperar até janeiro, especialmente depois de Adrift and at Peace, que foi tão bom quanto a maioria dos episódios da temporada.
E esse foi um episódio que me fez sentir. Em todos os sentidos que a palavra pode exercer. Alegria, tristeza, êxtase, raiva, angústia… Tudo.
Apesar das inúmeras comparações que eu não consegui deixar de fazer com Denny Duquete, eu gostei muito do Henry. Pode ser realmente interessante ver essa relação entre ele e a Teddy se desenvolver gradualmente. E eu não digo relação no sentido amoroso, mas no sentindo de necessidade. O Henry tá internado há mais de 200 dias, sem dinheiro, sem plano de saúde e sem saída aparente pra sua doença. A Teddy, por outro lado, continua se culpando pelo que aconteceu à Cristina e isso a corrói por dentro de uma forma que nem a gente mesmo consegue enxergar direito. Ela precisa fazer algo para frear isso, sentir-se bem. Usar seu próprio fundo monetário pra salvar a vida de alguém pode ser a válvula de escape dela.
Eu não acredito que vá ficar somente nisso, é até meio óbvio que eles irão ter alguma coisa além. Eu não sei se cheguei a comentar aqui nas reviews, mas já fazia um tempinho que eu sentia falta de um paciente que se tornasse um personagem secundário legal e que tivesse uma boa storyline, tipo o Denny e a Ava/Rebecca. Tô realmente apostando que essa trama de Henry/Teddy vai pra frente. Vamos ver.
É uma pena que eu não possa dizer o mesmo do Eli. Foi só eu que achou completamente aleatória a forma como ele foi inserido na história? Eu não li spoilers, então não sei se ele vai continuar na trama, mas seria mais aleatório ainda se ele simplesmente sumisse depois de todo o destaque que recebeu nesse episódio, né? De qualquer forma, achei o cara bem arrogante. Não gostei do jeito como ele tratou a Lexie e achei bizarro ele convidar a Bailey (que, aliás, estava muito engraçada durante todo o episódio) pra sair. Não faço ideia de como vai ser o desenvolvimento do rapaz daqui em diante (se houver desenvolvimento), mas espero que isso mude minha impressão inicial.
Mais alguém teve a impressão de que a volta da Cristina está cada vez mais próxima? Confesso que toda essa história de pescaria com o Derek estava me soando super chata e as cenas pareciam mais perdidas do que qualquer outra coisa. Até que veio a cena da foto e daí o meu coração ficou menor. Me segurei pra não cair no choro junto com ela e quase quis bater no fotógrafo que não queria registrar o momento. Ainda bem que o Derek resolveu isso por mim, já que a sequência onde ela chega em casa e coloca a foto na geladeira foi tão emocionante quanto.
E, enfim, a Meredith tomou uma atitude! Ok, ela tentou, mas aqui vale aquela máxima de o que vale é a tentativa. Já não aguentava mais vê-la tão passiva, simplesmente se preocupando com a Cristina, mas sem fazer nada com relação a isso. Só não sei qual vai ser o próximo passo dela, já que a situação com o Owen não está exatamente uma das melhores. A discussão dos dois durante e depois da sala de cirurgia foi uma das partes mais tensas do episódio. Eu não consigo culpar ou dar razão a nenhum deles; ambos só estão preocupados com a Cristina, cada qual a sua maneira.
Quase soltei fogos de artifício quando, finalmente, Mark e Lexie se entregaram ao sentimento que eles estavam insistindo em esconder. São meu casal preferido e eu já estava vibrando desde o início do episódio, quando o Mark disse que sentia falta dela. O que me preocupa agora é o possível triângulo amoroso com o Avery, que se torna mais real na minha mente a cada dia. Não faço ideia do que a Shonda preparou para esses três, mas sou capaz de apostar que as histórias irão realmente se cruzar. Mas, por agora, me deixa curtir Slexie o máximo de tempo possível, tá Shonda?
E, de quebra, isso ainda termina com o sexo casual dele com a Callie. Ela, aliás, foi uma das coisas que me deixou meio irritado no episódio. Eu entendo o sofrimento, mas o egocentrismo e o modo como ela levou adiante o caso do paciente me deixou irritado. Achei que ela ia surtar com o Karev no fim, quando ele decidiu voltar para o novo monstro da pediatria. Só não sei se ele dura muito tempo, agora que a Arizona voltou. Eu não esperava o reaparecimento da Jessica nesse episódio, então imaginem a minha reação quando a Callie a viu. E como foi dolorido vê-la fechando a porta na cara da (ex?) namorada durante o discurso que ela fazia, cheia de saudades. Não a culpo, de maneira alguma. Mas que doeu, doeu.
Só vai doer mais ainda esperar até janeiro pra ver como isso vai terminar! Essa foi a última review de Grey’s Anatomy esse ano aqui no Apaixonados por Séries. Sendo assim, boas festas pra todo mundo e até 2011! 🙂
