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Grey’s Anatomy – 7×15 Golden Hour

Por: em 21 de fevereiro de 2011

Grey’s Anatomy – 7×15 Golden Hour

Por: em

Pra mim, estamos diante do melhor episódio da temporada. Eu tô realmente gostando desse ano da série, mas acredito que esse tenha sido o episódio mais Grey’s desde o começo da temporada. Aquele clima de tensão nos corredores, quase todos os personagens tendo seu destaque (mesmo que em poucas cenas), um caso meio bizarro (tava com saudades deles e adorei toda a situação da faca, confesso)… Enfim, Golden Hour trouxe um clima que, pelo menos pra mim, se assemelhou ao das primeiras temporadas; aquela simplicidade única que fez Grey’s Anatomy ser o drama de sucesso que é hoje. E, além de tudo, elevou novamente Meredith Grey ao posto de protagonista da própria série; lugar que, convenhamos, já não lhe pertencia há algum tempo.

Acho que fazia muito tempo que a personagem não me agradava tanto. Por isso, quando vi que o foco seria dela, até tive medo de não curtir o episódio. Ledo engano. Meredith foi a estrela e com todos os méritos possíveis. Arrasou em cada cena, se destrinchou em 1000 para tentar resolver tudo o que podia e mostrou o valor que uma hora tem para a vida do pessoal que tá em um hospital. Espero muito que o resto da temporada não jogue a personagem novamente pra segundo plano, porque Golden Hour é a prova de que, quando a Meredith é o foco, o episódio é muito muito bom. Gostei demais, particularmente, do caso do pai que morreu enquanto o filho esperava em casa para ir assistir ao jogo. A cena que a Mer pega o telefone para ligar pra família do cara foi sensacional.

Preciso dizer também que esse episódio meio que acalmou um dos maiores medos que eu tinha: o da Meredith vir a ter Alzheimer. Eu tava sentindo que era necessário que alguém do elenco fixo da série adoecesse, pra que a trama do Derek possa ser desenvolvida mais intimamente. Achei que a “escolhida” seria a Mer, mas parece que isso ficou mesmo pra Adele. Particularmente, acho que isso me agrada. Gosto da personagem e ela não tem muito destaque na série. Talvez, dessa maneira, a esposa do Chief se torne mais recorrente e ainda possa trazer uma trama bacana. Porque já ficou bem claro que, se ela estiver mesmo doente, não vai ser nada fácil pro Richard lidar com isso.

Acho que eu já disse isso, mas se não, repito: Falta de cenas entre Meredith/Derek não me incomoda. Devo ser um dos poucos que não é fã do casal, por isso realmente não fico chateado com o modo como eles estão ficando pra segundo plano. Mas, gostei da cena do elevador nesse episódio. Acho que deu uma boa descontraída no clima tenso que estava instaurado. Será se vem McBaby até o final da temporada? Taí outra ideia que eu não sou muito fã. Acho que a Meredith precisa se focar mais no trabalho (e render mais episódios como esse!) e um bebê alteraria tudo. 

Foi só eu ou o Henry voltou muito mais agradável nesse episódio? Acho que vê-lo fora de uma cama de hospital desconstrói um pouco da imagem Denny Duquette reload que ele tava causando. Achei até ele mais simpático, boa pinta… Bem melhor do que o doutor lá, que eu sequer lembrava (ou sabia) da existência. A trama da Teddy com os dois foi bacana, mas é óbvio que o caso com o William não deve durar muito. Acredito que é mais pra criar um triângulo amoroso com o Henry. Honestamente, eu gostaria de ver uma aproximação maior da doutora e seu “marido”.

Outra trama bacana, mas que serviu mais pra alívio cômico do que pra qualquer outra coisa, foi a da Baley com o enfermeiro. Hilário ver a personagem se recusando a fazer sexo com ele dentro da sala e ainda mais engraçado os dois sendo flagrados pelo Derek. Só torço pra ver logo a personagem em um drama novamente. Porque a Chandra Wilson é ótima em situações cômicas, mas é no drama que ela rouba a cena. Digo a mesma coisa da Cristina. Sim, é ótimo ter a personagem de volta à rotina do hospital e aconselhando a Mer, mas sinto um pouco de falta dela em casos dramáticos. E o Owen, ein? Sumiu. Não que eu reclame. Ainda não sou muito fã do personagem.

Desde o momento em que o Karev pisou os pés no hospital e colocou os olhos no garoto com a perna fraturada, eu tive certeza de que ele deixaria o jogo de lado e iria cuidar do menino. Abri um sorriso no rosto, de ponta a ponta, quando vi que estava certo. São momentos como esse que fazem com que eu tenha certeza de que ele é o meu personagem favorito na série. Pode ser babaca, arrogante, estúpido e, por vezes, até escroto. Mas quando se trata de fazer o que gosta e o que SABE que tem que fazer, o cara não hesita nem por um segundo. Quero muito vê-lo ganhando a disputa de Residente Chefe, lá pros próximos episódios. Gosto também da aproximação dele com essa nova doutora. Só espero que não siga o mesmo caminho de Ava e Izzie: Felicidade e, depois, abandono. Ele não merece de novo.

Outro caso que parece que também começa a surgir é o de Lexie e Avery. Little Grey tá claramente magoada com o Mark e toda a história da gravidez da Callie e aposto que em menos de 5 episódios, ela e o Avery vão aos beijos. Não quero que o casal vingue, mas talvez seja bom pra afastar a Lexie um pouco da gravidez conturbada da Torres. Quero que ela veja um pouco a situação do lado de fora, para então, só depois, voltar pro Mark. Porque eu quero muito que eles se acertem de vez. Eles são feitos um pro outro e não consigo imaginar nenhum com outro par.

Golden Hour mostrou força, sabendo trabalhar vários dos personagens da série em paralelo e sem parecer forçado ou corrido. O que eu espero é que, quando voltarmos ao drama da gravidez, Grey’s saiba levar tudo da maneira que levou nesse episódio. Porque daí, certamente, teremos muitas e muitas horas douradas.

PS: Mil mil mil desculpas pelo atraso na review! Problemas universitários e pessoais acabaram me deixando meio pirado na semana e só consegui assistir ao episódio e escrever agora. 🙁

PS¹: Ellen Pompeo atuou de uma maneira que também não se via há muito tempo. Valeu, Ellen!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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