Que belo episódio de Grey’s Anatomy. A série que vai se encaminhando para um season finale lotado de mudanças nas vidas de nossos personanges, nos entrega em seu penúltimo episódio, uma disputa pelo cargo de residente chefe tensa, onde nem mesmo os amigos são levados em conta. É incrível como Shonda consegue ainda nos surpreender com atitudes depois de 7 anos conhecendo essas pessoas. O caminho que cada um deles vai seguir a partir de agora é incerto e a série abre um ramo de possibilidades para ser seguida. Grey’s Anatomy se renova mais uma vez e se prepara para suportar novos dramas e ter uma carga ainda mais pesada no seu episódio final. Não teremos atirador dessa vez, quem dispara agora são uns contra os outros.
Meredith é minha personagem preferida dentro da série, desde sempre. Mas sua atitude com Adele foi errada e o peso disso vem assolando sua vida o tempo todo. A personagem que sempre foi uma bagunça, agora é uma muher centrada que busca resolver os problemas do passado, busca ser exatamente a mãe que nunca teve, a mãe de Zola. Fiquei bastante preocupado quando esse assunto surgiu na série, principalmente o fato da adoção, mas acho que Shonda jamais faria uma porcaria com uma trama tão grande como essa. E estava certo. O jeito como tudo foi caminhando é bonito e natural. Meredith precisa de um tempo para se acostumar com a idéia de ter um ser tão dependente dela. A personagem sempre foi assim, essa mulher independente que não teve com quem contar, então é estranho algo assim na vida dela. Podemos ver isso bem na demora que foi o seu relacionamento com Derek, mas Mer já virou uma mãe. Sua preocupação com a pequena Zola durante a cirurgia já indicava isso e a entrevista com a assistente social só veio para confirmar. Por sinal, que bela cena. Adorei ver Meredith fugindo do clichê e assumindo sua verdadeira realidade.
Cristina tentou brilhar mais uma vez, depois de muito tempo. E como deseja muito o cargo de residente chefe, precisa que seu marido, o dono da decisão, seja imparcial na escolha. Ou seja, sem sexo. Como eu me divirto com essa personagem. Ela faz de tudo para crescer simplesmente. Querer ser brilhante é assim mesmo e Cristina enfrenta isso todos os dias. Adorei ver a personagem toda irônica como de costume e dando conselhos a todos, referenciando isso como um poder da virgindade. Mas os problemas de Cristina vão além disso. Ela perdeu sua tutora, perdeu Teddy. E cada atitude que tem, afasta ainda mais a melhor professora que já teve dentro do Seattle. Não é por querer, Cristina precisa da cirurgia para brilhar, até por isso que ela não vai ser residente chefe. Essa era a decisão final. Ela é demais para ficar preenchendo papéis e cumprir burocracias. Cristina é e sempre será uma cirurgiã. Mas a sua tamanha insubordinação levou Teddy ao extremo dessa vez, que acabou aceitando a proposta de seu namorado e vai se mudar de Seattle. Não quero que a personagem deixe a série, gosto muito da relação dela com Cristina, mas talvez isso aconteça mesmo. Além do que, quero ainda ver qual vai ser o fim da trama de Teddy e seu marido-paciente, que parece ter muito o que render.
Alex foi o que mais fez por merecer o cargo, mas no fim, não queria que ele ganhasse. Acho que o personagem ainda não é maduro o suficiente para assumir tamanha posição dentro do hospital. Seu passado ainda o afeta violentamente e foi capaz de tirar dele uma chance que não podia ter sido desperdiçada. Se Alex um dia brilhara, foi pelo seu talento com as crianças e deixar isso para trás por causa de uma paixão tão recente é absurdo. Lucy mostrou como se age profissionalmente, e apesar de odiarmos ela naquele breve instante, acho que foi uma importante lição para Alex. Nunca abrir mão de seus sonhos por um amor. O amor é capaz de esperar. E agora sem sua vaga na África, sem mais crianças para ser destaque, Alex é apenas mais um dos candidatos. E o álcool fala mais alto quando ele abre a boca e despeja que Merdith andou fazendo trapaças no estudo. Eu te odeio Alex.
Avery me surpreendeu. Demorei para entender qual era a dele saindo do estudo no meio de uma competição tão acirrada, onde todos os seus concorrentes estavam se destacando por alguma coisa. Mas Avery é maior que essas coisas. A fama de seu avô sempre ofuscou seu talento próprio e o doutro não queria mais isso para sua vida. Seu método de trabalho é tão impecável, tão limpo e metodológico, ainda mais com a origem que tem, que ele com certeza seria indicado ao prêmio que carrega seu sobrenome. Hunt percebe isso e admira a postura do médico, o que o torna um grande concorrente daqui para frente. Concorrente de peso, assim como April. Seu perfeccionismo, seu jeito de trabalhar se encaixam perfeitamente no que Hunt falou para Cristina, o que me leva a pensar que a garota será a escolhida por ele para assumir o cargo. Só não quero que Shonda volte atrás na decisão, quem assumir que vá até o fim!
O caso do bebê no intestino da mulher me assustou muito, nem sabia que isso era possível de acontecer. Agora uma árvore crescendo dentro de si é muito mais absurdo ainda. Gostei da metáfora com a adaptação. Darwin estava certo, os melhores adaptados, são os que sobrevivem. Agora peço muito, Shonda, nos devolva Sloan e Lexie? Por favor? O que foi a intensidade das cenas do antigo casal. Sério, esse final de temporada é o momento perfeito para eles voltarem! Tirando isso, só tivemos os momentos mamãe-bebê de Callie, que foram realmente bonitinhos. Semana que vem, encerramos a temporada e provavelmente será comigo o review. O Alexandre ainda está impossibilitado, então assumo até o final. Vamos curtir a jornada, porque depois da semana que vem, só setembro. Até!
Para quem não quer spoilers, fuja! Se você não agüenta, assim como eu, confira aqui o vídeo promocional do episódio final de Grey’s Anatomy!
