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Grey’s Anatomy – 8×05 Love, Loss and Legacy

Por: em 16 de outubro de 2011

Grey’s Anatomy – 8×05 Love, Loss and Legacy

Por: em

O que eu mais amo em Grey’s Anatomy é o modo como a série consegue começar um episódio me fazendo rir e terminá-lo me deixando com um nó na garganta. Assisto mais de 20 seriados hoje em dia e garanto que são poucos os que conseguem mesclar os gêneros com a excelência de Shonda Rhimes e Cia. Essa 8ª temporada, por exemplo, segue ótima, no tom correto, sem dramas em falta ou em excesso: As coisas seguem em seu determinado lugar, os episódios vêm numa ótima leva e eu espero que continue assim até o final.

Love, Loss and Legacy foi, provavelmente, meu favorito dentre os 5 exibidos até agora.  Quando eu soube que ele iria trazer como participação especial a mãe do Avery, fiquei com o pé atrás, já que até hoje não consigo ter como definidos os meus sentimentos quanto ao personagem. As vezes eu gosto, as vezes ele me irrita e assim eu vou levando. Mas a dr Catherine Avery é ótima. Sério. Desde a primeira cena da personagem, eu já gostei dela. O senso de humor é incrível, as tiradas são ótimas e ela funcionou bem com praticamente todo o elenco. Vou ficar na torcida pra que essa participação se estenda para mais episódios no futuro.

Se na temporada passada, alguém me falasse que o Mark e o Avery poderiam ter uma relação amigável, eu acharia bizarro, por isso é tão bacana o quanto a série vem construindo uma coisa ali entre os dois, uma relação de verdade entre pupilo-mestre. Foi bem legal ver o Mark elogiando-o sutilmente para a mãe e conseguindo que ele fizesse a cirurgia no cara que queria um novo pênis (e, aliás, que caso da semana interessante, né? Diferente e cool, como só Grey’s consegue ser).

Não sei se minha memória anda me deixando na mão, mas eu não me lembro de alguma referência passada ao fato do Avery ter uma infância tão parecida com a da Meredith. Como a própria disse, eles foram gerados por cirurgiãs. Por esse episódio, ficou claro que Catherine não é nenhuma Ellis da vida, mas a infância do Jackson deve ter sido um pouco parecida com a da Mer, o que eu acho que dá pra ver um pouco refletido no jeito durão dele.

Outra coisa que toda a trama da Catherine trouxe – mas talvez aqui possa ser um devaneio meu – foi uma nova esperança de ver Mark e Lexie juntos de novo. A cena em que o Mark a elogia para a nova sogra foi pequena, simples e sutil, mas deu pra ver ali, nas palavras do Mark, que o sentimento dele pela Lexie ainda tá vivo. E até mesmo a Catherine percebeu isso. Achei ótimo ela falando pro Jackson “Ele fala dela do jeito que você deveria falar”. E aquela pequena cena da Lexie no começo do episódio deixou no ar um feeling de que talvez a relação dos dois passe por uma crise, pelo fato dele mandá-la pra longe quando a mãe estava por perto.

Eu sou da opinião de que Miranda Bailey não precisa de homem. Chandra Wilson é sensacional, consegue segurar qualquer tipo de cena e embora eu sinta falta de um arco mais dramático envolvendo a personagem, não dá pra negar que seu potencial cômico é gigante e está sendo muito bem aproveitado (a cena dela conversando com o Henry e enchendo o copo de bebida foi ótima!). Graças a Deus o romance dela com o Eli acabou (esse pode sair da série agora que eu sequer vou me lembrar que ele existiu daqui a alguns anos), mas eu ainda não consigo ficar satisfeito com ela correndo atrás do Ben. O médico deve estar envolvido em episódios futuros, então vou dar uma chance: Quem sabe, agora, os dois me convençam.

Quando o bipe do Alex tocou e ele saiu correndo, exatamente no momento que estava quase vencendo a competição pra operar com a Catherine, mil e uma possibilidades passaram pela minha mente, mas eu nunca imaginei que trariam a Zola pra dentro do hospital novamente – não agora, pelo menos. Gostei bastante de vê-lo preocupado com a Meredith, parece que ele aprendeu mesmo a lição depois do caso da Adele. Mesmo com todo o dilema, eu tinha certeza que ele contaria pra amiga. E não estava errado.

Ver a Meredith chorando me destrói. Deu vontade de entrar lá na tela e abraçá-la e, de quebra, meter um soco no rosto do Derek. Olha, eu tento entendê-lo, juro que tento, mas cada vez que ele é grosso com a esposa e que joga na cara dela o que ela fez, meu sangue sobe. Será que ele não percebe que quem tá mais sofrendo com toda a situação é ela? Um pouco de apoio e suporte, de vez em quando, não faria mal. A Meredith já sabe que errou e já assumiu isso. O que ela precisa é de alguém pra confortá-la em situações como essa, não alguém que lhe lembre o tempo inteiro de uma culpa que dói carregar.

Como a Cristina. Nem preciso dizer como eu tô feliz que essa temporada anda colocando em alta, novamente, a belíssima amizade das duas, que é a melhor relação que Grey’s Anatomy tem, de longe. Me deu um nó na garganta quando a Cristina estava cuidando da Zola e começou a enumerar as 1001 qualidades da Mer e do Derek. Me preocupo, contudo, com o que isso vai implicar na relação dela com o Owen. Aquele momento minúsculo perto do fim, quando ele a observou cuidando da menina me fez acreditar que a história do aborto ainda não acabou e vai novamente trazer problemas pro casamento deles.

Outra que quebrou meu coração no episódio foi a Arizona. Ela era outra que ainda não tinha aparecido direito na temporada e parece que finalmente ganhou uma trama ao lado da Callie. Todo o discurso dela de como era importante um papel em que constasse que a Sofia também era sua filha foi emocionante, mas eu tenho medo de que isso atrapalhe de alguma forma a relação das duas. Não vejo como isso possa criar um conflito, pois não faria muito sentido a Callie recusar pedido, mas como estamos falando da mente de Shonda Rhimes, tudo pode acontecer.

É esperar pra ver. E torcer pra que a boa leva de episódios continue. In Shonda we trust.

PS. Sensacional a Catherine tentando arrumar homem pra Kepner! As duas, aliás, formaram uma ótima dupla.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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