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Grey’s Anatomy – 8×07 Put Me In, Coach

Por: em 30 de outubro de 2011

Grey’s Anatomy – 8×07 Put Me In, Coach

Por: em

Grey’s Anatomy sendo Grey’s Anatomy!

Eu não poderia pedir mais nada. Depois de uma 7ª temporada que dividiu opiniões, vejo que as coisas esse ano estão bem mais equilibradas: Shonda e equipe estão inspirados e, episódio atrás episódio, a série nos mostra aquela mistura perfeita entre humor e drama que sempre foi um dos seus grandes diferenciais. O foco nos personagens originais da série (Meredith, Alex e Cristina) sem colocar em detrimento os outros também é facilmente um dos grandes pontos desse oitavo ano.  Put Me In, Coach manteve o nível alto e me trouxe aquela sensação maravilhosa de querer entrar na tela e abraçar todos aqueles personagens ao fim do episódio.

Até mesmo o Owen não me incomodou. Apostar em um lado mais cômico dele foi uma boa saída, assim quando o drama do aborto voltar – o que eu acho que não vai demorar muito mais – a imagem do personagem não estará tão saturada. A dobradinha dele com o Henry foi simplesmente sensacional. Não sei se o grande carisma do Scott Foley influenciou em alguma coisa, mas as cenas dos dois definindo como o jogo de baseballl ocorreria funcionaram muito bem. E o discurso final do Owen também foi lindo, né?  Pela primeira vez, dá pra ver que ele tá se sentindo a vontade no papel de Chief. Toda aquela sequência final me lembrou os tempos áureos da série – todos juntos, se divertindo, tirando todo o estresse do dia, sem se importar com os eventuais problemas que vão aparecer nos dias seguintes.

Me chamou atenção a história do Henry com o dispositivo novo. Na temporada passada, a série deu a impressão de que investiria em um drama com ele e a Teddy, mas não houve uma grande história como ficou sugerido, foi mais uma aproximação que terminou no nascimento de um sentimento de verdade entre os dois. Agora, com isso já construído, seria bem interessante ver a situação do jovem se agravar. Com todo esse clima “leve” nesse início de temporada, eu não duvidaria nada que apostassem em um drama mais pesado quando a segunda leva de episódios vier no ano que vem.

A Teddy forma uma ótima dupla com a Cristina. Também estranhei ela colocar a Yang pra fazer uma angioplastia, mas foi até engraçado vê-la lidando com algo a que não está acostumada e que talvez nem considerasse muito importante. O discurso da Teddy no final do episódio fez total sentido e dava pra ver que ela tava sendo sincera só pelo olhar. Ela se sentiu orgulhosa da Cristina naquele momento – e a Cristina também se sentiu orgulhosa de si mesmo. Agora, ela deve voltar a ser rock star e pegar as cirurgias mais hardcore do SGMW. Vamos esperar pra ver.

Melhor parte de toda a partida de baseball: Lexie com ciúme. A cara dela ao ver o Mark com outra mulher foi impagável. E acho que as férias da Chyler Leigh acabaram, né?! Adorei. Tava sentindo muita saudade da Little Grey. Acho que o relacionamento dela com o Jackson tá com os dias contados. Até ele já percebeu o que ela ainda não percebeu: O Mark ainda a perturba. Os dois têm uma história mal resolvida e precisam resolver isso, mesmo que seja pra descobrir que não funcionam mais juntos (o que eu duvido muito!). Vou adorar acompanhar essa nova fase do complicado triângulo amoroso entre eles – que agora, com a mais recente amizade entre o Mark e o Avery, só fica ainda mais interessante. E, claro, não posso deixar de comentar o momento em que ela atira a bola com toda a força que tem na sua “rival”. Impagável.

Agora, vamos ao melhor do episódio: Meredith Grey e Alex Karev.

Quem me lê semanalmente aqui sabe que o Karev é meu personagem favorito na série, desde os tempos de 4ª temporada. O jeito durão que ele usa pra esconder o coração gigantesco combinados com a infância complicada e a todo o drama que ele já enfrentou desde que entrou na série (Paciente que vira namorada psicótica, mulher que morre nos seus braços e volta para abandoná-lo, enfim…) o tornam um personagem interessantíssimo. E são atitudes como as que ele teve nesse episódio que mostram o quanto ele se importa com os amigos mais do que demonstra. A Meredith é, provavelmente, a única pessoa que sempre esteve ali pra ele desde o primeiro momento em que ele pisou o pé no hospital, na época em que ele ainda era apenas Seattle Grace Hospital. Traí-la no fim da temporada passada certamente foi um erro grave, mas ele tá arrependido e todo o esforço que fez aqui pra melhorar a situação dela e do Derek com a justiça pela guarda da Zola foi admirável. Nem sei dizer o quanto eu fiquei feliz com aquela cena final. O sorriso de desentendido dele quando a Mer contou que ela e o Derek tinham conseguido uma nova audiência mostrou o quanto ele fez tudo aquilo sem esperar nada em troca, apenas para ajudar à amiga.

Ela, por sua vez, estava às voltas com o estudo da Bailey. Gostei bastante delas finalmente terem chegado a um consenso – mesmo que sob o efeito do álcool, né? Semana passada eu disse que entendia a birra da Bailey e entendo, mas se isso se estendesse mais, poderia ocasionar um desgaste na história e perder o que ela tinha de interessante.  E a Meredith não combina nem um pouco com a obstetrícia, vamos combinar. Isso era coisa pra Addison Montgomery e só. As cenas com a Meredith, a Cristina e a Bailey bêbadas foram ótimas.

Diferente da semana passada, os casos da semana não chamaram tanta atenção aqui, excetuando o tumor no qual Derek e Lexie trabalharam. Deu raiva do Derek no começo por não querer operar a garota simplesmente porque não queriam seguir o procedimento que ele julgava ser melhor. Não é como se tudo fosse ser sempre do jeito que ele quer, não é? Ainda mais ele sendo um médico em um hospital do porte do Seattle Grace Mercy West. Fiquei com medo de, no fim das contas, a garota acabar por falecer na mesa de cirurgia, mas, mais uma vez, o Derek conseguiu realizar tudo – não sem um pouco de esforço, claro.

E, pra terminar: Que cena inicial linda! Definiu bem o clima que tá predominando nessa temporada, com Meredith, Cristina e Alex nos papéis que são seus de direito: De protagonistas dessa maravilhosa história.

PS. Não sou muito de promos, mas depois de tanto falarem, conferi a da semana que vem… E bá, já pode ser quinta?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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