O velho Grey’s Anatomy está de volta. Não sentiram aquela nostalgia do começo da série, quando tudo era novidade e a única preocupação dos médicos era ser melhor do que a concorrência? Foi isso que senti ao ver as primeiras cenas, com o banheiro da Meredith lotado. Aquela casa é uma república estudantil!
E quantas saudades eu tinha dos momentos bobos dos residentes no porão, falando besteira e interagindo uns com os outros, sem se preocupar com grandes problemas.
Can’t Fight Biology foi diferente de todos os episódios desta temporada até então. O clima sombrio e os pensamentos sobre o tiroteio foram deixados de lado (a única que ainda não está tão bem é a Cristina) e tivemos um episódio leve, de humor gostoso que aprendemos tanto a amar.
Como a Shonda Rhimes já tinha avisado no Twitter, nós ainda começaríamos a gostar da April. Neste episódio, eu a aceitei de coração aberto. A April é nerdizinha, certinha, fofinha, muito “inha” e esse tipo de personagem é ótimo para dar um respiro de todo o drama que os pacientes por si só já trazem. Me diverti muito com a “briga” entre ela e a Lexie, que tem todos os motivos para sentir ciúme da garota. Para a Lexie, que sempre quis a aprovação da Meredith, deve ter sido um golpe duro ver que estava sendo trocada por uma versão mais jovem dela mesma.
O que me surpreendeu, dentre todas as boas afirmações que a Mer fez para a Lexie, foi saber que a irmã mais velha ficou ao lado da irmã mais nova enquanto ela estava desacordada. Fofo demais!
Falando na Mer, não consegui não rir com ela brava com a médica que disse que o útero dela é hostil. Queria muito ver um McBaby biológico, mas não duvido que MerDer acabem adotando uma criança. Vai ser o filho deles do mesmo jeito e com certeza vão escalar um bebê ator mega fofo.
Cristina, desta vez sob o comando da Bailey, está se recuperando do tiroteio. Eu realmente espero que você não tenha assistido ao episódio comendo macarrão ou o caso que elas pegaram poderia estragar o seu apetite. Seriously, que coisa mais doida é ter vermes dentro de você para curar a asma. Nojento demais! Prefiro ter asma!
Para quem até há pouco estava considerando se tornar encanadora (mesmo de brincadeira), estou achando ótima a forma como a Cristina está voltando ao batente. Ela nunca se recuperaria ficando em hiato e ninguém melhor do que a Bailey para fazê-la encarar sua dor e iniciar a mudança – mesmo que seja recolhendo os pedaços dos vermes.
A cena mais emocionante do episódio foi ver o Jake dançando. A música (“You Got What I Need”, de Joshua Radin), o orgulho no rosto dos pais, a vontade e a liberdade do dançarino, o olhar de admiração da Callie e da Arizona. Foi perfeito.
Perfeito também é o corpo do Jackson. Engraçado como ele, que sempre foi considerado o bonitinho da família e não sinta pressão para ser inteligente, possa fazer questão de fazer esse papel para a Teddy. Justo a Teddy, que pode ser meio carente, mas é durona. “Pior” do que ela, só a Bailey. Merecida a bronca.
Quem também merecia uma bronca é o Mark. Falta de educação falar com uma mulher olhando para os peitos dela! Nisso, a Arizona tem toda a razão em ficar brava. Mas ela nem ao menos tentou conhecer o cara por trás do garanhão e, se a sua namorada gosta tanto dele, algum bom motivo deve ter, não?
Com este episódio mais leve, podemos ver que o trauma do tiroteio está ficando para trás, sutilmente, como deve ser. Nenhum deles esqueceu os momentos que passaram e estão aprendendo a conviver com os outros e com eles mesmos. Cada um tem seu tempo; o Jackson nem parece sentir que poderia ter morrido enquanto a Cristina mal consegue segurar um bisturi. Uma coisa é certa: se Grey’s Anatomy continuar desse jeito, estamos assistindo a uma das melhores temporadas da série.
