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How I Met Your Mother – 8×15 P.S. I Love You

Por: em 6 de fevereiro de 2013

How I Met Your Mother – 8×15 P.S. I Love You

Por: em

How I Met Your Mother me fez muito feliz essa semana. É inegável a melhora na qualidade dos episódios desde o noivado de Barney e Robin (no episódio The Final Page). Agora que finalmente tivemos uma definição de que a nona será a última temporada e sabemos quantos episódios a série ainda tem (pouco menos de uma temporada e meia), os produtores podem relaxar e planejar os próximos passos com calma.

Calma essa que ficou refletida em P.S I Love You, já que, em termos de evolução da história, esse não foi um episódio memorável. Já em termos de risadas, foi um dos melhores episódios dos últimos tempos. Uma das minhas reclamações do início da temporada era que How I Met Your Mother parecia estar se esforçando demais para fazer rir. Só que de uma forma artificial, e sem a originalidade tão característica da série (quantas tramas emprestadas de Friends tivemos no início dessa temporada? Acredito que umas três, pelo menos). Nesse episódio parece que os roteiristas se reencontraram e conseguiram fazer rir no melhor HIMYM-style: inúmeras referências pop, teorias mirabolantes, piadas com o Canadá, referências a outros episódios, etc.

Isso mostra que, para conseguir encerrar sua jornada com chave de ouro, a série só precisa confiar naquilo de bom que já foi construído até agora, como por exemplo, Robin Sparkles, que esteve de volta em sua quarta aparição, só que agora um pouquinho diferente (falando nisso, quando será que volta a Slap Bet? ainda temos algum tapa faltando, não temos?).

O episódio começa com Ted encontrando sua alma gêmea. Sim, pela milésima vez. Só que o que parecia ser uma série de coincidências programadas pelo destino para que os dois se conhecessem acabou se revelando como uma série de loucuras da moça em questão, Jeanette (Abby Elliot), que fez de tudo para conhecer o arquiteto. Disso surge mais uma brilhante teoria de HIMYM: a Teoria Dobler-Dahmer, baseada na linha tênue entre amor e insanidade. A teoria diz que a forma como estes supostos atos românticos serão interpretados depende muito do receptor. Se a atração é mútua, o ato é interpretado como um gesto lindo de amor, como a cena na qual John Cusack  – interpretando o personagem Lloyd Dobler – segura um rádio na janela de sua amada em Digam o Que Quiserem. Já se a outra pessoa não compartilha do sentimento, o ato acaba sendo interpretado como louco e assustador (algo que um psicopata ou serial killer como Jeffrey Dahmer seria capaz de fazer). A teoria foi perfeitamente ilustrada nas duas cenas de Marshall chamando Lily para um encontro (achei perfeita a atuação de Jason Segel nessa cena, tanto se fala em como o Neil Patrick Harris é um ótimo comediante que às vezes acabamos esquecendo de dar o crédito que para o resto do elenco).

Mas a história de Ted e Jeanette só serviu para introduzir a verdadeira estrela do episódio: Robin Daggers, a versão louca, obscura e grunge de Robin Sparkles. Descobrimos que Robin também já foi obcecada por uma pessoa, o que coloca Barney em uma missão para descobrir quem era o objeto do afeto de Robin no passado. Toda a sequência da viagem de Barney ao Canadá, por mais absurda que possa aparecer, foi hilária e funcionou muito bem, culminando com o ponto alto do episódio: o programa Underneath the Tunes da MuchMusic (que é um canal de verdade) contando a ascensão e queda de Robin Sparkles.

Quem gosta de música e já assistiu ao programa Behind the Music da VH1 viu como foi perfeita a paródia feita pela série. Desde os depoimentos de famosos à narração dramática, tudo estava reproduzido perfeitamente. Fiquei impressionada com a quantidade de nomes da música e da televisão que toparam participar do programa fake. Ver o vocalista do Rush e o Brandon de Barrados no Baile (nome nacional ridículo de Beverly Hills 90210) dando depoimentos sobre Robin Sparkles simplesmente não tem preço.

Mas o melhor de todos foi David Coulier falando que não sabia porque todos achavam que a música (P.S. I love you) era baseada nele. Os fãs de Alanis Morissette entenderam muito bem a piada. Diz a lenda que Coulier é o homem que inspirou a música You Oughta Know, um dos primeiros hits da cantora canadense, que claramente serviu como inspiração para Robin Daggers, já que tanto o visual quanto o jeito de cantar eram idênticos.

Outra piada “interna” foi quando David usou a frase clássica “Cut it out” do seu personagem no seriado Full House (Três é Demais aqui no Brasil, também conhecida como a série das irmãs Olsen). Nessa série ele contracenava com ninguém menos que Bob Saget, nosso querido Ted do futuro, o narrador de HIMYM (que, nesse momento, comenta que sempre gostou dessa piada). No final descobrimos que a resposta para a questão estava em nossa cara o tempo todo: o homem dos sonhos de Robin era Paul Shaffer, outro canadense famoso nos Estados Unidos (pelo menos para aqueles que assistem ao programa do David Letterman).

Enfim, um ótimo episódio para renovar nosso amor por essa série, que me fez começar a achar que 33 episódios na companhia destes personagens é muito pouco (adoro sofrer por antecipação). Mas, é melhor encerrar agora e sair por cima do que arriscar ter um fim de carreira trágico assim como uma das maiores estrelas canadenses de todos os tempos.

E vocês, gostaram do episódio? Lembram aonde vocês estavam durante o fatídico show de Robin Sparkles na Grey Cup de 1996?

P.S.1: Adorei o retorno de James Van Der Beek como o ex-namorado de Robin! Só fiquei triste porque, quando olho para ele, lembro que Don’t trust the b—- in Apartment 23 foi cancelada! (*chora*)

P.S.2: Todos animados em saber que Jeanette será o último erro de Ted antes de encontrar a mulher de sua vida? Eu realmente acho que isso quer dizer que conheceremos a mãe bem antes do fim da série. Vamos torcer!

P.S.3: Tentarei ser uma boa menina e não desapontá-los mais com as reviews. Agradeço muito pela compreensão de vocês com o sumiço das reviews da série. Espero vocês na próxima!

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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