Quando assisti ao piloto de Hunted eu fiquei impressionada com a sua qualidade. Estava torcendo para a série conseguir manter o nível do primeiro episódio, mas para a minha surpresa, Hunted só melhora. Depois de quatro episódios, eu já tenho certeza que esta é a melhor estréia da Fall Season e se continuar desse jeito, em pouco tempo estará entre as minhas séries preferidas. Por falta de tempo, a série quase ficou sem reviews aqui no blog, mas graças a Andrezza, que sugeriu dividir os posts, temos esse espaço para discutir essa obra prima. A ideia não poderia ter sido melhor, porque a série é excelente. A cada episódio eu tenho mais certeza disso. Depois de assistir Kismet tudo que eu queria é dar um beijo e um abraço em todos os envolvidos na produção de Hunted.A história tem um ritmo bom e consistente. Começou mais lentamente e aos poucos foi aumentando a velocidade dos acontecimentos. Essa aceleração foi feita de um modo em que o expectador conseguisse acompanhar com facilidade. Inclusive, as coisas estão acontecendo mais rápido do que eu esperava. De certa forma, isso é muito bom, porque significa que os roteiristas tem uma carta na manga. Sempre que assistimos alguma coisa, já começamos a imaginar o que vai acontecer durante toda a temporada. Como todas essas coisas óbvias já estão acontecendo agora, eu espero muitas surpresas até o final.

Em Kismet, Jack Turner mostrou que é realmente um desgraçado sem nenhum escrúpulo. Claro que já sabíamos disso, mas ele se superou. Fiquei com muita raiva dele. O ódio que senti foi o mesmo do que sinto por Joffrey Baratheon, de Game of Thrones. Vamos combinar que não é fácil chegar nesse nível em somente 4 episódios. Por ser o oposto de seu pai, a cada episódio que passa eu gosto mais de Stephen. Não sei como ele consegue ser tão certinho, considerando a família que tem. Ele é uma graça e vive rodeado por víboras. Ele sabe que seu pai é um filho da mãe (estou sendo simpática na descrição), mas até o seu melhor amigo está envolvido nas bagunças de seu pai. O que me impressiona é que ele ainda consiga viver com Jack. Acho que ele já deveria ter ido embora com seu filho faz muito tempo. O clima em Byzantium está tenso. Eles já sabem que Aidam é o informante para o MI-6. O problema é provar isso. Além disto, Aidam realmente parece gostar de Sam. Não foi ele que mandou matá-la, então o mistério continua. O que seria Hourglass e o que isto tem a ver com Sam? São muitas perguntas ainda sem respostas. Aidam já está se sentindo mais pressionado, mas está determinado a descobrir quem mandou matar Sam. Steel chamar Natalie  para dentro de Byzantium e apresentá-la para Aidam foi uma coisa linda. Estou gostando bastante da parte mais “paralela” com Ian. Gosto do personagem. A dinâmica dele com Zoe é bem divertida. Estou louca para descobrir no que isso vai dar e como isso se relaciona com Jack.

Como aconteceu muita coisa no episódio, não vou comentar sobre tudo, senão escrevo um livro. Mas sintam-se a vontade para comentar sobre algum pedaço que eu deixei passar que a gente pode discutir o assunto e elaborar teorias. Nos minutos finais do episódio, meu coração parou. Quando acabou, tive que parar para respirar e tomar um copo de água. O que eu mais gostei foi que a Sam e Aidam não apareceram nas cenas do próximo episódio. Parece óbvio, mas muitas séries “matam” um personagem no último segundo do episódio e aí colocam o morto na promo. Imagino que Sam não tenha morrido. Claro que devido as situações, parece que Aidam tinha mais chances de sobreviver do que Sam. Não sei como ela vai escapar e isso me deixou super curiosa para o próximo episódio.Não posso deixar de elogiar, de novo, a direção da série. Adoro a forma em que eles usam as câmeras. É tão bem feito que eu me sinto assistindo um filme. Notaram que os personagens nunca estão no centro da tela? Gosto bastante desse efeito, me lembra de O Discurso do Rei. Em muitos momentos de diálogo, os personagens são filmados do perfil. É notavelmente diferente do que estamos acostumados no mundo das séries e eu adoro isto. Estou apaixonada pela dinâmica das câmeras e pelas cores usadas. Como se não bastasse um roteiro fantástico, a parte visual da série é um espetáculo.

P.S.1: A legenda (pelo menos a que eu usei) foi bem simpática na hora de traduzir o que Jack fala para Stephen sobre Sam. Quando assisti pela primeira vez sem a legenda fiquei com muita raiva do jeito que ele se refere à ela.

P.S.2: Para quem entende inglês e gosta de um pouco de interatividade, visite o site deles, Bizantium Tests. É bem divertidinho, vale conferir.