A forma como a série trata assuntos do dia-a-dia é o que mais cativa, nos faz rir e pensar também. Alguém ai aguentaria viver uma semana longe da internet e do celular? Eu não, mesmo porque a internet é minha ferramenta de trabalho. As situações em que mostraram a família Dunphy e sua dependência pela vida online foram ótimas e ilustraram bem o quanto nós, indivíduos do século XXI, ficamos perdidos sem tecnologia, mesmo quando não damos a devida atenção a isso.
Claire não consegue fazer uma simples reserva de passagens pelo telefone e dá para entender a situação muito bem. Já tentaram falar com máquinas pelo telefone e elas simplesmente não entendem o que você realmente diz? Ainda bem que ela não reservou passagens para alguns lugar exótico sem querer. E a coitada da Alex, que fez um trabalho de escola com informações antigas demais, apesar de que as crianças de hoje não sabem mais como procurar informações em livros de verdade! E o Phil achando que os termos que a Alex falou eram na realidade pegadinha, a cara de boba da Claire sem saber o que responder foi ótima.
A grande surpresa foi a Haley, afinal para ela a competição estava valendo um carro, esculpir um celular em sabão foi genial e prova que ela não é só um rostinho bonito e fútil. E claro que Luke não se importou de abrir mão da torta de frango para ver um vídeo bizarro no YouTube.
Mitchell e Cameron aparecem com um problema que parece ser sério nos Estados Unidos, conseguir uma vaga na pré-escola em uma boa instituição. Não é a primeira série que fala sobre isso, ou mesmo sobre conseguir vagas em boas escolas de outros níveis. A competitividade norte-americana assusta, lógico que bons professores podem estimular e ajudar as crianças a terem um bom desempenho, mas esse exagero todo não deve fazer muito bem aos pequenos. Amo o Cameron, mas senti uma imensa vergonha alheia quando ele imitou um índio, quase não consegui olhar a cena, Lily dormia calmamente enquanto Mitchell queria se enfiar debaixo da mesa. Entendo o desespero de Cam ao ver entrando para uma entrevista um casal de lésbicas, interracial, sendo uma delas sendo deficiente física, e não esquecendo que o bebê era negro! A família não tinha como contemplar mais a diversidade. Eles dois sendo gays e com uma filhinha vietnamita não era páreos para o trio, pareciam quase uma família comum.
Gloria não decepcionou e me surpreendeu! Ela não é mulherzinha de olhar um rato e sair correndo, ela mata e ainda deixa o cadáver de exemplo para os comparsas do animal. A calma com que ela usou a pá, e depois disse que ia à missa, nos faz compreender a preocupação de Jay e Manny pela vida do cachorro chato do vizinho. As caras de Manny e Jay quando ela pega os dois em flagra olhando a pá foram impagáveis. E o vizinho confundir a Gloria chamando pelo Jay com um papagaio, esses roteiristas são geniais.
E o próximo episódio promete, será sobre Halloween! Vejo vocês em breve.
