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Nikita 1×11 – All The Way

Por: em 23 de dezembro de 2010

Nikita 1×11 – All The Way

Por: em

Fantástico. Não há palavra melhor para classificar este episódio. Simplesmente fantástico.

Já disse várias vezes e repito neste post: Nikita foi a minha melhor surpresa desta fall season. Eu não dava nada para essa série. Absolutamente nada! Pensei no início que seria mais uma bomba da CW. O canal não é o melhor e séries como Melrose Place fazem com que nós desconfiemos sempre do que está por vir. Mas Nikita soube dar valor ao canal. Não direi que é a melhor série da rede em exibição atualmente, pois acredito que depende muito do ponto de vista e gosto de cada um. Porém, posso dizer com toda certeza que é a minha favorita da CW (e provavelmente de ano). Gosto mais do que The Vampire Diaries (que também é muito boa, mas não dispõe da mesma maturidade).

Tudo se encontra neste capítulo. Todas as tramas e todas as personagens são essenciais para o brilhantismo apresentado. Alex está prestes a sair da Division para se tornar uma agente, mas antes precisa passar pela maior prova de sua vida: Assassinar uma pessoa. Lembram-se no primeiro episódio quando ela, com a máscara de coelho, exita ao tentar atirar em um bandido? A situação agora é parecida e Nikita sabe que Alex não está pronta para matar. Imagino o quanto seja difícil olhar nos olhos de alguém e lhe tirar a vida, ou melhor dizendo: Nem mesmo posso imaginar a sensação.

Mais uma vez Nikita se intromete em uma missão da Division, mas desta vez não para atrapalhar os planos de Percy. Agora, o objetivo é ajudar Alex a concluir o objetivo. Se “formada”, a garota poderá sair da Division para missões e sua comunicação com Nikita será muito mais fácil. Por falar em comunicação, o programa que as garotas usam para se comunicar foi (finalmente) descoberto por Birkhoff. Eu pensei por diversas vezes: Como é que o cara ainda não havia descoberto o programa?

Quanto à missão… Tudo está perfeitamente combinado. Alex estará disfarçada durante uma festa, subirá com a vitima para o quarto, em seguida lhe dará uma injeção que paralisa a traqueia e por fim um tiro para terminar o trabalho. As dicas de como usar a seringa foram de Michael, sempre preocupado com o bem estar dos recrutas. Mas de nada basta o treinamento quando se está muito nervoso. A vítima, um magnata já em idade um pouco avançada, ainda consegue segurar Alex. A seringa quebra e a garota fica com a arma na mão (sua última cartada). Ela quer atirar, mas não consegue.

Nikita aparece para ajudá-la em seguida. Dois seguranças contra uma só não seria justo. Na correria, a Division cerca as duas e um plano B é colocado em prática. Alex bate na companheira. Nikita cai ao chão, desmaiada. Os agentes a levam para a Division e Alex sai de cena como aquela que capturou a inimiga número 1 da organização.

Até aqui tudo já estava muito bom. Eu mal conseguia piscar. Mas tudo pega fogo (literalmente, digamos) depois que Nikita é presa. São os melhores 20 minutos apresentados pela série desde sua estréia. Fico até mesmo sem palavras para descrever. Estou há dias pensando em como retratar a sequencia, em como transmitir o sentimento aos leitores. Será que consigo?

Bom, começaremos por Amanda. Eu senti medo dela. Sabemos que ela utiliza técnicas de tortura que, apesar de não termos visto em prática, são as mais dolorosas possíveis. Ela poderia torturar Nikita com diversas armas. Arrancar seus dentes, raspar a pele, quebrar ossos, queimar os olhos… Pensem na dor que seria (ou não pensem, é melhor). Porém, Amanda prefere começar por outro caminho: A tortura emocional. É assim que ela entra na cabeça de Nikita. Senti pena da espiã ao ver seu vídeo ao lado de Daniel. Não há assunto que a deixe mais emotiva do que a morte daquele que tanto amou. Aquilo doeu na alma. Maggie Q. e Mellinda Clark estiveram ótimas em cena. O diálogo entre as duas foi tenso. Não há duvidas, Amanda é realmente uma boa torturadora.

Enquanto isso, Alex está correndo pelos corredores da Division implantando bombas em locais estratégicos para facilitar a fuga de Nikita. Uma no refeitório, outra nos tubos do ar condicionado. Em meio à correria, surge Tom. Em pouco tempo ele percebe que a garota é uma espiã disfarçada. Depois de todos os eventos da missão era preciso apenas somar 2 + 2. Os dois começam a brigar. Entre eles uma arma. A arma de Tom. A mesma que ele usou para assassinar estagiária/espiã em um dos capítulos anteriores.

Finalmente a bomba explode. A cena foi digna de cinema. Em câmera um pouco mais lenta do que o convencional, refeitório e teto ligado a ventilação vão abaixo. As cores, a trilha sonora, o enquadramento… tudo é perfeito nesta sequencia. Foi lindo ver Nikita se segurando nas correntes e as arrancando do teto. Depois, como de costume, mas ainda mais sublime, ela abate os seguranças da sala. E Amanda, que é esperta, dá o fora rapidinho. Ela é ótima em torturar, mas não é uma lutadora.

Depois, Nikita surge no hall de treinamento e luta contra vários recrutas. Quantos tinham ali? Acho que 20, pelo menos. Outra cena bárbara. Ninguém é bom o suficiente contra ela. Gostei especialmente quando ela derruba Jaden. Eu não agüento mais essa garota. Sempre azucrinando, sempre atrapalhando. Senti-me vingado depois dessa. Já Percy observa tudo do outro lado do vidro sem dizer uma palavra. Aposto que ele pensou: “Essa faz falta na minha equipe”. Logo após, um apagão e Nikita some.

Enquanto isso, Alex e Tom terminam a briga. Um tiro e o garoto morre. É assim que Alex comete seu primeiro assassinato. Triste, impactante e muito bem colocado dentro da trama. Quem aqui um dia sequer imaginou que Alex poderia matá-lo? Logo ele que era apaixonado por ela. Outra cena maravilhosa deste episódio. Fiquei com pena do garoto, mas entendo que este é o tipo de fechamento necessário para que certas histórias caminhem daqui para frente.

Nikita foge da Division e Tom morre como seu suposto aliado. Sorte de Alex que ficou livre de quaisquer suspeitas. Além de ter salvado Nikita, ainda foi promovida. Nos próximos episódios a veremos em ação, se encontrando com sua parceira nas ruas. Ainda faltam 11 ou 12 episódios para terminar a primeira temporada e eu estou torcendo para que Nikita seja renovada para o segundo ano.

Durante 2010 acompanhei simultaneamente com os Estados Unidos a diversas séries. Na lista, Grey’s Anatomy, Private Practice, Weeds, The Big C, Outsourced, Modern Family, The Vampire Diaries e Being Erica (esta última do Canadá), mas nenhuma apresentou um desfecho tão bom, tão sublime e bem amarrado quanto Nikita. Se me perguntarem hoje qual série eu indicaria para ser assistida, indicaria Nikita sem pensar duas vezes. A minha torcida é para que os próximos episódios mantenham a mesma qualidade. Acredito que não haja motivos para não manter.

Agradeço aos que acompanharam as reviews de Nikita em 2010. Nos vemos em 2011!


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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