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Once Upon a Time – 1×20 The Stranger

Por: em 1 de maio de 2012

Once Upon a Time – 1×20 The Stranger

Por: em

Uma aula de como entrelaçar os acontecimentos da temporada.

Não tenho vergonha de admitir que, em diversos momentos, meus olhos ficaram marejados. Nossas suspeitas de que August era o Pinóquio se confirmaram, e o desenvolvimento da história foi muito positivo.

O que parecia não fazer sentido se encaixou como uma luva. Todos os detalhes foram imprescindíveis, e o final chegou a ser chocante. Depois de todo esse tempo, eu achei que Emma estaria inclinada a acreditar, não é possível que depois de todos os acontecimentos que ela presenciou, ela continuasse completamente cética, mas é bem como o escritor disse: ela não quer acreditar. Talvez por essa pressão de ser responsável pelo futuro de todos, é um fardo pesado demais para ela. E ao final, como já mencionei, a surpresa. Em nenhum momento eu acreditei que ela fosse partir para o caminho mais fácil, fugir. Ainda mais levando Henry. Foi uma decisão inconsequente e, provavelmente, ela deverá se arrepender em breve. Ou Henry vai convencê-la de que não se pode deixar o seu destino de lado. Até porque não é tão simples escapar das garras da Regina.

Essa capacidade que os roteiristas têm de adaptar os clássicos contos infantis para enquadrá-los na realidade e os interligar é surpreendente. Pinóquio é universal, quem nunca ouviu a história do garotinho de madeira que, quando mentia, seu nariz crescia? Acrescentar o personagem como uma espécie de guardião d’A Esperança, colocando-o como ponto chave para o futuro da cidade, foi uma jogada de mestre. E o mais bacana foi o fato dele estar sendo punido por não ter cumprido o que prometeu à fada azul. Os efeitos do mundo mágico se aplicam sim, em Storybrooke. Mas fica uma dúvida: de fato ele está se tornando madeira e isso é, obviamente, fruto de magia. Mas porque apenas algumas magias funcionam aqui, como esta, e outras não, como o fato do Rumpelstiltskin não poder ser controlado pelo detentor da faca? Não que isso possa interferir na excelente qualidade do roteiro, mas é preciso tomar cuidado com esses deslizes.

Nem preciso dizer que não consigo dizer se a atitude do carpinteiro foi correta ou não. Levando-se em consideração que a maldição tiraria tudo o que ele ama e o garoto era seu único amor, acho que fica bastante compreensível ele ter tomado a atitude que tomou. Pode ter dificultado um pouco as coisas, mas não se pode julgar amor de pai. E o reencontro dos dois? Que bela cena!

Acho que aqui vale ressaltar o quanto as atuações foram excepcionais. Se desde o início Jennifer Morrison foi sufocada pelas brilhantes atuações de seus parceiros de cena, agora ela assumiu as rédeas e mostrou que ela também pode se destacar. Nunca senti a personagem tão firme, tão verdadeira. Eion Bailey mandou muito bem, também. E se sentíamos falta do Henry, que vinha apenas com pequenas participações, nossa saudade foi compensada, e Jared Gilmore nos lembrou porque o pequeno é uma das crianças mais simpáticas e unânime entre os fãs de séries.

Lana Parrilla é um capítulo a parte. Mais uma vez nos mostrou o quanto é versátil. Regina passa do drama, da dor, para a maldade, com tremenda naturalidade. Nas cenas em que Mary Margaret esfregou a verdade na cara da prefeita, o sofrimento, a forma com que isso a atingia, eram nítidos, soavam reais. E quem não sentiu uma pontinha de pena da malvadona mais amada da televisão?

Algo que ficou pairando no ar foi aquela investida em David. Claro que deve ser parte de suas artimanhas para mantê-lo afastado da Mary, mas no fundo, no fundo, acho que havia algum sentimento. Não amor, mas a vontade de abandonar a solidão que assola o coração de Regina. Sabe que eu até acho que os dois combinam? Se cuida, hein, Branca!

Outro ponto que vale ser mencionado são os efeitos especiais. Se Once Upon a Time já nos mostrou como NÃO se usar chroma-key, dessa vez foi completamente diferente. As cenas da tormenta no mar, o “teletransporte” das crianças ao nosso mundo, todas foram muito bem executadas. A equipe responsável está de parabéns.

A audiência da série voltou aos bons índices, 3.0 na demo 18-49 e mais de nove milhões de espectadores totais. Mandando beijos para a concorrência nas noites de domingo.

Na próxima semana teremos o penúltimo episódio da nossa tão amada série. E este, promete! Preparem os corações, pois fortes emoções nos esperam. E é claro que você vai aparecer por aqui, né?

1×21 – “An Apple Red as Blood”


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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