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Once Upon a Time – 2×06 Tallahassee

Por: em 8 de novembro de 2012

Once Upon a Time – 2×06 Tallahassee

Por: em

A mais nova adição ao universo de Once Upon a Time: Bonnie e Clyde.

Quem apostou suas fichas em Dr. Frankenstein como o alterego de Dr. Whale e na identidade do estranho do primeiro episódio como sendo o pai de Henry, parabéns. Aproveitem e joguem na loteria para aproveitar a maré de sorte. Agora que já fomos devidamente apresentados ao personagem de Michael Raymond James, não precisaremos mais nos referir a ele como “o estranho do primeiro episódio” ou “o Rene de True Blood“, e poderemos chamá-lo pelo nome: Neal Cassady (que foi dado em homenagem a pessoa real que inspirou o personagem Dean Moriarty de On The Road, o livro de Jack Kerouac).

Uma série boa é aquela que não tem medo de responder as questões levantadas em pouco tempo, já que tem outras tão interessantes esperando para subtituí-las. Assim, nós fãs ficamos satisfeitos com o ritmo apresentado e os episódios não tem aquele gostinho amargo de filler que todos nós já experimentamos.

E Tallahassee com certeza não poderia ser classificado como tal. Se ele deixou algum gosto, com certeza foi o de “quero mais”. Até este ponto, sabíamos muito pouco sobre Emma além do fato de ser a pessoa responsável por quebrar a maldição. E, agora que vi um pouco de sua história antes de sua ida para Storybrooke, fiquei curiosa para saber mais. Por exemplo, o nome do episódio é Tallahassee, mas não foi mostrado o tempo que Emma efetivamente passou lá. Vimos ela e Neal planejando a mudança mas, depois que tudo deu tão errado, não entendo porque Swan manteria o plano de morar lá depois de sair da prisão (o que sabemos que acontece porque Regina já havia comentado sobre o tempo que ela passou neste local). Será que ela esperava encontrar seu amor perdido para esclarecer algumas coisas? Espero que esse período de vida da filha de Branca de Neve e Príncipe Encantado seja mais explorado.

A xerife de Storybrooke nunca foi uma das minhas personagens favoritas de OUAT (ainda mais porque são tantos que fica difícil escolher). Assim, foi uma agradável surpresa vê-la como foco. A maioria dos personagens de conto de fadas já teve seu lugar ao sol, e o Reino Encantado já foi o palco de diversas tramas. O nosso mundo real, também conhecido como “o mundo sem mágica”, ficava sempre em segundo plano (ou terceiro, quarto, quinto…). Mas agora vimos como ele pode ser duro para órfãos e bandidos de pequena categoria. Sorte (ou azar) que Emma tinha um “anjo da guarda” disposto a ajudá-la a encontrar o seu caminho. Tudo bem que achei os métodos de August um pouco agressivos demais (por que não simplesmente convencer Neal a ajudá-lo de outras formas? a influência dele com Emma poderia ser útil), no entanto os fins justificam os meios, creio eu. Falando em mágica, o que será que August mostrou para Neal para convencê-lo a abandonar uma mulher apaixonada? Não consigo imaginar nada que possa ser tão enfático a ponto de fazer com que ele concordasse com o plano de Pinóquio imediatamente.

Jennifer Morrison nunca havia me impressionado com sua atuação na série, que sempre achei mediana. Por isso, tenho que reconhecer quando algum progresso é feito, e acho que ela mostrou muito bem a diferença na personalidade de Emma. A adolescente tinha uma leveza que nunca tínhamos testemunhado antes. Agora dá para entender melhor a amargura e desconfiança que a acometem na fase adulta depois de tantos abandonos.

Sorte que os roteiristas tem nos mantido satisfeitos, porque se dependêssemos do departamento de efeitos especiais, nosso apreço pela série não seria tão grande. Esse sexto episódio da segunda temporada mostrou uma ruindade de efeitos digna do piloto. E eu realmente achava que já estava acostumada com esse aspecto, mas tem vezes que não tem como não notar como são precários. Também achei a participação de Jorge Garcia (o Hurley de Lost) bem apagada. Ou o seguro desemprego dele já estava acabando, para que ele aceitasse fazer uma ponta dessas, ou esse gigante virará um dos muitos personagens recorrentes. Com toda esta questão de feijões mágicos serem capazes de abrir portais entre os mundos, acredito que essa segunda opção seja bem provável. Afinal, alguém acreditou que não existe mais nenhum feijão disponível? Duvido muito.

Sendo assim, a trama do Reino Encantado dessa semana só serviu basicamente para duas coisas: mostrar a química inegável entre Emma e Capitão Gancho (que já tinha torcida organizada para um possível romance antes mesmo desse episódio); e levantar a segunda  incógnita da noite (além do que tinha dentro do baú de August): qual o significado do sonho de Aurora? No final, vimos Henry tendo o mesmo pesadelo, com pequenas alterações (ele viu uma mulher e ela viu um menino). Será que é algo relacionado a algum mundo que ainda não vimos? Por que pessoas em mundos diferentes teriam o mesmo sonho? Seria essa uma forma de comunicação entre os dois? Tudo isso é, no mínimo, intrigante.

Com isso encerramos mais um passo da série ainda sem tropeços. O que estou gostando mais nesta segunda temporada é da imprevisibilidade dos episódios: nunca sabemos para onde a trama nos levará a seguir. Foi quebrado aquele molde da temporada de estreia, aumentando em muito as possibilidades que a história apresenta. E esse é um caminho que nem todas as séries tem a coragem de seguir. Assim, desejo sorte para que OUAT continue a sua jornada.

E vocês, o que acharam de Tallahassee? Gostaram do pai de Henry? O que gostariam mais de ver: Emma e Hook ou Emma reencontrando Neal? Deixem seus comentários!

Até a próxima!

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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