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Person of Interest – 2×04 Triggerman

Por: em 28 de outubro de 2012

Person of Interest – 2×04 Triggerman

Por: em

Os roteiristas de Person of Interest são bem atentos ao que o público gosta e não gosta na série. Ou em todas as séries procedurais (acho que eles leem os blogs que fazem review). O grande problema destas séries é quando perdemos o interesse porque fica sempre uma mesmice, roteiro é sempre igual, um novo número, John segue para descobrir porque estes números apareceram, pancadaria, Carter procura alguma coisa oficial, pancadaria, algumas fatalidades e no final alguém é preso pela Carter ou Fusco.

Mas Person of Interest soube como seguir esse padrão fixo de episódio sem nos fazer perder o interesse, mesmo em casos tão regulares como esse. Vamos ser sinceros, eles aprenderam a duras penas, o meio da temporada passada não foi tão bom, até que conseguiram amarrar tudo mais pro final. Eles cometem uns deslizes, claro, mas tem outras coisas boa que compensam.

Uma das coisas que me incomodam um pouco na série é quando o John segue alguém. Ele seguiu o Riley por um longo tempo, à pé, e ele não percebeu, demorou muito para desaparecer. Um cara que trabalha pra máfia deve estar cansado de fugir das pessoas, de esperar uma emboscada, e demora esse tanto para ver uma pessoa o seguindo.

O uso prolongado de máfia também me incomodou, parece ser uma saída muito fácil para tudo, para conectar todo mundo. Por outro lado se formos pensar direito tudo é uma máfia, todo o esquema de corrupção, as drogas, o sistema de “proteção”. Nada sai desse esquema de máfia.

Mas Person of Interest tem introduzido algumas coisas, na medida que o público e a emissora permitem, também tem voltado com algumas coisas do seu passado, o que acho excelente já que nunca deixam uma boa história pra trás. Mas vamos voltar nisso depois. Dessa vez colocaram uma história romântica, um criminoso arrependido, o amor pode mudar tudo, pode mudar uma pessoa, e eles se apegaram à isso. Acho que esse era o único motivo para terem seguido com a tarefa, para proteger a garota. A tarefa deles no geral tem alguns erros, mas tudo bem.

Quando vi o Fusco dentro do bar, do mesmo bar em que os mafiosos estavam, eu tive medo que tivessem voltado com essa história dele estar infiltrado no lado podre da policia, ou que tivessem inventado um novo problema pra ele, que agora tivesse problemas com bebidas ou com a máfia. Mas em dois segundo isso foi pelos ares, com uma troca de olhares entre ele e a Carter. Os dois estão ótimos trabalhando juntos agora. Ela é uma excelente detetive, tem culhões, e ele é meio exibido e atrapalhado. É engraçado os dois juntos.

Carter esteve correndo em toda New York procurando o suspeito do assassinado que ela investigava, e ele lá, sentado no bar vigiando um mafioso, com uma bebida na mão. Isso me trás a pergunta: Como deve funcionar o departamento deles hein? Quem designa as investigações, eles não tem relatórios a fazer sobre as tarefas do departamento? Não tem que mostrar algum progresso em investigações de tempos em tempos?

Quantas pessoas até hoje já perguntaram quem é John? Como ele aparece nos momentos complicados, porque ele o está protegendo? Acho isso estranho. Mas John soube como colocar o dedo lá dentro da ferida do Riley, e fazê-lo mudar de ideia e aceitar sua ajuda. Todos dois queriam a mesma coisa. Que a Annie ficasse bem.

Mas pra isso dessa vez Finch teve que apelar muito, estava além dos seus poderes entender e achar alguma coisa para  ir contra a máfia. E foi aqui que Person of Interest ganhou a estrelinha do episódio. Ele foi atrás de alguém que não era um mafioso tapado e violento, muito pelo contrário, muito esperto que se manteve sempre atrás das cortinas, como se diz. E assim nós tivemos a volta de Elias, que livrou a 1ª temporada de um destino trágico. Finch se muniu de coragem para sair de casa para verificar a Annie, e depois parece que foi fácil ir na prisão conversar com o Elias.

Quando o Elias soltou que era difícil achar um alguém a sua altura para jogar xadrez, quem não sabia que os dois iriam acabar jogando xadrez? Que esse seria o preço a pagar, ou pela informação, ou pela ajuda que o Elias pudesse dar?

No fim achei a solução deste caso satisfatória, mesmo com aquele tanto de morte, mesmo que fossem criminosos. Não gostei do John ter ido atrás do  caçador de recompensas, apesar de entender que isso faz parte da série, ele sempre quer consertar as coisas, mas ele costumava incriminar a pessoa para seu destino ser a prisão. Aquele tiro no final não foi legal, não parece com ele. Cadê uma pista pra Carter acha-lo como o cara que acertou o Riley no fim das contas? Uma morte não justifica outra nunca.

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Ps.: Sem momentos ‘eu ri’ dessa vez, mas tenho que comentar de duas menções à Root neste episódio. A primeira bem no início, sua foto apareceu no cantinho da tela do Finch, e mais pro final, quando Finch usa o termo cunhado por ela bad cod. Podemos começar uma sessão na review: Onde está a Root?


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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