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Person of Interest 3×09 – The Crossing

Por: em 22 de novembro de 2013

Person of Interest 3×09 – The Crossing

Por: em

The Crossing podia ser o o que a gente diz pros produtores de Person of Interest depois desse episódio: Vocês cruzaram o limite! Mas não dá pra dizer que vocês não tem culhões.

Sabia que o episódio não ia ser comum, não tinha como ser depois do episódio passado, e ele já começou frenético, sem dar chance pra gente pensar no que via. Por duas vezes assistindo este episódio eu tive que parar o player e voltar, tinha a sensação que estava perdendo informações no meio do caminho. Foi um episódio chocante que todo mundo precisa ver novamente com calma, depois de processar as informações que recebemos, depois do choque (tomara que ninguém fique traumatizado depois dos eventos).

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Eu fujo dos spoilers e dos promos para me deixar surpreender com a série, e isso teria acontecido se não tivesse lido um título de uma matéria em revista americana falando de uma entrevista com o produtor de Person of Interest depois da reviravolta na história. Então minha surpresa foi menor, porque já assisti o episódio com medo do que aconteceria, tive medo pela Root, pela Shaw (bom, nem tanto), Tive certeza que o Fusco não escaparia, mas não imaginava que a Carter pudesse sofrer as conseqüências da sua luta tão cedo.

O certo é que os escritores e roteiristas nos mostram este lado, numa guerra, numa luta todos os lados saem machucados, sofrem perdas e tem que arcar com as escolhas que fazem. Dificilmente numa guerra (mesmo que pequena, entre gangues de rua por exemplo) os seus idealizadores saem na rua para enfrentar seus oponentes. Mas a detetive Carter não tinha muita opção, não tinha o exército que seus inimigos tinha, tudo que ela poderia fazer era ir para rua ela mesma e contar com poucos amigos. Ela queria justiça e teria que fazer um grande esforço para conseguir. E fez.

Entendo a necessidade da série de mostrar o campo de batalha que virou New York, a necessidade de mostrar como a polícia está corrompida pela HR, nem dá pra saber até que ponto os policiais são da HR ou não, ninguém confia mais em ninguém. A série também preza pela ação, e levar o Quinn até a sede do FBI era uma jornada de lutas. Reese e Carter tinham um caminho de obstáculos para vencer, um caminho de transformações como sempre vemos em tragédias gregas, filmes de ação, séries, livros, quadrinhos. Mas eu gostaria que essa jornada não tivesse sido tão literal, que a dupla não tivesse que ir de A até B para mostrar essa jornada. Algumas vezes assistindo o episódio pela primeira vez me peguei perguntando, o FBI não tem telefone não?

Não teria sido mais fácil para Carter se antes de ir confrontar o juiz e conseguir uma gravação em que o Quinn se incriminasse a detetive tivesse ido ao FBI e conseguido o apoio que gostaria? Ela já tinha muitas provas que seriam suficientes para conseguir esse suporte. Não precisaria contar só com 4 amigos para enfrentar a HR, gangues e atravessar New York sitiada (desculpem, não resisti).

A luta da Carter e do Reese teve alguns lados bons para a história de Person of Interest. Os shippers de Reese e Carter devem ter ficado extasiados com a declaração do John pra ela dentro do necrotério. Um lugar bem estranho para isso acontecer, mas era necessário que antes do fim da luta os mocinhos tivessem uma evolução pessoal, uma revelação. O beijo foi importante para Reese, para Carter fazer o pedido que fez quando enfrentou seu final, e nós sabemos que isso trará conseqüências para o personagem.

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Reese perdeu mais uma pessoa na sua vida, mais uma pessoa que gostava muito, como isso vai afetá-lo? Quais serão seus atos a partir de agora? Imagino que vai querer se vingar do Simmons a qualquer preço, e pode até ter desavenças com o Finch por conta disso. E até que ponto a HR está realmente desmantelada? Vai sobrar alguma coisa para ele se vingar?

Enquanto isso tivemos duas coisas importantes, relacionadas ao episódio mas que se desenvolvem na história maior do episódio. Tivemos as importantes conversas entre Root e Finch, que age como se estivesse com ciúmes, mas acho que ainda é maior que isso, só que o personagem é tão reservado que não temos como imaginar o que ele pensa de verdade, o que está acontecendo. Mas a Root sabe muita coisa sobre o Finch, não é mesmo? Ela vai usar isso para escapar?

Tivemos também pela primeira vez nessa temporada Finch mencionando Elias. Todas as vezes que ele apareceu nesta 3ª temporada foram em contato com a Carter, agora sabemos que o Finch tem contato com ele. O que mais impedia Elias de agir abertamente era o pedido da Carter para ele permanecer escondido. E agora? Ele vai sair e agir mais efetivamente para reconquistar New York?

E o Fusco e a Shaw cada vez mais próximos. Ela pode até ser sociopata, mas sabe o que as outras pessoas sentem e querem. Claro que o Fusco ia preferir que a moça salvasse seu filho. Ele é grandinho o suficiente para aceitar isso e tentar se salvar, como realmente o fez. Mas eu me emocionei e senti triste quando ele falou ao telefone com o filho, achei que iam morrer.

Adeus Carter. Que sua morte sirva para deixar Person of Interest ainda melhor.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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