Season finales sempre mexem com a gente, não? Mesmo quando a gente não espera muito do episódio final, sempre fica aquela expectativa, aquela apreensão, esperando aquele momento que nos vai fazer gritar “Que setembro chegue logo!”. E o que dizer desse final de Private Practice? Depois do final genial da segunda temporada, eu esperava algo chocante no mesmo estilo.
Por isso, tentei fugir dos spoilers e sabia de apenas um deles (e falo dele mais tarde). O episódio não foi ruim, tirando o pedido de casamento inesperado vindo do Cooper, tudo correu extremamente bem. O único problema foram as cenas finais, típicas de novela da Globo. Nem o casamento (ou o pedido de) faltou!
Se eu não soubesse que Private Practice é uma das séries queridinhas do público, eu diria que ela foi cancelada, porque tudo acabou como um conto de fadas. A enrolação de todos os casais foi resolvida e, por toda confusão que foi os amantes ficarem separados, deu a entender que agora eles vão se estabilizar e serem felizes para sempre. Bom, menos o Sheldon (que ficou sem a garota) e a Amelia (que apesar de ser ótima, não disse para o que veio).
Mas vamos ao episódio: Maya e Dell sofreram o acidente de carro e quem sabia do grande spoiler que dizia que alguém importante (leia-se estava na série desde o início) morreria, ficou claro que o Dell iria para o saco. Eu não queria acreditar que a Shonda deixaria a Betsy órfã de pai e mãe, mas ela é má!
Achei o motivo da morte do Dell algo comum em séries. Alguém sofre um acidente e está bem, até que não está mais e morre. A morte dele não era algo que eu gostaria que acontecesse, mas foi bonita. A começar por ele querendo conversar com a Betsy mesmo sendo de madrugada. Ele sabia que ia morrer e precisava se despedir da filha.
Depois Addison e Amelia saindo de suas respectivas salas de cirurgia. Foi naquele momento que eu entendi a morte do Dell, porque segundos antes eu estava falando: “tentem ressuscitá-lo mais uma vez! É o amigo de vocês, tentem de novo!” E o que dizer do momento ternura entre a Addison e a Amelia, andando de mãos dadas pelo corredor do hospital, como duas crianças?
Outro momento lindo foi quando a Amelia “contou” para os amigos sobre o Dell. Qualquer diálogo, por mais bem escrito, teria estragado aquela cena. É nessas horas que a gente vê o quanto o silêncio fala mais do que uma festa barulhenta. Lindo, lindo!
A Naomi parece que finalmente está voltando a ser a Naomi que a gente gosta. Essa doida covarde que vimos nessa temporada ficou no passado e, além de ela estar voltando a si, vai ficar com o Fife. Talvez foi a emoção da season finale, mas achei tão honesto o que o William disse ao Fife sobre a Naomi que, por dois segundos, eu torci para ela ficar com o moribundo. E ela vai precisar de terapia forte. O namorado a deixou para morrer e todo o estresse com o acidente da filha é demais para uma pessoa só.
Quem também brilhou na finale foi a Charlotte, como sempre. Ela tomou todas as decisões corretas como chefe do Saint Ambrose, mesmo que tenha que mentir para salvar uma vida. A única coisa que não gostei foi ela aceitar o pedido do Cooper. Estava tudo indo tão bem com o Sheldon e ela larga tudo para ficar com o crianção do pediatra. Mas mesmo nessa bagunça toda, a Charlotte era a pessoa que mais tinha a cabeça e o coração no lugar certo. E a atuação da KaDee (junto com a Audra) foram as melhores do episódio. Tenho que dizer que até o Dink (Stephen Lunsford) atuou melhor do que o Pete, o que acontece com o Tim Daly? Ele não era tão canastra assim.
Eu tinha dito que o final me decepcionou, mas tinha esquecido de mais um detalhe: por que raios a Addison teve que tirar a camiseta para ficar com o Sam? Deve ser uma metáfora muito poética que eu não entendi, só achei apelativo (mesmo sem mostrar nada).
Vamos ver se na próxima temporada a Addison volta a ser a protagonista de Private. Até setembro!
