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Private Practice 4×18 – The Hardest Part

Por: em 6 de abril de 2011

Private Practice 4×18 – The Hardest Part

Por: em

Se você sentiu falta da Addison neste episódio, não precisa se alarmar. Na semana passada, aconteceu mais um crossover entre Private Practice e Grey’s Anatomy e a nossa (ainda) querida médica precisou ir até Seattle para salvar a Callie e seu bebê.

Enquanto isso, na Oceanside Wellness…

Sheldon precisando admitir para os colegas que está tendo um caso com a Marla, a psiquiatra que criticou a Violet, e esta precisando lidar com as consequências de ter escrito um best seller foram o centro do episódio. Achei divertido ver como a Violet lidaria com a superexposição e a rejeição por parte das meninas grávidas. Até fiquei curiosa para saber o conteúdo do livro – e eu não sou fã de biografias.

Concordo com o Sheldon quando ele diz que o livro é um problema e tira o foco dos pacientes, mas também entendo a vontade da Violet em botar para fora, escrever o livro e continuar sendo uma profissional competente. Penso que o livro também pode ajudar pacientes que passaram por problemas parecidos com o da psicóloga a procurá-la; afinal, nos sentimos mais à vontade com quem tem empatia com o que passamos/estamos contando.

Achei o caso dos psicólogos interessante, porque – infelizmente – não é um assunto tão incomum como parece. Vira e mexe temos em séries casos de meninas que engravidam pelos motivos mais fúteis e sem pensar no principal: a vida dela com o bebê. Sério mesmo que alguém tão jovem decide engravidar porque quer se sentir amada? Ou por status? Sem pensar na responsabilidade que é criar uma vida?

No geral, tenho a impressão de que as pessoas (adultos e adolescentes) pensam muito pouco antes de terem um filho e deveriam levar o assunto tão a sério quanto mudar de casa ou qual o melhor plano de saúde ou em quem votar nas próximas eleições.

Talvez eu estivesse num bom humor quando assisti ao episódio e simpatizei com o caso da Amelia e do Cooper também. Achei que foi só um filler para os personagens não ficarem perdidos no episódio (a Addison bem que podia ter levado a Amelia para passear em Seattle e rever o irmão), mas senti pela dedicação e amor do avô pelo neto prodígio.

Na primeira vez em que assisti ao episódio, percebi que ignorei completamente o drama do Pete com a mãe. Não porque acho que o personagem está um porre, mas porque era basicamente um repeteco da história da Addison com a Bizzy. Um personagem que não está em bons termos com os pais precisa voltar a falar com eles e eles morrem.

Claro que a minha falta de vontade de acompanhar a vida do Pete contou bastante para que eu não prestasse atenção no que ele estava fazendo. Mas, sendo justa, gostei da cena final dele com a Violet, com o Pete admitindo que sentiu a dor da morte da mãe. Toda aquela raiva era de alguém que se importava com o que estava acontecendo e precisava desabafar essa frustração.

Uma coisa que a Violet disse para o Pete vale para a Addison (e para a maioria de nós): a nossa família sabe nos irritar como ninguém e, quando isso acontece, voltamos a nos comportar como crianças de quatro anos. Poucas coisas são mais verdadeiras do que isso.

O tema de The Hardest Part foi o amor. O amor entre familiares para ser mais exata. E o quão difícil pode ser dizer um simples “eu te amo” para as pessoas mais próximas de nossas vidas. Por mais que hoje nós mal suportemos a presença delas e queremos sair de casa o mais rápido possível, essas pessoas sempre serão a nossa família. Talvez seja mais fácil a gente entender os sentimentos alheios quando crescemos e nos distanciamos um pouco do furacão.

A lição que tiramos deste episódio é: se você ama alguém, não deixe a dúvida tomar conta do outro. Diga quantas vezes for necessário, por mais brega que isso seja.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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