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Revenge – 2×14 Sacrifice

Por: em 19 de fevereiro de 2013

Revenge – 2×14 Sacrifice

Por: em

Como o Leandro adiantou no último review, ocorreu uma troca interna aqui no blog. Enquanto ele vai assumir os reviews de Arrow por completo, coube a mim comentar Revenge com vocês a partir de agora. E, assim como o Leandro e a maioria dos fãs, eu estava bastante decepcionado com os rumos que a história estava tomando.

A série parecia ter esquecido do ponto principal – a vingança de Emily – e só andava em círculos. Mas, já faz uns 3 episódios, venho sentindo uma melhora nos roteiros, no ritmo e depois da excelente hora que foi Sacrifice, estou disposto a dizer que, sim, Revenge está voltando aos eixos.

É claro que o começo da temporada não pode ser esquecido quando uma análise geral da mesma for feita, mas, por agora, parece que os roteiristas botaram ordem na casa e a história não vai mais parar. Sejamos gratos!

Emily VanCamp vem se firmando cada vez mais como uma das melhores atrizes de sua geração. É visível o quanto ela evoluiu desde a Amy de Everwood e a Rebecca de Brothers and Sisters, duas personagens que em nada lembram Emily Thorne e seu cego desejo de vingança. Tal sentimento entrou em detrimento na primeira metade da temporada por “n” motivos – o foco na Iniciativa, Aiden, aquele plot inútil da mãe – e eu acredito que tenha sido exatamente isso que fez com que a série perdesse parte do charme. Mas, agora, uma coisa é certa: A sede de Emily vai voltar maior do que nunca.

Muitos falaram da cena da despedida da Emily e do Aiden semana passada como Emmy Tape, mas pra mim o grande momento de Emily Vancamp na série até agora são os minutos finais desse episódio, quando vimos seu flashback com Amanda e ela, vulnerável como nunca antes, diz que ama a parceira e deixa seu corpo afundar. O olhar, as lágrimas, a linguagem corporal… Um presente de cena e que Emily aproveitou para mostrar o quão boa é como atriz.

Por mais que a morte da Amanda fosse óbvia desde os primeiros minutos, quando mostraram uma mão com aliança no fundo do mar, o episódio foi bem executado e funcionou porque conseguiu criar tensão, a despeito de qualquer obviedade no resultado. O tiro que o Jack levou até serviria para confundir, se eu não duvidasse da coragem da série em matar o personagem agora. É óbvio que ele não vai morrer, e seria até ruim, logo agora que pode ter uma história decente. Gosto do Jack de graça desde sempre, mas a trama do bar com o Nate era das coisas mais chatas que já vi em uma série de TV (E olha que eu assisto de tudo).

Gosto do Michael Trucco desde os tempos do Cooper de One Tree Hill e do Sam de Battlestar Galactica, então nunca consegui chegar a odiar o Nate, de fato. Odiava o roteiro patético da trama dele, mas não o personagem e talvez isso contribuiu para que eu comprasse o final do personagem. Claro que a parte técnica (como tudo em Revenge) foi extremamente mal feita (desde a direção das cenas até a explosão do barco), mas foi uma morte, digamos assim, digna, depois da trajetória do cara.

Claro que, nem de longe, tem o mesmo impacto da morte da Amanda. Isso foi o que Sacrifice trouxe de melhor, não apenas pelo fato da personagem ser chata, mas porque, no que diz respeito a história, isso pode dar uma boa guinada. Vai fazer com que Emily retorne a sua vingança e despertar em Jack um possível ódio contra os Grayson.

Quanto a estes, a coisa é ainda mais interessante.

É irônico que no momento em que eles finalmente perceberam que a filha de David estava por trás de tudo que vem acontecendo durante o último ano, a Amanda morra para deixá-los calmos novamente, enquanto a Emily continue a agir na surdina. Ficou clara  que a intenção dos roteiristas era exatamente essa, já que, a todo momento nesse episódio, Conrad e Victoria falavam sobre Amanda e como ela estava destruindo suas vidas. Quando a identidade de Emily vier a tona, os Hamptons vão vir abaixo.

A prova de que a série está se reencontrando é que até os Grayson voltaram ao jogo. Sabia que a morte da Helen semana passada iria mexer com a família. E já estava sentindo saudade dessa Victoria fria, calculista, quase pérfida. É incrível como ela consegue manter o sangue frio mesmo depois de cometer um assassinato (ou dois? Fiquei achando que o pobre do motorista também rodou depois). Aquele sorrisinho que ela deu pro Daniel depois do teatro na sala dele foi uma jogada de mestre da Madeleine Stowe. Nas mãos de outra atriz, não sei se Victoria seria uma personagem tão boa, porque a construção quase mexicanizada que Stowe escolheu é o que a fez o que é hoje.

Não faço a menor ideia de onde essa candidatura do Conrad vai dar, mas certamente a Emily vai interferir nisso. Como eu disse acima, os Grayson agora acham que estão livres do fantasma da Amanda e arrisco que vai ser exatamente essa a a ruína deles.

O que eles estão esquecendo é que a Iniciativa não vai cair muito bem nessa história de que a Amanda foi quem deu fim na Helen, pelo menos assim eu espero. O novo “chefe” parece ser bem mais casca grossa e isso vai dificultar as coisas não só pra Victoria, mas também pra Aiden e Padma; e, pra constar, eu ainda não consiga confiar nessa menina. A impressão que eu tenho é que a qualquer hora ela vai trair Nolan, Aiden e Emily de novo.

Revenge entrou em pausa novamente e volta no dia 10/03. Dedos cruzados para que a temporada não esfrie mais!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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