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Ringer – 1×05 A Whole New Kind of Bitch

Por: em 13 de outubro de 2011

Ringer – 1×05 A Whole New Kind of Bitch

Por: em

Como que pra comemorar o aumento (ainda que pouco, mas ainda assim aumento!) da audiência e o bom nível do episódio da semana, começo anunciando a boa nova do dia: Ringer ganhou temporada completa! A CW pediu mais 9 episódios, que somados aos 13 anteriormente encomendados, totalizam 22 episódios nessa 1ª temporada. Pessoalmente, aposto que os números têm tudo pra subir mais e garantir logo uma 2ª temporada. Pelo menos assim espero.

Agora, passemos a A Whole New Kind of Bitch, que deu muito que comentar. Durante praticamente toda a manhã, surgiram diversos comentários na minha timeline do twitter a respeito do episódio. Até mesmo os perfis de sites americanos, inclusive da própria CW, estavam falando sobre o twist que o episódio havia trazido e, por isso mesmo, eu comecei a tentar controlar minhas expectativas, com medo de me decepcionar com o que iria ver ao assistir o capítulo, que, no fim das contas, eu acabei achando o melhor de todos até aqui. Sei que eu digo isso toda semana, mas é a verdade: Ringer semana após semanas corrige seus erros e nos apresenta uma trama sólida, que, verdade, pode não agradar a muitos, mas que tem seu charme e sabe ser atrativa.

O que eu vejo bem claro é que os produtores devem ter percebido que o melhor que eles poderiam fazer era abraçar o estilo soap opera/novelão e não perderam tempo. O ritmo da série aumenta a cada semana, junto com os novos fatos que descobrimos sobre os personagens e o desenvolvimento dos mistérios. A parte técnica – que eu mesmo critiquei tanto no piloto – já melhorou bastante; os cortes esquizofrênicos deram lugar aos compassados, de modo que o roteiro vem conseguindo com sucesso construir suas tramas. Pra quem viu só o piloto, pode parecer exagero, mas a verdade é que depois de 5 episódios já dá pra se fazer um balanço melhor e o meu é esse: O potencial de Ringer existe e está sendo utilizado.

Me surpreendi com a Gemma adotando a linha bitch. Como a maioria, eu podia jurar que ela se tornaria uma aliada da Bridget, agora que sabe que ela assumiu o lugar da irmã “morta”. Contudo, gostei muito mais da série ter optado seguir a linha que seguiu. Soou muito mais verossimilhante ela ver que não tinha obrigação nenhuma com a Bridget e chantageá-la. Agora, vamos combinar, é um tanto quanto mórbido você armar pra pegar seu marido no flagra e tirar dele o dinheiro e os filhos, por mais canalha que ele tenha sido, te traindo com sua melhor amiga.

Eu acreditei que a Bridget cairia na chantagem. Não sei dizer o porquê, mas eu tinha certeza que ela acabaria cedendo. E o fato dela não fazer isso comprova o que ela disse, sobre não estar ali apenas para fugir de seus perseguidores. No começo, o objetivo era esse, mas agora fica mais claro o quão envolvida ela acabou ficando com a vida da Siobhan. Seja pelo Andrew, pela Juliet ou por um simples complexo de consertar os erros que sua irmã cometeu. E que não foram poucos, né?

Dormir com o Andrew enquanto ele ainda era casado com a mãe da Juliet era algo pelo qual eu não estava esperando. Com a revelação desse novo fato, eu vejo duas ramificações. Primeiro, aquela coisa que eu já falei da dubiedade. O Andrew não é tão santo quanto parece, também comete seus deslizes. Assim como a Bridget, Gemma… Isso é uma coisa que eu venho gostando muito na série: A falta de um maniqueísmo dominante. Ninguém é só bom ou mau o tempo todo. Todos têm seus podres, seus segredos, uma face oculta e suja. Em termos de trama e roteiro, isso é absurdamente interessante.

A outra coisa é que isso faz com que a gente enxergue com outros olhos a birra da Juliet. Ela não odeia a madrasta simplesmente por odiar como os episódios anteriores tinham aparentado. Ela culpa a Siobhan pela dissolução da sua família, por ter roubado seu pai da sua mãe. Somados com o gênio difícil que ela deve ter encontrado assim que o pai se casou de novo, dá até pra compreender porque ela é do jeito que é. No fundo, o que ela sente é falta de carinho, de amor, de atenção. Como não consegue isso do jeito simples, acaba forçando a barra.

E, por isso, pra mim, aquela sequência da boate perto do fim funcionou. A Bridget a desarmou com aquele pedido de desculpas. Não é como se ela estivesse esperando. Depois de ter achado que ela queria mandá-la pra um centro de reabilitação, ouvir tudo aquilo deve ter sido um choque. A relação das duas tende a mudar agora e isso também vai ser interessante. E falando na rehab, mais alguém ficou com a impressão de que aquele “novo amigo” da Bridget ainda vai dar as caras?!

O maior erro da Bridget – e que resultou naquele final tenso – foi não ter contado pra Gemma o que tinha conversado com o Henry, anulando, assim, a conversa que teve com ela no apartamento, quando ela estava decidida a contar a verdade pro Andrew. Quando a Gemma ligou pra ele do táxi, chorando, eu comecei a imaginar mil e um cenários possíveis na minha mente, mas nenhum que chegasse perto daquilo da sequência final.

São várias as interpretações que a gente pode tirar dela. Henry já demonstrou que é loucamente apaixonado pela Siobhan e dizem que o amor cega as pessoas, não é? E, venhamos e convenhamos, aquele “Você tem que dar um jeito de silenciar a Gemma” abre margem pra diversas interpretações a depender de como o cérebro de cada um funciona. Mas antes de falar sobre elas, eu queria deixar meus parabéns pra direção da cena, que conseguiu criar todo o clima tenso que o momento pedia. Os objetos destruídos, o sangue pelos cantos da casa, o clima escuro, a ótima trilha sonora… E o Kristoffer Polaha também mandou bem na atuação. O olhar do Henry ali passava que algo tinha acontecido, algo estava fora do lugar.

Particularmente, eu não acredito que a Gemma esteja morta. Meu palpite é que o Henry tentou matá-la, mas de alguma forma, ela conseguiu escapar. Mesmo assim, só a simples tentativa já é chocante. Se o Henry é capaz de assassinar a esposa por amor à amante, então eu nem quero pensar em que outro tipo de coisa ele pode fazer.

E vocês, o que acham de toda a situação? A promo do 1×06 é focada no assunto e segue abaixo:

 

PS. E era mesmo heroína que injetavam no Malcolm. Quero ver quando alguém vai notar que ele desapareceu.

PS². Ótimas as cenas que envolveram o nome Whore pichado na parede.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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