Sempre me pergunto até que ponto faz bem assistir todo o material promocional divulgado antes da estréia de uma nova temporada de qualquer série. Promos, fotos e entrevistas aliviam toda a tensão e ansiedade criadas pelo hiatus. Lado outro, podem criar uma expectativa que muitas vezes não é correspondida. Começarei pelo que mais gostei.
ABC sempre capricha na trilha sonora de suas produções e no primeiro episódio da segunda temporada de Rookie Blue, a melhor estréia da emissora no ano passado, não foi diferente. A alegria de McNally foi contagiante, ao som de You Make My Dreams, consolidando o clima de romance anunciado pela produção. Chris faz muito bem a Gail, eu não gostava da personagem antes deles formarem um casal, agora a vejo menos antipática e mais humana.
A reação do Epstein não deixa de ser um misto de ciúme e inveja, mas concordo que a presença da namorada do amigo tira sua privacidade. Ainda não vislumbrei a intenção dos roteiristas com a história do irmão suicida, além de fazer com que Gail simpatizasse com ele. Talvez quando revelarem o que o motivou a tirar a própria vida, se é que isso vai acontecer, o plot tenha mais sentido.
Dov tinha uma auto-estima muito baixa e estava sempre tentando provar aos outros que era capaz de mais do que eles imaginavam, o que me irritava. Todavia, nesse episódio conseguiram um bom desenvolvimento para o personagem, histórias de transplantes sempre me emocionam, ainda mais com o desfecho da história ao som de Sick of Dreaming. Destaco ainda a conversa dele com Andy, não foi bem o que ela queria ouvir, mas o que talvez precisasse ouvir. Agrada-me a idéia de uma amizade mais forte entre ela e um personagem masculino diferente dos possíveis affairs.
Adorei quando McNally foi designada para comandar a operação na entrada do show, a personagem cresce muito a cada missão, fica mais forte e confiante. Irrita-me profundamente ver tanto Luke quanto Sam tratando-a como uma bonequinha de porcelana. Ela é uma policial, não uma professora de jardim de infância, ou seja, escolheu uma profissão cercada de perigos, acostumem-se com isso e parem de tentar colocá-la numa redoma de vidro.
O que não gostei foi do desfecho do caso da semana, apesar da solução ter vindo da Andy, essa foi minha segunda frustração. Apesar da integração dos rookies e da perspicácia de Dov, motivado pela possibilidade da doação de órgãos, esperava outro tipo de assassino e motivo do crime.
Minha primeira frustração veio da mais nova personagem do elenco da série, Jo Rosati, interpretada por Camille Sullivan. Não que a atriz ou a personagem sejam ruins, acho que apenas construí uma imagem na minha cabeça que foi diferente do que ela se apresentou, pelo menos por enquanto. Eu imaginei que ela chegaria: linda, loira, uma profissional perfeita e que bateria de frente com McNally, desafiando a personagem na solução do episódio. Jo confirmou-se: linda, loira, excelente profissional, só não é inimiga declarada da atual namorada de seu ex, muito pelo contrário, foi extremamente solidária com minha rookie preferida.
Ok, temos que considerar que a simpatia foi antes de saber do envolvimento dos dois, além do fato de que Rosati não esqueceu completamente o Luke, fato que não passou despercebido por Andy – sempre digo que mulher tem faro para perceber quando tem mulher de olho no seu homem. Dessa forma, a permanência da detetive na divisão deve trazer algumas reviravoltas na vida amorosa da equipe. Tenho dois palpites: ou ela luta para reconquistar Luke ou investe num romance novo, possivelmente com Sam, em suma, deve trazer problemas para McNally. Resta saber se ela continuará jogando limpo.
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PS.: Matheus, obrigada pela ajuda com as fotos! =)
