E se, durante os três primeiros episódios de Smash, Ivy se mostrou batalhadora e merecedora do papel principal em Marilyn, the Musical, em The Cost of Art ela se mostrou alguém extremamente desequilibrada. Já vi muitas vezes acontecer de quem ganha o papel principal ou o solo naquela peça deixar esse “poder” subir à cabeça e se tornar meio, digamos, bitch, mas sinceramente não achei que isso fosse acontecer tão fortemente com Ivy. Ao menos não tão cedo.
Claro que tudo isso pode ter sido bastante incentivado pelo sua insegurança com relação a realmente merecer o papel. Lá no fundo ela continua pensando que talvez só tenha conseguido o papel da protagonista por causa de seu relacionamento com Derek, e a presença de Karen no coro não ajudou em nada pra sua sanidade mental. Assim, a diva loira que surgiu apenas para esmagar a novata e tentar fazê-la ser demitida me incomodou demais. Tom e Derek dando aquela ajudadinha e pedindo pra Karen ficar de fora dos números também não me agradaram nada e, mesmo sabendo que no mundo artístico esse tipo de atitude é bastante normal, tive vontade de ir lá dar um tapa em cada um deles.
Adorei a volta por cima que Karen deu simplesmente sendo sincera com Jessica (Savannah Wise), a amiga de Ivy. Foi ótimo ela ter deixado claro que Derek também fez suas tentativas pra cima dela, que ela podia ter dormido com ele e ter conseguido o papel principal, mas que ela não quis assim. E isso não faz com que ela seja, de maneira nenhuma, idiota ou caipira, mas sim ética. Assim ela ganhou a amizade dos três maiores apoiadores de Ivy, e isso não quer dizer que eles se voltaram contra ela, apenas que perceberam que estavam sendo injustos com Karen. Achei bastante verossímil, gostei da reação deles.
Achei superdivertida a sequência do trio ensinando a novata a se vestir, a como agir, a como dar uma controlada em tudo o que ela pode fazer dançando e cantando quando está no coro. Porque isso é, sim, uma das maiores dificuldades de pessoas que costumam cantar ou dançar solo: conseguir “economizar” suas aptidões para se tornar homogêneo a um grupo maior. E parece que funcionou, na apresentação de Rumour Has It (Adele) ela se mostrou bem menos expansiva que nos ensaios de History is Made at Night, por exemplo. Nos resta saber se isso vai funcionar contra o preconceito de Ivy e Tom. Pelo que podemos ver na promo do próximo episódio (confira ao fim deste post), parece que sim.
Eillen, por outro lado, continua preocupada com o problema financeiro que seu divórcio está lhe trazendo, e cheguei a pensar que ela ia se dar por vencida e falar com Jerry. Ainda bem que eu estava enganada. A festa para Lyle West (Nick Jonas) veio na hora certa, e parece que o novo milionário vai resolver os problemas dos seus velhos amigos e olheiros. Gostaria de deixar claro que mesmo sabendo quem é Nick Jonas por todas as capas de revistas adolescentes que se encontram por aí, nunca ouvi uma música sequer do grupo Jonas Brother. Então não sabia o que esperar quando o menino começou a interpretar Haven’t Met You Yet (Michael Bublé), e confesso que me surpreendi bastante com a maturidade da voz de Nick.
Preciso ainda comentar sobre o trio Julia-Tom-Ellis e suas histórias paralelas. Julia e seu ex-caso com Michael receberam um pouco menos de foco neste episódio, e acho que ficou um pouco mais claro que quem realmente abriria mão do seu casamento por esse affair seria o ator, e não a produtora. Ellis foi convidado por quem pra ir à festa? O surgimento dele na casa de Derek só aumentou minha ojeriza pelo personagem. A única boa participação do assistente no seriado todo, até agora, foi como coro improvisado em I Never Met a Wolf Who Didn’t Love to Howl (preciso dizer que foi a melhor performance do episódio?). E a mãe de Tom parece que é o melhor cupido de todos, hein? Amei o encontro que ela arrumou pra ele.
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1×05 – Let’s Be Bad:
