Primeiramente eu gostaria de me desculpar com os leitores pela review dupla esta semana. Nossa amanda série não merece isso, com certeza. Bom, indo ao que interessa, depois de dois episódios ótimos, Smash nos mostra uma nova produção musical criando forma, sem nada do que esperávamos quando a série começou. Marilyn, the Musical ganhou seu nome oficial e uma nova protagonista que, ao que tudo indica, permanecerá interpretando a loira por um bom tempo.
Hell on Earth conseguiu quebrar com todas as coisas que pareciam seguras e estáveis na trama. A começar pela família de Julia e o amor que Frank sentia por ela. O plot da família Houston desmoronando foi, pra mim, a melhor parte dos dois episódios. Já disse aqui e continuo achando que o que Julia fez não é correto. Se ela ama Michael de verdade, devia ter esclarecido as coisas com seu marido antes de tudo, e não esperar que, se ele descobrisse, continuasse numa boa com ela. Doeu vê-lo ao piano tocando Arthur Miller Melody e entendendo tudo o que havia se passado. Foi a primeira vez que me senti realmente mal por Leo, foi emocionante vê-lo pedindo ao pai para ficar. Mas, sinceramente, não entendi porque ele continua tratando Julia como se ela não tivesse feito nada de errado, como pudemos ver em Understudy.
Eileen começou a reagir ao seu momento depressivo e dar a volta por cima na sua vida. Amo quando ela usa o poder que tem e coloca as pessoas nos seus devidos lugares. Ela precisava que Derek caísse na real e simplesmente o manipulou pelas notícias dos jornais. Ellis começou a botar as asinhas de fora com aquela chantagenzinha barata para conseguir coproduzir o musical e ela simplesmente abriu os olhos dele pra que ele percebesse o quão insignificante é nesse meio. Os investidores de Jerry continuavam tratando-a como se estivessem fazendo um favor pra ela e ela simplesmente arrumou outro investidor, mostrando que não precisava deles (ponto pro Nick!).
Aliás, falando em Ellis eu sempre acabo me repetindo, né? Quem ainda acha que ele serve pra alguma coisa nessa série? Agora ele acha que pode resolver tudo o que quiser dando o corpo em troca? O que foi aquilo, aliás? E o que ele acabou descobrindo sobre Nick? Novamente Eileen o colocou no seu lugar quando ele veio com essa de investigar o barman, mas porque ela simplesmente não demite o menino e acaba com essa bobagem? Enfim, pra mim era um personagem que podia simplesmente explodir e eu ia fazer festa.
Musicalmente falando, Hell on Earth foi bastante morno, sendo salvo por Norbert Leo Butz, sua excelente interpretação de The Higher You Get, the Farther the Fall e a crise de Ivy no meio do musical. Karen e Ivy cantando Cheers (Drink to That) (Rihanna) no meio da Times Square foi um pouquinho demais pra mim. A música foi ótima, mas continuo insistindo que quando as pessoas resolvem cantar do nada no meio dum musical isso precisa ser muito bem trabalhado pra dar certo. Não acho que não deva acontecer, todo musical tem disso, mas precisa de uma boa razão movendo tudo isso. O que não foi o caso momento fofo de amizade entre Karen e Ivy vestida de anjinha. Mas eu já chego nesse assunto.
Em Understudy, por exemplo, Ivy cantando Breakaway (Kelly Clarkson) caiu como uma luva. Aqui havia uma razão pra música existir e não acabou sendo um momento vergonha alheia. Pelo contário, achei ótima a interpretação da loira. Karen cantando Never Give All the Heart logo antes de Rebecca Duvall (Uma Thurman) entrar em cena também se encaixou perfeitamente. E finalmente pudemos ver algo que eu ansiava: Tom interpretando uma de suas canções! Com o elenco masculino do recém-intitulado Bombshell, Don’t Say Yes Until I Finish Talking foi a melhor canção desses dois episódios.
Karen continua sempre dando uma de ingênua e boazinha e agora acha que pode ser amiga e salvar a vida de Ivy. Não consigo entender como ela consegue confiar tanto nisso. Ao menos ela não deixou barato as bobagens que a loira lhe falou no meio da rua e deixou claro que Derek deu em cima dela primeiro. Quem sabe ela não teria sido a escolhida pro papel principal por conta disso? Enquanto isso, Ivy continua decaindo cada vez mais, se tornando uma bela e amarga cópia de Marilyn. Eu gosto desse paralelo que foi traçado entre as duas loiras: uma mãe que não apoia a filha, o desespero pela fama, o vício nos remédios… Espero que isso não fique batido.
Understudy continuou destruindo alguns casais e pudemos ver o fim de Dev – já não era sem tempo – e todo seu plot secundário e bobo. Foi um belo tiro no pé que ele deu ao pedir que Karen largue tudo o que ela mais sonha pra ir embora de Nova Iorque com ele. Também parece que acabamos dando adeus ao lindo advogado de Tom, que ao que tudo indica vai engatar um belo romance com Sam (Leslie Odom Jr.). Eu gostava de John, mas não adianta ser ótimo se ele não combina com o compositor.
Bombshell agora tem tudo pra sair do chão, com o financiamento resolvido e a nova estrela contratada. Será que tudo vai dar certo agora? Ao assistir a promo do próximo episódio, não é essa a impressão que fica.
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1×11 The Movie Star:
