Mais alguém sentiu um clima de old times quando assistiu esse episódio? Não sei, posso estar enganado, mas acredito que os bons deuses dos seriados estão satisfeitos com as oferendas que a produção de Supernatural tem feito esse ano. Até agora, não tenho nenhuma grande crítica à essa temporada – ano passado, no 4º episódio, a 6ª temporada já tinha causado em mim grandes ondas de ódio. A trama central foi deixada um pouco de lado e ganhamos nosso primeiro episódio totalmente filler. Cedo ou tarde, a série retomaria esse caminho. Foi até mais tarde do que eu imaginava, confesso.
Ok, se for feita uma análise a fundo, não dá pra dizer que Defending Your Life foi 100% filler, já que o entendimento de alguns fatos decorre do que aconteceu em seu antecessor, The Girl Next Door. E quando o previously nos deu uma recaptulada sobre o caso em questão, eu já comecei a me perguntar de que forma ele se encaixaria na trama que seria mostrada nos próximos minutos de tela. Pessoalmente, não gosto muito do modo como Supernatural trata seus previously; tira um pouco do fator surpresa.
Eu consegui ver, nesse episódio, vários elementos que me remeteram à 1ª temporada: Um caso aparentemente simples , pesquisa, Dean e Sam on the road, sal sendo usado como arma… Não sei se o intuito era produzir uma nostalgia, mas se for, conseguiram. Isso sem contar os flashbacks – bem colocados, vale ressaltar! – que reuníram momentos bem interessantes dos anos anteriores.
Desde que anunciaram o retorno da Jo, eu fiquei imaginando como isso se daria. Tenho medo quando Supernatural decide mexer com quem já está morto, pois o resultado pode ser incoerente ou coisa do tipo, mas a saída que usaram para trazer a loira de volta, como testemunha no julgamento, funcionou bem. Souberam tratar os momentos dela com o Dean com a emoção correta, sem soar piegas, forçado ou coisa do tipo. Queria ter visto a Ellen também.
Aliás, toda a história do Osíris foi bem interessante. Gosto quando o seriado mexe com mitologias históricas, como a grega e a egípcia. A presença do Osíris aqui contribuiu pra dar ao episódio um tom um tanto quanto jurídico – talvez uma tentativa de Sera Gamble de atrair fãs de The Good Wife e Ally McBeal, ambas devidamente referendadas na boca de Dean e Sam. Os diálogos entre Osíris e os irmãos estavam no tom, sem soarem exagerados ou nada do tipo e ainda fizeram algumas referências a temporadas passadas.
O Dean é praticamente um mártirio ambulante, então eu fiquei pensando o que iria acontecer pra livrá-lo de toda a situação – porque com toda a culpa que ele carrega dentro de si, não seria nenhum pouco lógico se o Osíris simplesmente o declarasse inocente. Iria de encontro a 6 temporadas do show e eu ficaria com bastante raiva. No fim das contas, a saída acabou vindo do Bobby – mais uma referência a casos antigos, onde quase sempre era ele que, do seu jeito, acabava salvando Dean e Sam.
O Sam se posicionando como advogado do irmão foi bacana. Mas eu me pergunto como ele teria reagido se o Osíris tivesse chamado a Amy pra depor. Eu achei que o caso seria simplesmente ignorado pelos produtores, mas pelo que parece, essa história ainda vai atormentar o Dean por mais algum tempo. No final, eu achei que ele acabaria contando pro Sam e até preferia, já pouparia a gente de um drama desnecessário no futuro.
Um episódio bom, com boas doses de nostalgia e sem qualquer menção à trama dos Leviatãs. Foi isso que Defending Your Life foi e, honestamente, eu acho que, as vezes, é isso que Supernatural precisa ser: Simples, descompromissada e nostálgica.
