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Switched at Birth – 1×02 American Gothic

Por: em 18 de junho de 2011

Switched at Birth – 1×02 American Gothic

Por: em

E o segundo episódio da série conseguiu manter um bom nível, a história começou a ser desenvolvida. Mas até que ponto Switched at Birth continuará sendo atrativa e cativante? O leque de situações será suficiente para que a trama tenha uma temporada consistente? Bom, encontrar respostas para esses questionamentos é algo complicado.

A relação entre a família Kennish e os novos moradores de sua casa de hospedes esta bastante conturbada. Regina e Kathryn discordam de tudo, e a convivência entre ambas beira o colapso. Concordo que Regina tenha sido abusada ao sair mudando a decoração da casa, mas afinal, foram os Kennishes que disseram para ela se sentir a vontade, não foi? Regina, aliás, tem sido, ao lado de Daphne, o grande destaque da produção. Constance Marie molda perfeitamente a personagem, fazendo da latina de personalidade forte, cativante e amável.

Muito bacana a relação de Regina e Bay estar amadurecendo, afinal, quem não se surpreendeu ao ouvi-la dizer que se fosse com ela, o castigo da jovem seria de um mês, e não uma semana. Mas Vanessa Marano continua decepcionando, com uma atuação rasa e descaracterizada. Olhar para Bay Kennish é como observar uma sombra, sem face moldada, sem características marcantes. Nada. Apenas a superficialidade e a inexpressão da atriz. Daphne, ao contrário, segue me conquistando cada vez mais, tanto pelo esforço em se relacionar com sua família quanto pela brilhante atuação de Katie Leclerc, que é tudo o que Vanessa Marano não consegue ser.

Discutir questões como religião e alcoolismo acabam aproximando a obra da realidade. Assim como vimos Regina dar uma lição de moral a Bay (e a todos nós, porque apesar de clichê foi extremamente realista). E a questão religiosa é mais um divisor de águas entre as famílias. Esta difícil encontrar um ponto em comum entre todos, não é? Kathryn estava fazendo uma tempestade num copo d’água ao falar que Daphne não deveria andar em uma moto com um surdo, mas eis que esse momento faz com que a série chegue a um ponto bastante interessante: o preconceito começa a surgir dentro de casa. É mais fácil lidar com ele perante a sociedade ou tentar mudar o pensamento de pessoas próximas. Muito bem bolado, agora nos resta aguardar para vermos como isso irá andar.

Algo que me incomoda bastante são as relações amorosas. Tanto Daphne e Liam quanto Bay e Ty não possuem química, as sequências apresentadas são totalmente desinteressantes. Tratar dos dramas familiares parece ser o ponto forte de Switched at Birth, mas a série peca nas abordagens da vida dos adolescentes em convivência com a sociedade.

Respondendo a pergunta da introdução, é difícil termos uma opinião formada sobre a série. É leve, um bom entretenimento, mas precisamos nos perguntar ate que ponto isso nos será interessante, inédito. Por enquanto, continuamos curtindo essa grata surpresa da summer season.

 


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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