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The Good Wife – 3×12 Alienation Of Affection

Por: em 11 de janeiro de 2012

The Good Wife – 3×12 Alienation Of Affection

Por: em

Alienation of Affection é um recurso interposto por um cônjuge abandonado contra um terceiro acusado de ser responsável pelo fracasso de seu casamento. O cônjuge precisa comprovar a intenção do acusado de destruir o seu relacionamento conjugal. David Lee foi advogado numa ação de separação cujo cônjuge varão, após se reconciliar com a esposa, o processa por interferir no término do relacionamento deles, e se comprovado, Lockhart and Gardner perderia muito dinheiro. E lógico, isso mexeu com a dinâmica da firma de advocacia. Um erro do David e todos os outros advogados teriam que pagar – e pagar caro.

Na verdade nem sei dizer se foi um erro do David, afinal, ele contratou a stripper, mas quem dormiu com ela não foi ele e sim o marido, e isso por si só justifica o divórcio. Além disso, ninguém obrigou a esposa a se separar. Eu sempre gostei muito do David, ele é descaradamente sem escrúpulos, alguém que faz o que tem de fazer pra atingir seu objetivo. Em outras palavras, David Lee é prático. A mulher o procurou querendo se separar, ele conseguiu e fim da história. Mas dessa vez ele mexeu no bolso de outras pessoas, inclusive de Eli Gold. A medida que os roteiristas vão aproximando Eli do restante dos personagens, nós, telespectadores, só temos a ganhar. Ver Diane, como uma mãe, mediando uma briga de irmãos teria sido cômico, se as ameaças dos dois não fossem tão sérias. Acho difícil uma convivência pacífica entre eles, afinal, frequentaram a mesma escola da cara de pau. Mas nem é isso que a gente quer, desde que ninguém vá embora, eu to mais é gostando de vê-los se estranhando.

Mais uma vez, o roteiro apresenta uma trama atraente e eficaz, entrelaçando os personagens e amarrando um ao outro, sempre inovando nas abordagens dos casos jurídicos. De certa forma, foi uma critícia à incoerência e o despropósito de uma ação como esssa e, fazer isto, mexendo com o escritório num todo e aproximando dois personagens de uma maneira sutil e inteligente, só comprova que esta série está um nível acima de todas as outras. Não consigo citar nenhum outro show que apresente personagens tão únicos e tridimensionais: David, Eli, Diane, Will, Alicia, Caitlin (que anda sumida), Cary (que me deixou com lágrimas nos olhos), só pra citar alguns. E vez ou outra aparece alguém para uma participação, que também não fica para trás.

Desta vez, por exemplo, tivemos o retorno de Carrie Preston como Elsbeth Tascioni. Ahh Carrie, como você estava disperdiçada em True Blood, hein? Não obstante o personagem ser muito bem escrito, a atriz dá um  show em cada participação, tanto que eu acho que devíamos fazer uma campanha pra virar personagem fixo, dou muita risada das suas caras, especialmente do seu tato único em atender os clientes, e ao mesmo tempo tenho vontade de bater nela. Já pensou como seria trabalhar com alguém assim? É de tirar a paciência! Porém, como estudante de Direito, quero ser como ela, I mean, é o tipo de pessoa que se envolve, mas mantém uma certa distância emocional; sim, porque o fato dela dissimular a raiva, a ânsia pra entrar numa briga ou até mesmo sua capacidade de evitar conflitos diretos é uma forma de manter certa distância.

Quem melhor do que ela pra enfrentar Wendy Scott-Car, a rainha da dissimulação? Não tem. Will não podia estar em melhores mãos, e eu quero assistir de camarote a isso – só por ela ter tirado aquele sorriso falso da cara da Wendy já ganhou o meu respeito. Quero muito ver o que vai dar essa “caça às bruxas”.

Este episódio de retorno também foi ótimo porque Diane teve mais espaço. É em situações como esta, de uma mulher em um museu que esbarra em um homem interessante casualmente, e também uma advogada firme e inteligente que num momento de crise sabe manter os ânimos calmos e encontrar um saída, que a gente percebe o quanto Diane é um personagem rico e como ela acrescenta quando tem oportunidade.

E o Cary gente? Ultimamente parecia que ele criava caso só pra brigar com os ex-chefes, mas desta vez não teve como não amá-lo. Foi íntegro, não porque gosta de Alicia, mas porque era o correto a se fazer. Aliás, pela conversa entre os dois, senti que a mágoa dele passou e que restou o grande profissional que é.

Sem medo de ser redundante, mais um episódio excelente de The Good Wife. Que venham os próximos!


Lara Lima

Colatina - ES

Série Favorita: Friday Night Lights

Não assiste de jeito nenhum: Friends

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