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The Good Wife – 4×14 Red Team/Blue Team

Por: em 20 de fevereiro de 2013

The Good Wife – 4×14 Red Team/Blue Team

Por: em

Um episódio de The Good Wife por si só já é motivo de alegria, mas quando a série apresenta o melhor da temporada, a felicidade é total. Ainda mais considerando que estamos passando pela pior temporada da série, e é realmente bom ver que ela vem se recuperando dos episódios um pouco abaixo da média apresentados na primeira metade do 4º ano.

Sem dúvida, o grande trunfo de Red Team/Blue Team foi o fato de não haver caso da semana com grande destaque. Ou melhor, o caso serviu apenas de base para os personagens centrais serem desenvolvidos. The Good Wife sempre trouxe grandes atores convidados e também excelentes tramas paralelas, que já renderam inúmeros casos memoráveis, mas estava na hora de parar um pouco, dizer “Chega de brincadeira, vamos trazer nossa velha e boa série de volta aos padrões altíssimos de qualidade”. Para isso, nada melhor que focar quase exclusivamente nos protagonistas e deixar as outras tramas um pouco de lado. E, principalmente, o que foi a melhor sacada do episódio: acabar de vez com algo que estava se tornando um pouco exaustivo.

A dívida da Lockhart & Gardner foi finalmente quitada. Os problemas financeiros da firma já vêm sendo levantados por algum tempo, e, por mais que tenham trazido ótimos momentos, já estava mais do que na hora de dar um fim a essa situação. Claro que os problemas com a Economia persistirão, e que talvez no futuro a firma volte a se endividar, mesmo tendo agora um bom caixa, mas essa questão, no momento, deve ser superada. Os roteiristas fizeram muito bem em finalmente tomar essa decisão.

O grande ponto positivo, contudo, da saúde financeira da Lockhart & Gardner não foi somente o encerramento de uma trama que já estava mais do que na hora de acabar, mas sim  a situação em que Alicia, Cary e os outros advogados que receberam oferta de sociedade foram colocados. Tá certo que tanto nesse como no episódio anterior, foi mais de uma a referência de que uma oferta de sociedade para um advogado de quatros anos de firma é um tanto quanto cedo, mas é inegavelmente revoltante retirar a oferta agora que a dívida foi quitada. Isso só mostra que eles não estavam sendo “promovidos” unicamente pelos seus méritos, mas principalmente pelo montante financeiro que teriam que investir caso aceitassem a proposta.

A raiva de Alicia e do próprio Cary é totalmente compreensível. Eu mesmo tive vontade de protestar, principalmente mediante à passividade de Will. A cena em que Alicia explode e depois é beijada por Will é de uma intensidade sem tamanho. Ela falou, ali, tudo o que eu tinha vontade de falar, e Will fez tudo aquilo que eu sempre quis que ele fizesse: ter atitude. Não gosto de Peter, muito menos dele com Alicia, então vibrei com o beijo e o fato desse sentimento ainda estar vivo em algum lugar.

O porém de tudo isso  é que mais uma vez Cary ficou para trás. Alicia acabou sendo escolhida, o que achei justo. Apesar de adorar Cary, acredito que Alicia fez mais do que ele para a firma. Confesso que adorei a ideia de eles montarem seu próprio escritório, seria muito bom ver Alicia enfrentando Will e Diane no tribunal, como pudemos ver nesse episódio. Porém, acredito que essa revolta dos advogados do quarto ano não terminará por aí. Eles se uniram e não acredito que Cary desistirá de abrir seu próprio escritório, ainda mais agora que ele foi mais uma vez preterido por Alicia. A questão será se ela irá acompanhá-lo ou não. Na minha opinião, Alicia pertence à Lockhart & Gardner e, apesar de tudo, ela tem uma dívida de gratidão para com Diane e Will, mesmo eu preferindo que ela vá com Cary, caso isso realmente venha a acontecer.

O que também fez deste episódio o melhor da temporada foi o grande duelo dos times azul e vermelho. Diane e Will levando uma surra de Cary e Alicia foi realmente bom de ver. Os dois estavam magoados e não pouparam forças para vencer os chefes. Sem dúvida, mostraram que são excelentes advogados e valiosos para a firma. O combate entre os quatro foi hilário e memorável.

Como se tudo isso já não fosse suficiente, ainda tivemos um show da personagem que vem roubando a cena desde sua primeira aparição. Elsbeth, apesar de extremamente caricata, é uma personagem amada por todos os fãs de The Good Wife. A maneira como lhe passaram a perna me deixou revoltado. Não só por eu gostar da personagem, mas principalmente da forma como foi feito. Alterar o número 2 para 3 com um simples risco, sem pensar o quão errado, antiético e ilegal isso é, me indignou e me fez pensar quantos outros fazem coisas semelhantes. A virada de mesa por parte de Elsbeth foi sensacional. Comecei a rir sozinho com a cara do sujeito e passei a admirar ainda mais a personagem.

É incrível como estou contente com esse episódio, e inclusive com os anteriores que já vinham sendo melhores que seus anteriores. É muito bom ver uma de minhas séries prediletas voltando aos eixos. E você, o que achou desse episódio? Deixe seu comentário, estou curioso para conhecer a opinião de mais fãs dessa série que infelizmente é assistida por tão pouca gente. A audiência, aliás, foi preocupante para os padrões da CBS, coisa que já vem se repetindo faz algum tempo. Apesar disso, tudo indica que a série terá pelo menos mais uma temporada, a qual eu já estou ansioso para acompanhar.


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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