Depois de um bom tempo sem me comunicar com vocês, fui presenteado por um episódio recheado de reviravoltas, que faz com que qualquer review fique, no mínimo, interessante. Chegando a reta final de sua segunda temporada, The Vampire Diaries mostra que ainda não perdeu o fôlego e, se duvidar, tem chances de ser a melhor temporada da fall season 2010/2011. Até agora não houveram episódios ruins, muito menos desnecessários. Tudo se encaixa de tal forma que chega a ser absurdo o quão bem elaborada são as tramas da série do canal CW. Ação, aventura, mistério e até amor, tudo isso resumido num só episódio. É acho que vamos ter sobre o que falar.
O último episódio da série, “The House Guest”, deixou muita coisa no ar e foi em meio a tudo isso que fomos recolocados na trama. Voltamos ao momento da visita surpresa de Isobel, que decidiu aparecer para ajudar a sua filha, que até então nunca tinha ligado, a se salvar de um dos vampiros mais antigos da história. O jogo feito com a personagem Isobel foi genial. Em nenhum momento você era capaz de adivinhar em qual dos dois lados a vampira estava jogando, o que ressalta o belo trabalho realizado por Mia Kirshner em mais uma participação especial na série. Jenna que ficou abalada demais com esse aparecimento repentino não só da mãe de Elena e/ou da mulher de Alaric, mas também das traições que todos cometeram com ela durante todo o tempo. Claro que para mim foi demais, ainda mais o fato da personagem se enfiar na faculdade para fugir da realidade, mas tudo bem, não podemos julgar as reações dos personagens.
Enquanto Jenna se enfiava no escuro, Isobel saia dele e mostrava porque tinha voltado para Mystic Falls. E parece que dessa vez suas intenções eram a favor de Elena, diferente das outras vezes, como já pudemos observar. Auxiliada por John, seu fiel escudeiro, Isobel contou as informações que tinha sobre Klaus, o que foi realmente muito pouco e pouco importante para que os Salvatore tomassem uma providência. Mas toda a carinha de santa que Isobel fazia, escondia a devassa (não me agüentei!) que ela tinha dentro de si. Reencontrar-se com sua amiga Katherine, foi um show de promiscuidade e demonstração de como o ódio comum pode unir os seres. Parece que tínhamos sido enganados, Isobel jogava no time de Kath e Elena era só mais um brinquedo necessário para jogar este jogo. Devido à crise de Jenna, Elena vai até a tal formalidade receber a doação e é lá que tudo se desenrola. Isobel cria um tumulto grande ao morder John e o utiliza como distração para pegar sua verdadeira caça: Elena. Mais uma vez se passando por sua cópia, Kath consegue um tempo hábil para Isobel fugir com sua filha e então deixa Stefan de lado mais uma vez.
A sagacidade que Katherine traz é impressionante. A personagem brilha com poucas falas, brilha só de aparecer, mas o encanto está no seu modo de agir e pensar tão rápido que nos surpreende sempre. Buscando a selenita que tanto queria, Kath foi capaz de perceber a simplicidade do esconderijo da pedra, que estava bem debaixo do seu nariz. Péssima escolha Damon, péssima. Em posse da pedra e com Elena nas mãos de Isobel, Kath estava pronta para fugir, quando foi surpreendida, juntamente com quem assiste ao seriado, sobre as intenções de sua querida amiga. Uma face de Isobel ficou de lado quando ela se tornou vampira e é buscando esse lado, a libertação de seus pecados, que Isobel deixa Elena segura e então se entrega para uma morte bastante dolorosa, queimando-se no calor do astro rei e traindo a sua suposta amiga.
Essa redenção da personagem mostrou o quão surpreendente pode ser uma trama. Jamais imaginaria que Isobel podia ter algum tipo de boa intenção, ainda mais sendo ela uma das melhores amigas de Katherine. Mas antes de morrer, a mãe de Elena cometeu uma última maldade e capturou aquele que fora seu marido por muito tempo: Alaric. E não foi só Isobel que se rendeu neste episódio, John encontrou seu caminho em meio ao monte de pedras que existia na sua relação com Elena. Por ser o último dos seus parentes que restou, Elena esforça-se para tentar qualquer tipo de relacionamento que seja, mantendo pelo menos qualquer tipo de contato.
Paralelo a isso, tivemos a descoberta de Matt sobre a verdadeira identidade de Carol e isso foi bastante chocante. O estado de nervos que o personagem se encontrava era muito intenso e realmente estava passando a sensação de raiva que ele sentia ao olhar para um ser igual ao que causou a morte de sua irmã. E toda a conversa, a confissão de Carol, a dor da realidade e o sofrimento do esquecimento foram passados ali. Esse é um dos pontos altos da série, seu elenco afiado e entrosadissímo, que dá show de interpretação em todos os momentos. A cena dele sendo hipnotizado foi realmente muito tensa e mostrou um grande momento do casal, que logo foi estragado pela descoberta de que Matt e a detetive Forbes estão juntos, sendo que o primeiro tinha se entupido de verbena e então estava lembrando de tudo mais do que nunca, buscando conhecer a verdade sobre alguém que eles amam. Qual a atitude será tomada? Cedo demais, mas ainda acho que tem muito o que rolar e muito sofrimento para Caroline por vir.
Bonnie também descobriu uma mina de ouro de poderes para bruxos e é lá, com toda a energia canalizada, que ela consegue o poder suficiente para ser alguém que pudesse lutar com Klaus. Interessante ver como ela aumentou seu controle sob os poderes e como ela os usa tão mais facilmente. Mas o que mais marcou, foi o fato de Bonnie estar disposta a dar sua vida pela salvação de todos os seus outros amigos, num ato de puro altruísmo. Jeremy que não gosta nada disso, mas acaba por concordar com o que a bruxa decidiu. Tyler que nunca mais deu as caras na cidade, foi mencionado pela sra. Loockwood, que está preocupada com o paradeiro do seu filho. Logo mais a trama dos lobisomens será reintroduzida e Tyler estará pronto para agüentar seu fardo, ou pelo menos esperamos que sim.
E assim chegamos ao final, com uma bomba tão grande que eu não sei nem explicar o que eu senti quando percebi o que estava acontecendo. Na verdade, não percebi, eu vi. Katherine, totalmente vulnerável, nas mãos de um bruxo muito poderoso e sem nada acontecer. Ela estava intacta. Quem a queria, queria inteira e logo soubemos o porque. Depois de cantos e invocações, eis que no corpo de Alaric surge aquele que é o mais temido dos vampiros: Klaus.A cena foi assustador, sendo que por muitos momentos pensei até que Alaric tinha se tornado um vampiro também (o que eram aquelas bolsas de sangue?). Foi sombrio, tenso. Katherine tentou fugir, mas o bruxo que controlava a situação e que parece se tornar um personagem importante daqui para frente, já havia se precavido quanto a isso. E Klaus está com saudades de Kath, muitas saudades. Agora que o clima esquentou, a parada está pronta é só acender o pavil. Que episódio! Que trama! Que personagens!
Estou ansioso demais para o que essa reta final irá trazer e, semana que vem, a gente tem festa anos 60 em Mystic Falls, regada a, vamos pensar, SANGUE. Aqui você confere o vídeo promocional de ‘2.18 – The Last Dance’ (que é sensacional!!!!) e a gente se encontra de novo na semana que vem. Abraço!
Obs.: Aviso aos navegantes! Teremos inéditos seguidos até o penúltimo episódio, quando a CW faz uma pausa e nos deixará na ansiedade por 3 semanas (!!!) esperando pelo season finale. Sim, isso foi para vocês já se prepararem.
