Depois de tanto tempo esperando por esse episódio, acho que ainda não consegui processar todas as informações que ele me deu. Foram tantas e seguidas, que um simples piscar de olhos significava perder uma parte da história da criação de uma espécie. Diferente do que pensamos por duas temporadas e sete episódios, o vampirismo estava longe de ser uma escolha de vida ou uma forma de preservar a eternidade. Ele surgiu do medo. Sentimento este tão grande que foi capaz de mudar a história de todo o ‘mundo’, mas que, principalmente, mudou o mundo daquela família já problemática, levando ao cenário de caos atual. The Vampire Diaries não temeu mais uma vez e conseguiu colocar na tela uma trama muito bem intrínseca e mostrando que sua mitologia é muito bem fundamentada. Cada cena, cada detalhe. E uma família destruída pelo medo. Medo e Mentira.

Tudo começou muito tempo atrás e isso a caverna descoberta por nossos personagens principais deixava muito claro. Nossos Originais eram provenientes da Europa, mas depois que uma praga atacou a região e levou um dos filhos de Esther e Mikael, ela, contatando Ayana sobre um lugar seguro para colocar sua família. Esse lugar místico, chamado Mystic Falls se localizava num continente que sequer tinha sido descoberto pela civilização mundial da época, mas contava com habitantes estranhos, lobisomens, ou para os nossos Originais, seus vizinhos. Todo mês, em uma específica noite, toda a família se enclausurava numa caverna, onde as paredes contavam sua história, fato este decorrente da transformação dos vizinhos em bestas. Mas até então, a convivência era pacífica entre eles e os lobisomens. Até que Niklaus e sua curiosidade, levaram ele e seu irmão para assistir a tal transformação, o que terminou tragicamente com a morte do irmão mais novo, Henrik. E assim, a humanidade dos Originais se foi. Na busca por proteger seus filhos, Esther, também conhecida como a bruxa original, utiliza dos seus poderes e da força da natureza para transformar seus filhos em seres predadores, mas que estariam protegidos caso fosse necessário. Eles eram rápidos, fortes, imortais. Mas com todas as vantagens, chegaram as desvantagens também. Caminhar a luz do Sol se tornara um problema a ser resolvido, as flores da base do carvalho branco, a verbena, era intocável pare eles e essa árvore que lhes deu a imortalidade, também podia acabar com tudo. E a pior de todas as conseqüências: a sede.

Era inevitável o descontrole por sangue, sendo que fora disso que eles tinham sido feitos. E assim a família que já tinha problemas começou a se perder. Niklaus e seu pai, Mikael, uma das grandes revelações realizadas logo no início do episódio, era praticamente opostos, talvez exatamente por não serem pai e filho. Niklaus era proveniente de uma perdição de Esther com um dos lobisomens locais, sendo que isso gerou o primeiro dos seres híbridos. Assim que matara a primeira pessoa na sede por sangue, Klaus ativou também seu lado lobisomem, o que, além de apavorá-lo, denunciou a traição de sua mãe. Desolada com o futuro que teria, Esther, que era apenas uma bruxa, nunca chegara a se transformar, afinal a natureza só permite que seja apenas uma aberração, joga uma maldição sobre o seu filho, aquela tão escutada pela gente durante toda a segunda temporada. E este, revoltado com a rejeição da mãe, a mata, colocando a culpa no ser que mais abominou a vida toda, Mikael. Klaus sempre manipulou e nunca perdoara aqueles que o traiam. Essa era sua característica e a transformação só tinha aumentado isso exponencialmente.

Desconhecendo a história real, Becky e Elijah (que finalmente nos deu a honra de voltar a série) ficaram ao seu lado, mesmo sabendo dos podres do irmão, afinal passar uma eternidade sem ter com quem contar não deve ser nada fácil. E assim, uma boa parte da história muito bem contada dessa família se formou. Claro que existem milhões de dúvidas a serem esclarecidas, mas o episódio foi um grande presente aos fãs nesse ponto. O que me deixar mais ‘feliz’ é que o vampirismo não surgiu por uma coisa boba e que os Originais, apesar de toda a sua mitificação e temor que existe em volta deles, trazem consigo uma carga emocional do passado muito forte e que os caracteriza bastante, tornando-os um pouco mais humanos. Acho que diferente do que pensávamos, Klaus foge tanto porque com Mikael vem a verdade do ato que cometera e sempre escondera de seus irmãos. A história revelada por Elena a Rebekah foi um choque tanto a vampira, quanto para nós espectadores.

Agora uma das coisas que me intrigou bastante foi: Klaus anda com sete caixões de um lado para o outro, sendo que cada um deles contém seus irmãos e sua mãe. Mas se Esther não chegara a se transformar em vampira, porque ele anda com um cadáver de um lado para o outro. E seus outros irmãos que não chegaram a aparecer no episódio? Seriam eles vampiros com um pedaço de carvalho branco no peito ou cadáveres também que jazem agora de um lado para o outro de acordo com as vontades de Klaus? Queria muito que me contassem mais sobre isso. De verdade, acho que a história dos Originais dava um spin off para Vampire Diaries tranquilamente. Mas voltando ao episódio, acho que as cenas entre Elena e Rebekah foram muito interessantes e mostraram bastante dessa vulnerabilidade da vampira, um pouco do seu lado humano que ficou guardado por tanto tempo. E a rendição no final foi um momento muito bonito. Rebekah sabe que aquilo que Elena contou era verdade, era a cara de seu irmão fazer aquilo, mas, ao mesmo tempo, era muito difícil para ela aceitar tal fato devido ao amor incondicional que ela tinha por aquele garoto que sempre esteve ao lado dela. Assim como Klaus, Rebekah tem medo da solidão, então protege seus próximos para poder ter com quem contar no seu futuro eterno. Apesar disso, creio que teremos uma crise entre os Originais em breve e veremos Becky pendendo para o lado de Elena nessa batalha, o que seria interessantíssimo.

E ainda trabalhando as relações familiares, vimos um pouco mais da irmandade Salvatore. Diferente do que pensávamos, Damon vai contra as vontades de Elena e acaba por soltar Stefan da clausura, o que poderia ter sido um grande fracasso, mas acabou por se tornar uma grande jogada de mestre. Discutindo a relação na mesa de um bar, acompanhados de bebida e sangue, os Salvatore conseguiram chegar a conclusão alguma sobre sua história. Apesar de achar que sempre esteve certo e Stefan era entediante sem o sangue em seu corpo, Damon acabou por aceitar, afinal aquela discussão não teria fim caso isso acontecesse. Mas o mais legal foi poder ver os dois contracenando em um momento diferente de suas personalidades. Sem o medo, sem as ameaças. Somente dois irmãos na noite. Só que todo momento de tranqüilidade é altamente esgotável em Mystic Falls e Mikael chega para mostrar um pouco do que pode ser capaz. Prestes a tirar o coração de Damon, ele consegue com que Stefan tenda a falar onde Nik está, mesmo que hipnotizado, mostrando que sua humanidade ainda está ali escondida em algum lugar. A interação entre Damon e Stefan chega ao cume quando Stef tenta jogar com os sentimentos do próprio irmão, que reage violentamente e sai andando, como lhe é de costume. Assim, Klaus está voltando para Mystic Falls e, com isso, arma-se um cenário perfeito e ao mesmo tempo aterrorizante para o próximo episódio, que a CW anuncia como ‘Espetacular Mid-Season Finale’, logo o que vocês esperam dele? Eu espero só não morrer de ansiedade até a próxima sexta-feira. Só pra não deixar de comentar, senão muitos fãs ficarão chateados, a cena de Elena e Damon no final do dia, na mesma cama, foi algo bastante representativo e acredito que deva ter feito muita gente surtar. E uma das coisas ditas ali e que com certeza eu também aposto é que: se alguma coisa irá salvar Stefan, é o amor que ele tem por Damon. Isso sempre o fez repensar suas decisões e agora seria isso que iria tirar ele desse poço sem fundo no qual Klaus o jogou.

Abaixo, você pode conferir o vídeo promocional de ‘The Homecoming’ e surtar junto comigo na espera pela próxima semana. E já lhes aviso: depois da semana que vem, só em 2012 teremos episódios inéditos, então é bom preparar o coração! Confira o vídeo:

E aqui, a trilha sonora desse espetacular episódio:

• Foster the People – “Don’t Stop (Color on the Walls)”
• Nadine – “Put Your Hands Up”
• The Cadillac Black – “I’m Rockin”
• The Cadillac Black – “Get Your Buzz On”
• The Cadillac Black – “Turn It On”
• Trent Dabbs – “Losing Ground”
• The Kicks – “Shake It Loose”
• James Vincent McMorrow – “We Don’t Eat”

Agora fala tudo que você pensou nos comentários, porque com a quantidade de informações que tivemos, com certeza esqueci-me de muita coisa.  Até semana que vem pessoal!