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The Vampire Diaries 3×09 – Homecoming

Por: em 13 de novembro de 2011

The Vampire Diaries 3×09 – Homecoming

Por: em

E o nosso Mid-Season Finale chegou e acabou com qualquer coração bom que existia entre os espectadores da série. O que foi esse episódio? Tiveram alguns momentos que eu até levantava de tão nervoso que eu estava em assistir aquilo que acontecia na minha frente. Planos milimetricamente elaborados, um grande evento e excelentes personagens. The Vampire Diaries apostou mais uma vez e se superou, entregando o melhor cliffhanger da série até então. Todas as tramas bem trabalhadas, os personagens muito bem engajados e um cenário perfeito para a destruição. Chegamos ao começo de uma nova era, aquela em que Klaus é o ser mais poderoso da face da Terra, agora sem medo algum e com um único objetivo: reunir sua família mais uma vez.

Podemos dizer que Homecoming já começa agitado. Elena, Damon, Stefan e Mikael estão juntos para bolar um plano que traga Klaus de volta para Mystic Falls, para assim conseguir matá-lo de uma vez. O modo com que esse começo foi contado foi bastante interessante. Fugindo do modo tradicional, a série apostou em uma narrativa não linear para mostrar como o plano todo tinha sido gerado, desde suas idéias iniciais, até todo o encenamento da morte perante a Stefan, que precisava ver tudo com seus próprios olhos, pois senão sua compulsão denunciaria o plano a Klaus. E nesse processo todo, vimos também um grande diferencial em Elena, que se mostrou muito determinada e sem temores de colocar o arriscado plano em ação, mesmo sendo a única na qual a humanidade ainda existe totalmente. Um dos fatos ressaltados por Mikael me deixou bastante intrigado: um vampiro não pode empalar um Original sem morrer junto. Não lembro se isso já tinha sido citado antes, mas como eu não lembrava, achei bastante curioso. E assim, com a ligação de Stefan e a confirmação de Becky, que depois da descoberta da grande traição do irmão por todos os anos em que fugiram juntos, passara a desejar sua morte, Klaus estava voltando e mal sabia que quem lhe daria as boas vindas era seu querido padrasto Mikael.

Ao mesmo tempo em que na mansão Salvatore tudo era armado, Caroline tinha maiores preocupações com o baile que marcaria o último ano de todos os veteranos de Mystic Falls. E o interessante aqui, foi perceber o quanto a relação da vampira com Tyler estava começando a se desgastar devido a nova condição do garoto. Apesar disso, Tyler consegue disfarçar os problemas e contorna bem a situação, pena que não definitivamente. Voltando a ação principal do episódio, Elena e Damon precisavam se resguardar de tudo e Stefan era uma das grandes preocupações, assim como o próprio Mikael e até mesmo Becky. Nada podia dar errado naquele plano. E então eles começam a materializar tudo que fora organizado mentalmente. O primeiro passo foi dado por Elena. Depois de uma bela conversa, na qual aposto que todos os espectadores sentiram-se um pouco mais próximos de Becky, o que a tornou uma personagem agradável e cheia de incertezas, Elena crava uma estaca no peito da garota, garantindo que em nenhum momento a original deixaria o sangue falar mais alto e salvaria seu irmão da morte. Depois o segundo passo: deixar Stefan calado. Esse foi bem arquitetado por Damon, mas confesso que me assustou. Ver Mikael se satisfazendo com o sangue de Stefan foi uma cena bastante forte, mas que mostrou o quão importante esse plano era para acabar com Klaus e, infelizmente, Stefan estava forçadamente ao lado de seu ‘mestre’.

E então, vamos ao baile. Depois de surtar com a inundação do ginásio da escola, a única saída foi fazer com que a festa fosse transferida para a mansão Lockwood, como já é de costume. Porém, isso era muito mais que um homecoming. Era a comemoração de uma morte. Um funeral. Sim, Klaus estava por trás de toda a organização da festa e mal podia esperar para que o convidado especial chegasse completamente empalado. Mas coisas começam a saltar aos olhos do nosso anfitrião e alguém que passou tanto tempo fugindo, tem uma percepção especial. Lógico que ele não iria sem se precaver para um evento desses, então, trouxe consigo um pequeno exército de híbridos para acompanhá-lo e com a ordem de retaliar qualquer um que fosse, caso houvesse um ataque a sua pessoa. Tyler, avisado de tal situação, dá um jeito de salvar Caroline, mas isso só acaba de vez com o curto relacionamento dos dois, já que a vampira não aceita essa nova compulsão em obedecer a Klaus pela parte de Tyler. Uma pena porque ainda acho que muitas coisas podem ser exploradas entre os dois, mas como não é um fim definitivo, podemos esperar por mais em breve.

Eis que o convidado de honra chega a festa. Mikael e Klaus, frente a frente, separados pela barreira causada pela porta da mansão Lockwood, a qual Mikael não tem permissão para entrar. Acho que essa foi uma das melhores cenas que a série já teve no quesito tensão. O jogo mental estabelecido por Mikael para tirar Klaus do sério foi sensacional. Jogar com a solidão do híbrido, com o fato de ter sido desprezado pela própria família e ressaltar que não havia ninguém que se preocupasse com ele, foram cartadas de mestre para mexer com o ego do híbrido, que surta completamente, nos mostrando uma atuação espetacular de Joseph Morgan. E, apesar de ter um exército de híbridos a seu favor, Klaus sai na desvantagem, quando Elena é a chave da negociação com Mikael. Sem o sangue da menina, Klaus nunca mais poderia criar seres iguais a si e passaria a eternidade na solidão, como fora ressaltado por seu pai. Mesmo assim, mantendo seu ego inflado, Klaus joga com Mikael e acaba perdendo, pois o vampiro original cumpre sua palavra e ‘mata’ Elena, o que gera um grande surto no nosso híbrido original. Sorte que, Elena não era Elena mesmo e sim Katherine se passando por ela mais uma vez. Não sei como, mas eu sempre sou enganado pela personagem, que sempre consegue disfarçar muito bem e fazer com que a revelação da sua real identidade seja sempre uma surpresa. E olha que a cena dela jogando as bombas e falando ‘CABUM…’ foi bem legal. O importante é que, após isso, quase vimos o fim de Klaus, que teve por alguns segundos a estaca de carvalho branco enfiada em seu peito. Só que, salvo por Stefan, o híbrido conseguiu revidar e enfiou a estaca no peito de Mikael, que queimou e passou dessa pra melhor (ou pior no caso dele).

Stefan tinha conseguido sua liberdade. Mas a que preço? Deixou a solta o ser mais repugnante da face da Terra e que agora teria mais de mil motivos para querer matar cada um dos habitantes de Mystic Falls. O inconformismo de Damon era aceitável, pois seu plano era perfeito e tudo tinha caído por causa da compulsão de Stefan. Mas existia muito além do que tínhamos visto. Apostando mais uma vez na não linearidade, mostrou-se a real sequência dos fatos, com Katherine indo até um Stefan desacordado e revelando que Damon seria morto, caso Klaus fosse também. Stefan não buscou sua liberdade, mas sim salvar a vida do irmão, mais uma vez. Agora por quanto tempo esse segredo será guardado, é difícil de saber. O que importa é que, mesmo não mais hipnotizado por Klaus, Stefan não voltou a ser a pessoa que era antes e isso trás muitas implicações para o desenvolvimento da trama, que já mostrou a grande aproximação entre Damon e Elena, que agora agem como um só e estão determinados a se proteger. Só que Stefan estava com Katherine, que confessa mais uma vez seu amor pelos Salvatore e fala uma frase muito significativa para a série. A Humanidade é a pior fraqueza dos vampiros. Pois é, mas a vampira precisava que Stefan reativasse a sua, mesmo com o remorso de tudo que tinha feito nos últimos tempos, porque ela tinha um plano, que mudaria todo o cenário da série. E o plano foi colocado em ação.

Não sei vocês, mas quando vi Klaus caminhando em direção ao container que escondia toda sua família, pensei que o final do episódio seria ele abrindo cada caixão e tirando as estacas de cada um dos Originais. Mas eis que o container está completamente vazio e quem está em posse dos caixões é Stefan, em uma bela vingança a Klaus. Pois é, como alguém que está fugindo a tanto tempo, está preparado para um virada dessa depois de parecer finalmente ter conquistado a vitória? O que posso dizer é que teremos que esperar por um bom tempo para saber a resposta dessa pergunta e conhecer como essa nova trama será tratada pela série. Mas acredito que a palavra central, daqui em diante, é vingança. E como se não bastasse um final desses, a CW foi bem legal e já lançou o vídeo promocional do próximo episódio, que vai ao ar no dia 5 de janeiro. Confira abaixo o vídeo de ‘The New Deal’:

Aqui você confere a trilha sonora do episódio dessa semana:

  • The Only Children – “Don’t Stop (Bit Funk Remix)”
  • Cary Brothers – “Free Like You Make Me”
  • My Morning Jacket – “You Wanna Freak Out”
  • My Morning Jacket – “First Light”
  • My Morning Jacket – “Holdin’ On To Black Metal”
  • My Morning Jacket – “The Day Is Coming”

E agora a gente se encontra somente no ano que vem, com a volta da série, que será bombástica com certeza. Fiquem de olhos sempre no site, pois quaisquer novidades que apareçam, estaremos fazendo plantões para informar vocês. Aproveito também para desejar boas festas a todos, aproveitem bastante esse período e nos encontramos em 2012! Abraço!

 

P.S.: Depois da minha dúvida por causa do último episódio, tentei contar quantos caixões tinham na cena em que Stefan aparece falando com Klaus no celular, mas não consegui direito. Se algum de vocês conseguir isso, poste nos comentários para a gente debater!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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