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The Vampire Diaries – 3×15 All My Children

Por: em 18 de fevereiro de 2012

The Vampire Diaries – 3×15 All My Children

Por: em

Quando o episódio acabou, tudo que eu podia pensar era como eu odeio a CW por fazer um hiato ridículo desse no meio da temporada, sendo que só será exibido um único episódio em março e depois os inéditos só voltam no meio de abril. Qual o propósito? Me deixar nervoso? Conseguiram. Não sei se esse episódio tinha sido programado para entrar na programação como um winter finale, porém, sem dúvidas alguma, ele teve um cliffhanger muito do bom para nos manter ligados na série. Além disso, a estrutura do episódio como um todo foi muito boa, sendo que eu ainda julgo The Vampire Diaries uma das melhores horas da televisão americana atualmente. Agora serei sincero, espero que Kevin Williamson e Julie Plec tenham a ousadia que tiveram até então. Tirar esses personagens fantásticos, os Originais, do ar é uma cartada poderosa para a temporada, portanto ela tem que ser feita por um motivo muito do bom. Eu sei que eles vão voltar ainda nessa temporada, até porque precisa-se, de algum jeito, ser fechada essa trama deles, mas espero que isso seja feito com cautela, afinal a série não precisa ter seu melhor plot com um final infame.

Tava claro que a história de Elena ajudar no feitiço de Esther não poderia ter sido tão simples, afinal enganar vampiros que já percorreram o mundo todo causando a desgraça alheia não é fácil e Elena pecou exatamente por acreditar que consegue fazer tudo da sua maneira. Veja bem, adoro o jeito que a personagem se impõe nas situações, protagonizando suas ações de verdade e não sendo a mocinha que espera pela salvação do príncipe encantado (no caso, vampiro), mas as palavras de Damon não podiam ter caído melhor: ‘It’s not all about you Elena’. Sim, ela sempre é colocada no meio das confusões que aparecem e, de alguma maneira totalmente bizarra, ela tem que atuar, porém isso não faz dela a detentora da palavra final. Por tentar proteger a todos, a garota comete erro em cima de erro e nessa bagunça, ajudar a um, significa machucar a outro. E se a cena de ciúmes foi para surtir algum efeito, acho que foi muito ineficaz. Elena pode até ter ficado com raiva da atitude de Damon, por aquela ser a vampira que quer vê-la morta, mas não vi uma ponta de ciúmes passional, do tipo ‘o que você tá fazendo com meu homem’. Podem alegar o que for, aquilo não foi ciúmes. Diria que foi egoísmo, de certo modo. Elena quer tudo, mas não quer (ou tem) nada e isso fica cada vez mais declarado. Gostei quando os irmãos Salvatore conversam e chegam a conclusão de que ela está melhor longe dos dois, só que isso não deve permanecer assim por muito tempo.

Um dos pontos fortes do episódio, a meu ver, foi a grande interação entre Damon e Stefan, que são brilhantes quando juntos e focados em um plano. Todos os diálogos deles, como o já citado ou então a cena no carro foram marcantes e mostram uma maturidade que eles adquirem com o fato de amarem a mesma mulher. E, o mais bacana de tudo, é ver o amor que existe entre os dois, mesmo que muitas vezes enrustido, eles nunca deixam um ao outro. E dai, eu bato mais uma vez no ponto que Stefan e Elena é o grande casal da série, pois até mesmo Damon é capaz de ver isso e ser altruísta ao ponto de sacrificar a imagem refeita com a amada, para não ver seu irmão ainda pior. Ele simplesmente se encaixa melhor como vilão, como próprio definiu. Tem como discordar? Fiquei com medo que fosse Stefan a realizar o plano, pois só ia ainda aumentar o sofrimento do vampiro, que por sinal, se mantém livre de sangue humano desde o fatídico dia em que quase matou Elena na ponte, aquela mesma que seus pais sofreram o trágico acidente que os tirou a vida.

Originais. Tem como não achar excelente cada cena que cada um desses atores fazem? Eu fico besta de pensar em um elenco tão bom e completamente desconhecido. Duvido muito que alguém não tenha curtido o bad boy Kol, interpretado pelo talentoso Nathaniel Buzolic. Ele chegou em meio a Joseph Morgan, Daniel Gillies e Claire Holt, que já tinham seu espaço na série e, ainda sim, conseguiu brilhar. É uma pena terem dado tão pouco tempo de tela para o personagem, mas tenho certeza que sua trama ainda não foi resolvida e, em breve, talvez até mais breve do que esperamos (boatos dizem que podemos ver o personagem no flashback dos irmãos Salvatore),  o teremos de volta na série. O importante é que em meio aos Originais, ele deu show e funcionou muito bem com seu  jeito encrenqueiro por natureza. Curti bastante sua interação inicial com Rebekah, onde ele faz o papel de irmão como ninguém, chamando-a inclusive de meretriz. É esse tipo de personagem que conquista fácil e ganha o espaço tranquilamente em meio a tantos outros. E se Buzolic brilha, quem continuou completamente apagado foi Casper Zafer, com seu Finn que não passa de um pau mandado de Esther e odiador da raça vampira. Personagem totalmente sem sal e, talvez (pois com o tempo posso vir a me retratar), o único erro entre os Originais.

E já que estamos em família, o que falar de Rebekah durante todo esse episódio. A loira conseguiu me impressionar com sua fascinante vontade de matar Elena. Era seu único desejo, talvez até mais que se manter viva. Cada momento das duas foi bem bacana e acho que é uma interação bem interessante para a série. Como não se assustar com aquela cena bizarra de perseguição nos túneis que levavam a caverna onde Damon escondeu os caixões e também onde está a história dos Originais? Cada passo de Elena era motivo de vitória para quem acompanhava e eu achei que, mesmo não morrendo, a garota ia ter de enfrentar um pouco da fúria da vampira. E, de certo modo, isso aconteceu, quando Rebekah decide atear fogo na doppleganger. Vai dizer que tu não surtou com isso? Ótima cena, bem trabalhada e com bons diálogos. Gostei de ver também o poder de persuasão de Elena ao convencer que ela viva era motivo de muito mais sofrimento com o passar do tempo (o que não deixa de ser verdade, porque que vidinha desgraçada essa menina tem). E depois de Becky, passamos para Elijah, que interagiu e surpreendeu bastante nesse episódio, como mais um apaixonado pelos encantos da cópia.

Alguém ainda tem dúvida de que o Original jamais esqueceu seu amor por Tatia e agora o projeta de certa forma em Elena, sendo que a garota ainda possui qualidades que a primeira não tinha? Bom, fato é que ele percebeu a mentira da garota, se decepcionou, mas mesmo assim a protegeu. E vendo Elijah em cena, é impossível não gostar do personagem, né? Ele foi o primeiro da família que conhecemos, ele nos contou essa história e até eu não queria vê-lo pagar o preço por causa de Klaus (afinal, nem Klaus eu quero que morra, matem só o Finn e tá ótimo). Agora que foi bem clichê aquela cartinha que ele deixou para Elena no final do episódio, falando de suas qualidades e mandando um ‘Always and Forever’ (que para mim sempre será o quote Naley de One Tree Hill), isso foi. Mesmo assim, foi uma atitude premeditada, porém melhor do que todos mortos. Não faço idéia de onde cada um vá se enfiar, mas que eles vão voltar a qualquer momento, isso não há dúvidas.

E em meio a tantas tramas, não é que nosso sempre elogiado Klaus sumiu? Teve uma cena ou outra, seu momento com Caroline foi bem bacana (o que foi o brilho nos olhos do personagem quando viu a garota? Achei incrível o jeito que ele transpassou o desejo naquele momento!), mas nada além disso e de afugentar a mamãe Original, que por sinal é uma palhaça. Olha minha senhora, tu saiu do caixão para tirar esses personagens ótimos da série, pode voltar já, porque senão nós fãs mesmo te colocamos de volta. Que inferno!! E ainda achei bem forçado o lance das Bennets estarem envolvidas no feitiço também. Uma coisa era o caixão, isso já é querer introduzir as bruxas na trama forçadamente. Mesmo assim, isso nem foi de tão grande prejuízo para a trama num todo e foi bem interessante Damon transformar Abby em uma vampira. As implicações desse ato vão ser absurdas, tanto na relação Elena-Damon, quanto na relação Elena-Bonnie, sendo que nessa segunda, as conseqüências já começaram a aparecer.  E dai chegamos aos dois grandes cliff’s que o episódio tem. O primeiro deles: existe SIM uma maneira de matar os Originais ainda, pois, aparentemente, foi plantado um outro carvalho branco no local da onde eles surgiram. E também gostei de Becky ficar ao lado de Klaus por enquanto. Agora o segundo gancho é o mais explosivo: Meredith, nossa doutora surtada, esta envolvida até o último fio de cabelo com as mortes no Conselho e, ao que me parece, acabou de cometer mais um assassinato, pois se ela não é nada sobrenatural, Alaric está morto.

Não quero nem imaginar o surto traumático que isso surtirá em Elena. De verdade, a garota perde todos ao seu redor e essa cena final corrobora com os boatos de que um personagem masculino iria deixar a série. Acho muito triste o personagem se despedir assim, mas que seja para o bem da trama. Agora fico ainda mais curioso para saber: afinal, quem é Meredith Fell? O que ela quer? Porque os assassinatos? Sério, estou muito ansioso. Dai fui feliz ver o vídeo promocional e, eis que aparece um 15 de março, que eu quase soquei a tela. Pois é meus caros, teremos que esperar um mês para ver um inédito e será dos bons, pois teremos flashback dos Salvatore, com a participação de Cassidy Freeman (conhecida pelos fãs de Smallville) e também a volta do meu querido corvo (não foi irônico, eu gosto do corvo!)! Sim, vejam por si mesmos o vídeo:

Confiram também a trilha sonora desse excelente episódio aqui:

  • “Poison & Wine” – The Civil Wars
  • “Fire Escape” – Civil Twilight
  • “Medicine” – We Were Promised Jetpacks
  • “Teardrops On My Pillow” – Dum Dum Girls
  • “Rubicon” – Ume
  • “Guarded” – Kevin Daniel

E eu vou ficando por aqui, enquanto aguardo os comentários calorosos de vocês. Infelizmente, nos vemos daqui a um mês, com ‘1912’. Até breve pessoal!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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