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The Vampire Diaries 3×16 – 1912

Por: em 17 de março de 2012

The Vampire Diaries 3×16 – 1912

Por: em

Essa semana, meu amigo Leandro está com problemas no acesso a internet e me pediu para substituí-lo nos comentários com vocês, o que, pra mim, é uma honra.

Falar de Vampire Diaries é chover no molhado, pois a série, semana após semana, surpreende com seus episódios alucinantes e suas muitas viradas na trama. No caso deste retorno, 1912 não teve o ritmo habitual quase esquizofrênico da série, mas ainda assim construiu uma trama firme, interessante e nos relevou o que vinha sendo um dos grandes mistérios da temporada: A identidade do serial killer que está matando fundadores.

Vi muita gente torcendo o nariz pra essa história do Ric ser o assassino. Particularmente, eu gostei bastante desse direcionamento da história. Depois que anunciaram o Matt Davis em um novo piloto, eu tinha medo do tiro que a Fell tinha disparado ter sido certeiro e matado o personagem que, embora tenha perdido um pouco a função depois da morte da Jenna, ainda tem (e muito) minha simpatia.

A ideia de que o anel é o responsável por causar os blackouts e ligar o “dark side” para que ele mate os fundadores é bem boa e acho que, de certa forma, é uma piada dos roteiristas, já que uma das coisas que todo mundo sempre comentou foi a quantidade exorbitante de vezes que o Ric morreu e o anel o trouxe de volta. Ok que nem foram tantas assim, mas como a Fell disse, quantas vezes se pode morrer antes que isso te mude?

Falando nela, eu ainda não consigo confiar na personagem por inteiro. Não sei se é a capacidade da Torrey Devitto de SEMPRE interpretar psicopatas, mas tem algo nela que me incomoda e eu não consigo comprar que ela atirou no Ric, o fez ser preso e depois o livrou da cadeia só para limpar o nome dele. Digo, eles se conhecem há quanto tempo, 1 mês? E o diário que Elena e Matt encontraram no armário dela? O que ele fazia lá?

Aproveitando a deixa, isso foi uma das coisas que mais me incomodou no episódio: Elena e Matt. Tenho cada vez mais a impressão de que estão armando caminho para uma possível volta dos dois e eu simplesmente não vejo como isso pode funcionar. O Matt pode até ser um bom amigo quando se precisa dele e não tem como negar que ele gosta de verdade da Elena, mas esse casal tem que ficar enterrado lá na primeira temporada. Eu tive a impressão de que ia rolar um beijo depois da situação envolvendo o Stefan e a garota.

O Matt Davis que os próximos capítulos vão ser chocantes e definitivos para a condução da história do Ric. Eu não consigo formar na minha cabeça qualquer teoria. Ele não é tão certinho ao ponto de se entregar, a Elena jamais faria isso e eu tenho a leve impressão que se livrar do anel não vai ser possível a essa altura do campeonato.

A história do Isso já aconteceu antes também foi bem interessante (eu cheguei a cogitar, por um momento, que de uma maneira bizarra, a Samantha podia ter ligação com a Fell). No começo, ficou parecendo que os flashbacks só existiriam pela história da Saige (participação mais que especial de Cassidy Freeman ou Tess Mercer para os saudosistas de Smallville), mas no fim das contas o que importou mesmo foi a Samantha e o pequeno detalhe da compulsão do Stefan.

A reconstrução da época, mais uma vez, foi muito bem feita. Vampire Diaries nunca erra quando o assunto é flashbacks e o cuidado que a série tem para fazer com que tudo se torne crível é um dos grandes motivos disto. O figurino, o modo de falar, de andar, até mesmo o efeito de relevo da imagem faz com que seja realmente possível entender aquele contexto, porque os personagens estão ali e, principalmente, COMO eles são ali.

O que 1912 trouxe foi um Damon ainda lidando com o fato de o irmão ter sido o responsável por sua transformação, não se controlando em beber sangue humano e convencendo o Stefan a fazer o mesmo. Toda essa história estava ali para dar suporte a situação atual que os dois estão passando. Se, antes, o Damon não se importava (como ele mesmo fez questão de frisar) para onde o Stefan ia ou o que ele ia fazer, hoje, a situação se inverteu e ele se importa tanto que isso parece chegar a incomodá-lo.

A conversa dos dois que remeteu ao que parece ter sido o primeiro ato dele como estripador, por mais clichê que tenha sido com o “Você é tudo que eu tenho agora”, foi bem bacana e deixou isso claro. Não acho, nem por um momento, que o Damon esteja fazendo isso por culpa de ter beijado a Elena, não é do feitio dele, por mais que ele não seja mais aquele cara que a gente viu no começo da série. Ele se importa de verdade com  o irmão e tem medo de que ele volte a ficar sem humanidade –e as conseqüências que isso pode trazer.

O melhor é que, mesmo com esse lado irmão-protetor, o Damon não perde as piadinhas canastras e o sarcasmo que o tornou um dos personagens mais legais da série. O flerte com a Rebekah no bar foi ótimo, os dois explodem em química e eu espero muito vê-los na cama novamente. Acredito que ela usará isso (a “relação” que os dois estão desenvolvendo) a seu favor para descobrir algo mais sobre a árvore que pode fornecer a estaca que mata originais. Me pergunto qual vai ser a reação do Damon, do Stefan e da Elena ao descobrirem isso.

Se eu mudaria algo no episódio? Pô, Kevin, sem Klaus não dá! A ausência dele não foi tão sentida aqui porque a história sustentou tudo, mas eu espero que não se torne uma constante.

Semana que vem tem novo episódio e acredito que o Leandro já vai estar aqui pra comentar com vocês. Espero ter suprido bem a ausência dele por agora. 🙂

PS. Detalhe tão pequeno que eu quase esqueci: Alguém surpreso com a Abby completar a transição?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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