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The Vampire Diaries – 3×20 Do Not Go Gentle

Por: em 27 de abril de 2012

The Vampire Diaries – 3×20 Do Not Go Gentle

Por: em

Se semana passada eu disse que estava um pouco decepcionado com a temporada de Vampire Diaries, em nenhum momento quis dizer que não gosto mais da série, que vou parar de assistir ou coisa do tipo. Apenas acredito que aconteceu uma saturação de tramas (Matar originais e o triângulo, especificamente), mas que com essas duas storylines resolvidas daqui a 2 episódios no season finale, como Julie Plec prometeu, o show tem tudo para vir quebrando na 4ª temporada e fazer jus àquela série frenética das 2 primeiras temporadas.

Deixando isso de lado, eu não tenho qualquer tipo de reclamação ao episódio desta semana. Pelo contrário. Sou só elogios em todos os cantos. Foi épico do jeito que TVD sabe ser, fortemente emocional a ponto de me levar as lágrimas e abriu portas interessantes (e caminhos diferentes!) para o encerramento da temporada. Quando eu percebi que toda a ação aconteceria durante o baile dos anos 20, já me animei, porque se tem uma coisa que TVD faz como ninguém são eventos marcantes. Não foi diferente.

Por mais que eu tenha visto gente reclamando que os 10 minutos finais do episódio foram “fillers”, porque era óbvio que o Ric não iria morrer (o que, pra mim, não era), analisando em uma perspectiva geral, eles não são nada dispensáveis, muito pelo contrário. Além de terem sido sequências de uma forte carga emocional e que vieram como um soco no estômago, elas marcaram SIM a despedida do Ric. Matt Davis deu show. Interpretou os dois personagens muito bem e me arrancou lágrimas no momento em que ele se despede do Jeremy e da Elena.

Eu digo que foi uma despedida porque, por mais que a transformação tenha sido completada, o Ric que a gente conhecia e amava (ou não) morreu. Ele foi substituído por uma máquina de matar vampiros, um vampire- vampire Hunter original, que parece está disposto a fazer de tudo para exterminar a raça. Eu não acredito que exista qualquer possibilidade de termos o lado bom do Ric de volta. Aqueles momentos na caverna foram mesmo sua despedida e é uma pena, porque eu gostava muito do personagem.

Aproveito o momento para elogiar a virada que isso trouxe. Muita gente torceu o nariz quando essa história do lado negro do Ric surgiu, mas até eu, que defendo isso desde o começo, não imaginava que ela se tornaria uma trama tão grande a ponto de se unir com a história principal deste ano. O plano da Esther de transformá-lo num legítimo caçador, com inclusive uma arma fora do comum, me pegou de surpresa, porque definitivamente não era mesmo um caminho que eu estava esperando ser tomado.

Aparentemente, o que ela e as “irmãs” bruxas de Boonie fizeram foi transformar o Rik em um tipo de Mikael 2.0. Os vampiros que se cuidem, porque pelo olhar final dele, não está para brincadeira.

Antes de passar para outras histórias, eu preciso comentar sobre o momento do Damon ao lado do Ric na caverna. Sempre gostei muito da relação dos dois, era uma das coisas mais canalhas e bacanas do seriado e me deu muita pena ali, porque deu pra ver o quanto o Damon estava destruído com toda a situação. De qualquer forma, ficou mais do que provado o quanto eles queriam o bem um do outro, pois o Damon foi o único que ficou do lado do Ric até o suspiro final. E isso não é uma crítica a nenhum dos outros personagens, que fique claro.

Para o Jeremy, por exemplo, é totalmente compreensível o momento de revolta. Apesar de todos os pesares, o Ric era a única figura paterna que ele ainda tinha e, mais uma vez, isso foi lhe tirado por esse mundo composto de vampiros, lobisomens, originais e tudo o mais. É importante notar que ele AINDA está usando o anel e que isso pode ou não exercer algum tipo de influência sobre ele.

Acredito que, caso isso aconteça, será em menor escala do que aconteceu com o Ric. A explicação da transformação lenta do cara em um serial killer é uma prova de como o roteiro dessa série é bem amarrado e não quer deixar dúvidas, nem pontas soltas, muito menos especulações. Sabendo-se que a Esther estava “moldando” o darkside do Ric sempre que ele enganava a morte e levando-se em conta o transe da Boonie no final que completou a transformação, parece que essa história de matar todos os vampiros não é uma coisa de uma ou duas pessoas, mas até mesmo de outro mundo.

Aliás, a Esther morreu de forma tão “simples”? Ainda estou meio que pensando nisso… Foi fácil demais e eu não me surpreenderia se tivéssemos outra reviravolta nas próximas duas semanas.

Se semana passada, o foco do triângulo foi Elena-Damon, hoje voltamos a Elena-Stefan e, que me perdoem os Delenas, mas são momentos como os deste episódio que me fazem ter certeza de que o certo para a Elena é o Stefan. Eu adoro o Damon, que fique claro, amo o jeito sarcástico dele e acho, inclusive, ele um personagem bem melhor do que o Stefan, mas a ligação dele e da Elena é bem mais forte do que qualquer atração física que ela sinta pelo Damon. É “her epic love“, como disse a Caroline.

O momento em que ela desaba depois de se despedir do Ric e ele a consola dizendo que mesmo que ela tivesse perdido todos, ainda tinha a ele, me faz acreditar que é o Stefan quem ela escolherá no season finale. Segundo a Julie, é lá que ela irá fazer sua escolha – definitiva. Eu fico feliz por isso, sendo Stefan ou Damon, porque ao menos a trama não irá se desgastar mais e novos caminhos podem ser abertos a depender de como a situação for tratada.

O outro triângulo formado por Klaus, Caroline e Tyler é que continua imprevisível. Tyler diz que sua ligação com o original está mesmo quebrada, mas eu ainda tenho minhas dúvidas. Já imaginei mil e um cenários para esses três, mas todos eles são trágicos. Prefiro esperar e ver com meus próprios olhos o que vai acontecer.

Antes de terminar o review, eu só queria reforçar o que eu disse no começo: Gente, não é porque me decepcionei um pouco com o ritmo da série depois do hiatus, que deixei de considerar TVD uma das melhores coisas em exibição na TV aberta. Acho que o meu problema foi o nivelamento com o alto nível que vimos nas 2 primeiras temporadas, naquele ritmo tão frenético e nas tramas resolvidas rapidamente. Se eu critiquei TVD, é porque eu adoro a série e sei que ela pode mais, como ela mostrou claramente com esse episódio épico.

Que os próximos 2 sejam no mesmo nível ou ainda melhor!

*

Trilha Sonora do episódio:

  • Blind Pilot – We Are The Tide
  • Caro Emerald – That Man
  • Sinead O’Connor – You Do Something To Me
  • Helen Forrest – The Man I Love
  • The Fray – Be Still
  • Daughter – Medicine

Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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