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The Vampire Diaries – 4×22 The Walking Dead

Por: em 11 de maio de 2013

The Vampire Diaries – 4×22 The Walking Dead

Por: em

Greetings from the dead. So, who fancies a drink? – Kol

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Como eu já tinha cantado a bola antes, The Vampire Diaries está mesmo acertando as coisas nessa reta final de sua quarta temporada e já não era sem tempo. Com a crescente que pode ser observada nos últimos episódios e a proximidade com o season finale, chegara a hora da série reagir e mostrar um pouco mais do seu potencial, que foi exatamente o que aconteceu. Acho que eu não ficava tenso com um episódio da série desde a temporada passada, mas esse me fez lembrar o porquê de eu a ter colocado como minha série favorita por tanto tempo. A tensão estava presente em quase todas as cenas. O clima criado em torno da derrubada do véu foi sensacional, como um verdadeiro fim do mundo (que é o que está prestes a acontecer em Mystic Falls) e os nossos amigos mortos voltando do purgatório – falando nisso, você já viu o especial que a equipe do Apaixonados preparou para esse ocasião “especial”? – para acertar as coisas que deixaram para trás, sejam elas boas ou ruins. E cara, como eu curti esses reencontros, uns mais que outros, mas isso discutiremos mais a frente. Tivemos, enfim, um episódio redondinho e deixando o terreno preparado para o épico season finale que a série vem prometendo e que eu já não duvido mais que ela o faça.

A trama de Elena vem sendo o foco dos últimos episódios e não poderia ser mais justo desde que ela é a protagonista da série, mas tenho que reclamar que os roteiristas perderam um pouco a mão do que Elena realmente é. Depois de tanto tempo com sua humanidade desligada, essa volta da vampira a vida real vem sendo uma real descoberta para nós fãs de como esse processo realmente pode acontecer. Eu lembro que lá nos primeiro episódios da temporada, eu elogiei a série por nos fazer sentir as coisas que um vampiro passava em sua transformação e isso só viera a acontecer com a transformação da protagonista. E esse foi o objetivo de todo esse ano de mudanças para a personagem: nos mostrar que nem sempre se tornar um vampiro é fácil ou colorido como vimos algumas vezes. Sofremos por ser alguém que já conhecíamos a tanto tempo e tivemos que ver o lado mais sombrio dessa pessoa, o lado que não se importava com nada, nem ninguém. Porém, o que me incomoda agora são as oscilações de personalidade que ela vem tendo. Em um momento sinto tudo, no outro sou indiferente. E eu sei que isso é muito para não ter que lidar com as reais emoções, só que me incomoda muito essa indecisão entre manter a personagem durona perante a situação ou deixar ela quebrar de vez. Nós sabemos qual é a verdadeira Elena, então para que tanta blasfêmia a toa, sabe?

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E todo o episódio foi de Elena atrás de Katherine – que escapou mais uma vez e talvez não a vejamos tão cedo de novo -, o que acabou só resultando em mais um problema entre a primeira e sua melhor amiga Bonnie que estava ligada a segunda. Achei bem interessante como isso foi sendo desenvolvido e gosto também da amizade que prevalece entre os personagens mesmo depois de tantos momentos bem ruins entre eles. Agora o reencontro entre Elena e Jeremy, que eu jurava que seria um dos pontos mais emocionantes do episódios – não que não tenha sido emocionante, foi bem morno. Teve todo o calor do momento, com Elena chorando e tal, mas depois apagou e a situação ficou bem jogada no contexto do episódio. Queria mais desespero, mais Elena tendo de lidar com seus reais sentimentos, mais revolta por perder algum ente querido, mas não. De uma hora para outra, ela “entendeu” sua situação e tudo ficou bem – é exatamente disso que reclamo, entendem? Parece que temos nossa real Elena de volta e o jogo tá só começando, jogo este que vem sendo magistralmente jogado por Silas. O poder que ele tem sobre a mente dos outros (e sobre a nossa, por consequência) é absurdo. Não tinha como não acreditar que aquela não era Caroline ou que o Alaric que estava ao lado de Damon, dando conselhos e bebendo, era só uma das suas milhões de aparições, só que eram.

Silas é o grande antagonista dessa temporada e, mesmo depois de 22 episódios, ainda não temos ideias do seu real rosto. Nem mesmo o cara todo desfigurado é ele de verdade, então não há uma pista sequer sobre as aparências do personagem. O interessante foi ver como ele brincou com Bonnie o tempo todo, deixando ela pensar que estava no poder, para poder controlar ainda mais sua mente. E, vamos combinar que o plano da bruxa de tentar entrar em contato com Quetsiyah é bem estúpido. Nunca achei que iria dar certo e Silas mostrou que eu estava certo. Bonnie não passa de uma peça no seu jogo e ele fará de tudo para sair do purgatório infernal que Quetsiyah o colocou. Só que, mais uma vez, Bonnie quis assumir o controle da situação e ir contra as forças da natureza para derrubar o véu de uma vez e deixar que os mortos sobrenaturais se mantivessem em meio aos humanos, o que resultou na grande bomba do episódio: Bonnie está morta. Claro que, até então, isso não significa muito para a série já que todos os mortos podem ser vistos e tocados pelos vivos, porém as implicações reais acontecerão quando a situação normal se restabelecer. Em alguns spoilers do episódio final foi anunciada uma grande morte, porém não sei se era a da nossa bruxa ou tem mais coisa vindo por ai. Curti que o momento que mostrou essa morte, nos minutos finais do episódio, foi algo bem único entre Bonnie e Sheila, sua avó. Ainda não deu para sentir o impacto dessa bomba, mas podem ter certeza que será bem complicado lidar com isso daqui para a frente.

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E quem também decidiu dar o ar de sua graça mais uma vez foi, o sempre bem vindo, Kol. Um dos originais mais encrenqueiros voltou para botar os pingos nos i e se vingar daqueles que tramaram sua morte – num caso mais específico, Elena. E eu acho esse um dos melhores personagens que a série já fez. O tom de deboche, o desprezo, o sarcasmo são sensacionais nele. Nem mesmo o choque de sua irmã ao reencontrá-lo foi capaz de comovê-lo. Em poucos minutos de volta a Terra, Kol machucou Matt e quase acabou com a vida de Elena. E parece que vem muito mais por ai. Já que estamos falando dos Originais, quem não deu as caras foi Klaus, que ficou mesmo por New Orleans e já está se desligando da série. Mas Rebekah nos compensa com sua presença marcante. Eu já era apaixonado por ela desde sua primeira aparição, mas nesses últimos episódios ela tem ganhado meu coração. Suas cenas com Matt são absurdamente românticas e nunca me vi torcendo tanto por um casal, como torço pelos dois. Plec, não vá nos deixar na vontade de ver um pouco mais sobre os dois juntos, beleza? Só que agora Rebekah terá grandes problemas para lidar. A morte de Bonnie não fora a toa e o véu caiu de uma vez, fazendo com que todos os mortos, quando eu digo todos, são realmente todos – personagens que nem lembrávamos da existência -, estejam de volta. Como a trama dos caçadores foi algo explorado na série de uma maneira mais rápida, quando comparada a outras, eu nem me liguei que eles poderiam estar voltando para terminar o que começaram a fazer.

O grande problema que surge é: você não pode matar alguém que já está morto, então como lidar com esse povo todo agora? Porque esses caçadores parecem bem dispostos a terminar suas missões e nossa querida Rebekah parece ser o primeiro dos alvos. Eles que não sejam malucos de mexer com ela. Sobre os reencontros, eu não poderia ficar mais feliz do que quando vi Lexi entrando no bar. Sério, eu estava tão decepcionado quanto Stefan de não a ter visto e quando ela apareceu tudo melhorou. Ela é uma das personagens que nunca nem recorrente na série foi e ganhou todo o público com seu carisma. A química em cena entre os dois é incrível, o tipo de amizade que dura por anos mesmo e ver eles conversando mais uma vez realmente valeu o episódio – e essa Lexi não tem nada de boba porque ela também pescou o clima de descontração que rola entre Carol e Stefan. Claro que a outra volta que preciso citar é de Alaric, que não poderia ser mais bem vindo. Sua amizade com Damon é uma das coisas que mais fazem falta desde sua saída. Só achei estranho o roteiro não levar a uma conversa entre Alaric e Elena, já que eles eram como parentes, porém entendo que seu momento tinha que ser mais com o Damon mesmo, que foi quem mais sentiu sua perda, a sua maneira.

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Muitas cartas foram colocadas na mesa, algumas estrategias reveladoras surgiram, porém a pergunta que fica é: como essa trama toda irá se encerrar? Depois de que foi petrificado, Silas deixara mesmo de ser um perigo ou estamos nos enganando? E com a morte de Bonnie, quais as implicações para a efetividade do seu feitiço de petrificação do vilão? Como eu disse, as cartas estão todas na mesa esperando as últimas jogadas. Voltamos na semana que vem para fechar a conta e passar a régua nessa quarta temporada. Deixo vocês com o vídeo promocional de Graduation’ e com o espaço dos comentários para soltar um pouco da vossa opinião! Até semana que vem pessoal!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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