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The Vampire Diaries – 5×01 I Know What You Did Last Summer

Por: em 5 de outubro de 2013

The Vampire Diaries – 5×01 I Know What You Did Last Summer

Por: em

“I started to wonder what are the limits to my power? How many people can I influence? Two? Ten? A entire town square?” – Silas

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Primeiramente, que bom estar de volta com vocês! Já estava sentindo bastante falta de poder dar minha opinião sobre os episódios e depois poder ler o comentários de cada um de vocês. Agora, não podemos mentir. Depois daquele sofrido quarto ano, as expectativas em cima do que estava por vir em The Vampire Diaries não podiam ser mais baixas. Isso só mudou quando a série apresentou um dos seus melhores cliffhanger e fez absolutamente todos surtarem com a espera. Tudo que imaginávamos foi por água abaixo quando descobrimos a real face de Silas e, com isso, muitas possibilidades se abriram para a quinta temporada. Por isso, tomei a decisão de deixar de lado tudo que foi ruim na quarta temporada e assistir de coração aberto esse novo episódio. Seriam novos personagens, um novo cenário, novas tramas – tudo novo o suficiente para eu acreditar que poderiamos ter uma série boa novamente. E funcionou. Além de dar um banho na premiere do quarto ano, I Know What You Did Last Summer foi um episódio muito bem feito que cumpriu o papel de nos introduzir a todo esse mundo novo que a série adentra e os 40 minutos acabaram passando rápido demais. Tudo que eu achei que não funcionaria, funcionou. As tramas que eu considerava óbvias, não aconteceram. De verdade, não poderia estar mais satisfeito e ansioso para ver o que teremos pela frente nos próximos vinte e poucos episódios.

O nome desse ano, sem sombras de dúvidas, é Silas. Um personagem que muitos, como eu, não davam absolutamente nada, se tornou um gigante na trama depois da grande revelação do último season finale. Paul Wesley nunca esteve tão bem. As sacadas do personagem, seu jeito de se portar, a arrogância tênue em suas colocações. Tudo funcionou muito bem para um personagem que chega mudando muito das perspectivas que um dia já tivemos. Silas veio antes dos Originais e sua aversão pelo nome vampiro foi algo muito interessante de se ver. Seu poder é monstruoso – lê mentes, as controla e parece ter muita força -, tudo isso misturado com toda a atmosfera de imponência que o personagem traz quando chega a algum lugar. E claro que o jogo não ia ser entregue logo no primeiro episódio. Silas tem um plano para conseguir o que quer e os meios que ele vai utilizar para alcançar isso podem não ser muito bom para os nossos personagens.

O que estou ansioso no meio de tudo isso é para enfim conhecer mais da mitologia por trás dos dopplegangers. Se pensarmos bem, essa é a única parte da mitologia da série que nunca fora explorada, então com certeza há muito coisa para se contar – e como mitologia sempre foi um dos pontos principais do show, não tem como ficarmos menos ansiosos. Destaco aqui duas cenas que para mim já entram para o hall da série: primeiro, Silas conversando com a xerife e fazendo todo seu joguinho mental; depois, a cena final onde ele controla toda uma praça com seu poder e, em seguida, assassina o prefeito – cena genial e que mostrou o potencial que o personagem tem a desenvolver.

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E enquanto Paul dava vida ao imponente Silas, Stefan sofria embaixo d’água. Eu não pensei que a série exploraria esse momento do personagem tão bem como explorou. A troca da cena entre Elena na banheira e Stefan se afogando, antes dos créditos iniciais, foi muito boa. E a cada vez que víamos ele se afogando, a agonia crescia em mim. Três meses. Três meses passando por aquilo seguidamente e mesmo assim Stefan ainda preferia manter sua humanidade ligada, sentir tudo aquilo, pois o medo de voltar a ser o monstro que outrora fora era demais para lidar. O mais interessante mesmo foi comprovar mais uma vez que a relação entre Damon e Stefan é um dos elos mais fortes e mais bem explorados da série. Mesmo sabendo que estava colocando a vida de Katherine em jogo, Damon não titubeou um segundo na hora em que Silas colocou a vida do seu irmão como uma moeda de troca.

Além disso, as cenas em que os dois conversam foram muito doloridas. A dor estava tomando conta de Stefan e isso era sentido a todo momento. Criar aquelas conversas para conseguir passar por aquele momento, mostram como os dois estão diretamente ligados e como Stefan precisa de alguém que o faça resistir antes de sucumbir. Mas nem Damon foi capaz de fazer isso, mesmo que na imaginação. A única, mais uma vez, que conseguiu impedir o vampiro de desligar sua humanidade foi Elena, como não podia deixar de ser. Podem falar o que for mas ainda acho que existe muito mais do que podemos imaginar por trás da historia de Elena e Stefan, o que eu acho que vai ser explorado juntamente com a mitologia das cópias.

Não existe recalque algum da minha parte contra Delena. De verdade, achei que os dois funcionaram muito bem juntos. Eles deram uma leveza para a série que até me fez pensar que estava vendo algo bem diferente de Vampire Diaries. Claro que sabemos que isso não ficará assim por muito tempo (ao final do episódio, tudo já está uma bagunça novamente), mas foi bom ver que nem mesmo os problemas pessoais entre Nina e Ian conseguiram estragar a química dos dois em tela. Interessante também a evolução de Damon como pessoa, se preocupando mais, tentando lidar com as coisas de uma maneira diferente e até pensando nos outros antes de pensar nele mesmo – claro que tudo isso cercado de sua personalidade sarcástica, o que é um bom sinal, já que um dos maiores medos nesse Damon apaixonado era de que o personagem se descaracterizasse. Ele conseguiu inclusive passar por cima de muitas coisas e aceitar que Kath se hospedasse na sua casa (sem Elena saber, é claro).

Falando em Kath, como é estranho vê-la naquele estado deplorável e completamente vulnerável, não? Achei que isso era algo bastante improvável de se ver um dia, mas isso é o que está sendo muito interessante nesse novo ano: a inversão de papeis que alguns personagens estão tendo. Claro que muito de sua essência ainda está ali -ou alguém achava mesmo que a vampira ia aceitar ser entregue de bandeja nas mãos de Silas? Mas a vimos quase que implorando por um lugar seguro dentro da Mansão Salvatore. Agora o que começa é uma corrida de gato e rato entre ela e Silas que com certeza vai render muito para a trama central dessa temporada e que promete ser algo muito bom de se ver.

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Ainda em Mystic Falls, tivemos a volta de Matt depois de um verão e tanto viajando com Rebekah. Primeira coisa que vale comentar foi a saída mal explicada de Rebekah da trama. Sim, todos nós sabemos o motivo, mas isso não apareceu na série, o que ficou bem ‘jogado’ ao meu ver. Os dois que eram o meu casal preferido na reta final da quarta temporada se tornaram dois devassos com direito a menage e tudo (todos os homens do mundo queriam estar no seu lugar Matt, acredite!). Só que o grande lance disso tudo é Nadia, interpretada pela belíssima Olga Fonda. Muito mistério em sua aparição repentina em Mystic Falls e, ao que tudo indica, teremos enfim um plot decente envolvendo Matt. Achei super bizarro aquela virada de olho, tudo preto e a volta ao normal. A curiosidade fica e teremos que ir vendo pouco a pouco no que isso dá porque não temos pista alguma de quem ou o quê pode ser Nadia.

Bonnie e Jeremy que continuam não me convencendo com todo o lance de casal separados pela vida – acho isso tão Ghost, que consigo imaginar Jeremy fazendo um vaso com argila e Bonnie atrás dele ajudando. Como Jeremy mesmo levantou, essa situação de esconder a morte é insustentável e logo deve vir a tona, até porque uma pessoa não pode ficar viajando para sempre do nada. Mas nem com a morte do pai da bruxa eu consegui me importar (apesar da cena ser genial). Enquanto a bruxa tinha que lidar com isso, Jeremy foi ele mesmo no episódio: um inútil. Conseguiu ser expulso da escola, quase morreu e ainda deixou Kat escapar. Se o personagem está no meio, pode ter certeza que algo não acabará bem. A única coisa que ele fez direito foi levantar a suspeita sobre Silas, mas só.

Mudando o cenário, a faculdade de Whitmore nunca esteve tão agitada. Essa mudança na vida das garotas prometia ser algo tão humano, que acabou sendo exatamente o contrário. É como se o problema andasse atrás delas e a paz fosse algo irreal. Megan, a nova colega de quarto, levanto dúvidas quanto a tudo que sabia, mas ela não era nem de longe o problema. A morte prematura da personagem serviu para trazer a tona o fato curioso dela ter uma ligação desconhecida com o pai de Elena. E ainda mostrar que existe um vampiro por ali, que sabe da existência das nossas vampiras. Como tudo que foi mostrado, essa é uma nova trama que vem para dar uma agitada nesse novo cenário. Agora, como lidar com Caroline sofrendo pelo pé na bunda de Tyler? O cara sumiu da série faz um bom tempo e até agora não deu indícios de que vá voltar, só que era bom ele abrir os olhos porque Jesse, o cara dos panfletos, pareceu bastante interessado na loirinha, mesmo com todo o desprezo dela. Parece que a vida da faculdade das garotas será bem agitada.

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Por enquanto, ficamos assim: Silas mandando toda uma praça atrás de Katherine, as meninas encrencadas com todo o problema envolvendo a morte de Megan, Damon tendo que lidar com o fato de seu irmão desaparecido e Stefan se afogando continuamente. Não tem como não esperar um bom ano para a série. Apesar da troca de showrunner, nossas esperanças continuam existindo. Em 4 anos comentando a série, nunca achei que um ano tivesse tanto potencial quanto esse, então vamos esperar que toda a ansiedade seja satisfeita. Abaixo você confere o vídeo promocional de “True Lies” e depois aproveita pra falar o que você achou nos comentários!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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