Quando um vírus da gripe se espalha, o caos segue junto e mais do que nunca é melhor prevenir do que remediar. É uma pena que não é assim que os habitantes da prisão pensam. Ignorar o perigo só mostra quão conectados os personagens estão, e que o medo de perder alguém que você ama chega a ser maior do que o medo de perder sua própria vida.
“Nada do que foi será. De novo do jeito que já foi um dia”, a música é de Lulu Santos, mas poderia muito bem ser de um dos criadores de The Walking Dead. Vemos a tentativa de relações estáveis, tentando alcançar uma pontinha do que eram antes do apocalipse, mas aquela vida não existe mais. E não há como fugir disso.
“Quando você se importa com as pessoas, se machucar vem no pacote”
Nunca vi tanta verdade saindo da boca de Beth, que ao que parece, não vai ficar de escanteio nessa temporada.
Se vamos falar de Michonne, uma coisa é certa: não sabemos nada sobre sua vida pré-apocalipse. Primeiramente se recusando a segurar a bebê Judith, cede para que Beth possa se limpar, e nos dá uma dica de que em algum momento ela possa ter tido uma filha ou filho. E isso é muito bom, porque espero que possamos saber mais sobre sua vida.
O lugar de Rick não é como fazendeiro, mas tudo tem seu tempo, nesse episódio ele começa a perceber que ele pertence naquele grupo como líder. Querer se manter longe da confusão e do caos não é uma opção pra quem já esteve lá, viu e sofreu tanto. Rick tem uma família e protegê-los é fundamental, mas seu potencial indica (e ele sabe disso, apesar de ignorar) um homem destemido, que deve cuidar daqueles que são seus próximos. Alias, vemos também que não importa mais o quanto Rick tente proteger Carl, mais do que nunca vemos que ele está crescido, o pouco que resta de criança em sua alma está desaparecendo, e Rick não pode mais lutar contra isso.
Eu não sei quais são meus sentimentos por Carol nesse momento, mas sei que ela conseguiu me surpreender com a mulher que se tornou. É claro que é assustador vê-la encorajando Lizzy a matar seu próprio pai antes que ele se transforme, mas em contrapartida temos uma cena dela colocando uma flor na orelha da menina de luto, como sinal de afeição. É impossível dizer que tipo de pessoa Carol vai se tornar, mas torço para que ela continue fazendo o bem.
The Walking Dead não é o tipo de série que só oferece episódios sensacionais todas as semanas, mas pra quem esperou quatro meses pra ver essa série de volta chega a ser uma ofensa dois episódios sem a adrenalina que esperávamos. Acredito que essas dois episódios iniciais sejam apenas uma pequena mostra do que está por vir. A temporada tem potencial para realmente mostrar sua cara e nos surpreender, até porque, não esperamos menos que isso.
Apesar disso, pudemos ver como o grupo de sobreviventes tem lutado pra se manter estável em tempos de desespero. A vida na prisão parece ser muito organizada.
Senti muito pena de Tyrese, principalmente no final. Ter que ver o corpo queimado de sua namorada é chocante, mesmo para os padrões desse novo mundo. Agora, a pergunta que fica é: Quem disse que queimar os corpos resolveria o problema da contaminação? Quem determinou que aquilo era o certo? Tenho a impressão que a nova gripe e como ela se espalha será um dos grandes plots da temporada.
Infected certamente não é o ponto alto dessa temporada, mas acredito genuinamente que isso se dá por um plano dos produtores de trazer episódios de tirar o fôlego nas próximas semanas.
Considerações finais:
– Achei que o zumbi de Patrick estava humanizado demais, o que pode sugerir que ele não era qualquer zumbi, mas sim, que podemos estar de frente com uma nova evolução das criaturas.
– Será que em breve vamos ver algum animal zumbi?
– Quanto tempo a cerca vai durar em pé?
– Quem está alimentando os walkers?
