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True Blood – 4×05 Me and the Devil

Por: em 27 de julho de 2011

True Blood – 4×05 Me and the Devil

Por: em

Vamos falar de coisa boa?

É com esta frase by tiazinha da Iogurteira Top Therm que eu começo a review de hoje. Mais um episódio divertido de True Blood. Já estamos no 5º e até agora poucas reclamações. A trama desta temporada está redondinha, dando um banho no que assistimos ano passado, além do que, a maior parte das (várias) personagens está interessante, com destaque especial para a ótima Fiona Shaw, cada vez mais perfeita no papel da bruxa Marnie. Apenas um porém: Ela precisava acabar com o rostinho belo da Pam? Será que é possível reverter o feitiço? Não sei se conseguirei me acostumar com tanta deformação, com orelha caindo e boca torta. Ficou terrível. A parte boa: O estilo viúva negra/funeral até que caiu bem a Vampira. Não que eu entenda sobre moda, é claro.

Aos poucos, Marnie vem se tornando o destaque da temporada. Na premiere eu mal percebi a atriz em cena, pensei que ela seria apenas mais uma figurante e agora vemos a personagem ganhar força. A sequência com Sookie e o espírito da avó foi assustadora. Se a vovozinha diz para ir embora, Sookie vai. Se a vovozinha diz que Marnie é perigosa, eu acredito. Mas, pelo menos até o agora, entende-se que Marnie é apenas uma peça no tabuleiro sendo usada por um antigo espírito. Ela mesma não entende o que está acontecendo, apesar de ter a clara ideia de que é possuída em determinados momentos.

Essa história de possessão está muito interessante também, principalmente devido aos flashbacks. A cena dos padres vampiros é digna de polêmica, pois duvido muito que as “autoridades” religiosas (reparem que eu coloquei entre aspas) concordariam com tal cena. Eu gosto quando True Blood mexe com religião de forma crítica, mesmo que indiretamente. Outro bom momento: Quando a mãe de Tara e seu marido pastor vão à casa de Arlene com a promessa de exorcismo. Os diálogos são engraçados, mas ao mesmo tempo nos mostram o quanto de charlatanismo existe nesse meio.

Enquanto isso, Sookie e Tara se desentendem (de novo!). Eu já perdi as contas das vezes que a Tara brigou com a amiga e sempre pelo mesmo motivo: Vampiros. Eu gosto da personagem, principalmente quando ela é debochada, mas tem vezes que cansa. Outros dois que não fedem, nem cheiram: Lafayette e Jesus. Foi bom eles viajarem, pois desta forma Marnie ganha total destaque. O núcleo das bruxas está divertidíssimo por causa dela, ao contrário de toda aquela história de bruxaria do ano passado e que era encabeçada pelo casal mais sem graça da série.

Outros dois destaques do episódio foram Tommy e o assassinato dos pais (para a alegria de todos) e os sonhos eróticos de Jason com Jessica. O primeiro me deu pena, mesmo ele sendo um cretino. Acredito que Tommy não preste devido a sua criação. Não vou dizer que isso é desculpa para ser um canalha, mas entende-se que ele não teve muitas chances na vida para ser alguém melhor. Agora, para complicar, matou os pais em uma briga feia e por mais terríveis que fossem seus pais, nada muda o fato de que pai é pai, mãe é mãe, ninguém substitui. Não há como não se abalar com isso. Talvez este acontecimento ato sirva para aproximá-lo de Sam. Aquela conversa a beira do pântano já proporcionou um breve momento de confissões. Talvez ainda venham outros pela frente.

Jason acredita que tudo o que lhe ocorre de mal é castigo por fazer sexo demais. Seria Deus o castigando por ser “galinhão”. Coitado, não é? Essa vida de fazer sexo com qualquer uma deve dar um trabalho. Imagino o sofrimento dele, aposto que ninguém aqui gostaria de fazer sexo demais (#not). É o Jason voltando a ser bobão? Sobre os sonhos eróticos: A ideia de Jason e Jessica juntos me agradou. Não como casal-relacionamento, mas como pegação, traição, com Jessica Bitch se entregando aos desejos carnais e sem expectadores (como foi no sonho). Aliás, essa história de sangue com “poder erótico” seria uma desculpa perfeita para sonhar com alguém que não é seu(ua) namorado(a) sem se sentir culpado(a) por isso. Uma pena não existir de verdade.

Ainda no finalzinho, Sookie se rendeu ao bebezão Eric e o beijou. Entende-se que os dois foram parar na cama (finalmente!) e que Bill logo chegará para atrapalhar ou assistir a cena e ficar com ciúmes. Eu espero que ele veja tudo e que se morda por dentro. A Anna Paquin disse que prefere gravar as cenas com o Stephen, seu marido. Já nós, pelo menos a maioria, preferimos ela em cena com Eric. Vê-lo chorando por sentir saudades do seu criador foi uma das cenas mais inusitadas de True Blood até hoje. Quem gostou tem que aproveitar enquanto pode, pois quando ele recuperar a memória restará pouco sentimentalismo, muito menos expressão facial de menino perdido/gato de botas do Shrek.

Para finalizar, e também para não dizerem que eu falo pouco dele, Alcides está sendo convocado para a matilha de lobisomens. Por enquanto tem recusado, mas pelo que entendi este é um convite que não se pode dizer não assim tão facilmente. Onde essa história vai parar? Não tenho palpites. Só acho que ela está flutuando na série, sem ligação com as outras tramas.

Mas ok, nada que abale as estruturas da temporada. Desta summer season, True Blood tem sido a série mais divertida, recuperando o fôlego das duas primeiras temporadas. Já prevejo a série em uma listinha de melhores do ano.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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