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True Blood – 5×06 Hopeless

Por: em 19 de julho de 2012

True Blood – 5×06 Hopeless

Por: em

Estou de luto até segunda ordem. Ainda estou digerindo o final do último episódio de True Blood. Vocês conhecem aquela história dos cinco estágios de aceitação da morte? Então, infelizmente ainda estou no primeiro: negação. Não consigo aceitar que já nos despedimos de um dos personagens mais interessantes que a quinta temporada nos deu. E, como tudo aconteceu em um mísero intervalo de mais ou menos 3 minutos, ou seja, de forma corrida, ainda espero encontrar uma solução alternativa no início do próximo episódio.

Sei que estou sendo dramática mas, falando sério, se Roman realmente morreu, isso será um baque para esta reta final que entraremos. Não estou dizendo que True Blood ficará ruim, o personagem também não era tão relevante assim. E, tirando este último episódio um pouco decepcionante, a quinta temporada está impecável. Mas temo que, sem um dos lados desta guerra que foi anunciada por tanto tempo, um pouco da graça será perdida. Desde o início, o mote principal (e mais instigante) da temporada tem sido esta questão da existência de dois “partidos” dentro da sociedade vampira: os Sanguinistas, que acreditam na subjugação dos humanos pela raça superior, os vampiros; e a Autoridade, composta por aqueles que acreditam na coexistência pacífica.

O que acontecerá agora sem o principal representante do lado dos “pacifistas” (que está entre aspas porque, embora os membros da Autoridade se considerem pacifistas, já vimos que seus métodos de combate aos Sanguinistas passam bem longe disso, vide o ônibus de humanos aniquilado por um de seus membros – R.I.P, Doug!)? Esse conflito já acabou? Embora existam outros membros na Autoridade, acredito que já tenha ficado bem claro que eles não são confiáveis. Em vez de procurar traidores, Roman deveria ter procurado os fiéis à sua causa. Isso sim teria sido uma tarefa difícil.

Acredito que já tenha ficado bem claro que, conforme nossas suspeitas, Salome sempre foi uma das traidoras. Mas o que me surpreendeu foi que nenhum dos outros membros fez algum movimento para impedir o que aconteceu. Seriam todos eles Sanguinistas? Isso só confirma a minha teoria de que a guerra acabou precocemente e os Sanguinistas venceram. Pode ser que eles só tenham ficado assustados, o que os deixou sem reação. Mas achei muito esquisito o Russel conseguir enfiar uma estaca em Roman dentro da sede da Autoridade.

O lado positivo de toda esta sequência foi finalmente termos uma participação maior de Russel. E toda a espera valeu a pena. O vilão parece estar ainda mais psicótico do que na terceira temporada. E, por isso mesmo, vou sentir caso não tenhamos mais interações entre ele e Roman como a que vimos. Achei sensacional a cena da execução. Enquanto a Autoridade tentava realizar todo um ritual formal, com preces a Lillith e tudo o mais, Russel debochava de tudo aquilo. Podemos ver que, nesta guerra, o Sr. Edgington não se encontra em nenhum dos lados. Foi muito interessante quando ele ressaltou a corrupção de ambos os lados. A religião utilizada pelos dois grupos serve apenas para justificar seus desejos nefastos. No caso dos Sanguinistas, o desejo por sangue humano; e no caso da Autoridade, o desejo por poder.

Esse posicionamento de Russel, de não precisar de justificativas para a sua sede de sangue, me lembrou bastante um outro vilão famoso da cultura pop: o Coringa, de O Cavaleiro das Trevas. Russel sente prazer no que faz, não acredita em nada além de si mesmo (nesse ponto, sendo bem semelhante a Eric) e é um anarquista. E são essas características que o fazem tão perigoso.

Se até agora foquei somente nos últimos acontecimentos do episódio, é porque estes foram os únicos aspectos que o salvaram de ser totalmente decepcionante. Infelizmente, as demais tramas ou ficaram paradas, ou tiveram um desenvolvimento desinteressante. Sookie e Alcide parecem ter terminado o romance em tempo recorde. Tudo bem que teve um dedo de Eric nisso (foi muito golpe baixo ele fazendo com que o lobo ficasse com nojo da fada), mas, mesmo após Sookie ter ajudado Alcide a recuperar as lembranças, parece que uma concorrente surgiu e que nada mais vai acontecer entre os dois. Aposto que aquela mulher que irá ajudá-lo a se tornar líder da alcateia (decisão tomada depois que ele descobriu que os lobos estavam ajudando na recuperação de Russel) acabará se tornando um interesse amoroso.

Após ser dispensada, Sookie foi trabalhar (milagre!) e, através de Jason, descobriu o que aconteceu aos seus pais. Como ela se recusava a acreditar no irmão, ambos voltaram ao Moulin Rouge das fadas para descobrir mais detalhes. Lá, Claude (Giles Matthey), que descobrimos ser o irmão da fada-madrinha de Sookie – a falecida Claudine – e quem a ajudou a escapar do mundo das fadas da última vez, contou que um vampiro atacou o carro dos Stackhouse atraído pelo sangue da fada que estava em um Band-Aid no banco de trás. Estou curiosa para saber quem foi o vampiro. Espero que não seja ninguém óbvio como Russel, por exemplo. De resto, como sempre, essa trama das fadas continua dispensável para mim. Será que eles explicarão o poder de Sookie agora que ela está começando a perdê-lo?

Sam e Luna sobreviveram e agora estão tentando descobrir as pessoas por trás das máscaras de Obama (teoria da conspiração: isso foi uma mensagem subliminar para os americanos não votarem no Obama?) que estão atacando os seres sobrenaturais de Bon Temps. Para isso, tivemos uma cena de investigação de Sam e Andy na loja de artigos bélicos, Stake House (adoro esse nome), que já tinha aparecido no segundo episódio da temporada. Gostei de finalmente terem dado alguma coisa mais relevante para Sam fazer na série, simpatizo com o personagem e acho que ele merece.

No resto da hora tivemos: Terry dando um pé na bunda de Arlene e nada mais acontecendo na trama do Ifrit (tédio!);  Hoyt enchendo o saco de Jessica pela vigésima vez (vocês se lembram de quando o Hoyt era legal? pois é, infelizmente aquele personagem saiu e foi substituído por um integrante do Fall Out Boy); Pam dizendo que estava orgulhosa da luta de Tara com Jessica (que foi uma cena legal, mas bem curta); e Lafayette indo visitar a mãe figuraça dele (outra cena muito legal e engraçada, mas também curta).

E assim encerramos o episódio mais fraco da temporada. Talvez minhas expectativas estivessem muito altas após o trailer exibido no painel de True Blood na Comic-Con. Como o leitor Jorge ressaltou muito bem, os editores das promos da série deveriam ganhar prêmios pelo trabalho prestado. As promos sempre são melhores que os episódios!

E vocês, o que acharam? Também ficarão decepcionados caso o Roman tenha realmente morrido? Acharam o episódio fraco ou eu estou sendo muito exigente? Gostaram do retorno do Russel? Deixem seus comentários!

A quote da semana celebra o retorno triunfal de Russel:

 

“I want to gorge  on human blood not because some fucking Bible tells me to, but because I like it. It’s fun.” – The Joker, ops, Russel Edgington

 

P.S.: O Newlin sumiu, né? Tenho que confessar que estou sentindo falta dele. Estava tão empolgada para vê-lo como o “novo Nan Flanagan”.


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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